22. LAR DOCE LAR

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Na manhã seguinte, antes que Cristiano acordasse, Rafael perguntou para os enfermeiros se havia algum local seguro onde Cristiano pudesse conhecer o filho. Todos se mobilizaram para preparar uma sala, pois já conheciam a história de Cristiano e acompanharam a gravidez de Jhenny. A surpresa seria para os dois, para Jhenny seria a comemoração do dia dos namorados e ele estaria conhecendo o filho pela primeira vez.

Manuela e Danielly saíram para comprar balões em formato de coração e outras coisas para enfeitar a sala. A pedido de Cristiano foi encomendado um buquê de rosas vermelhas, ele sabia que eram suas preferidas, além de chocolates, e com a ajuda de Rafael ele escreveu uma carta. As meninas imprimiram fotos dos dois, para grudar nas paredes e a sala foi toda esterilizada para que o bebê estivesse seguro.

Rafael ajudou Cristiano no banho e o colocaram em uma cadeira de rodas, não houve dificuldade pois ele conseguiu se sustentar sozinho sentado. Em seguida, ele foi desconectado dos aparelhos que mediam seus parâmetros, e conduzido por Rafael até a sala que havia sido preparada. Cristiano já estava emocionado enquanto era conduzido até a sala e quando a viu toda decorada sorriu satisfeito.

- Vocês são rápidas!

Danielly e Manuela o aguardavam ansiosas.

- Gostou? - Dani perguntou animada.

- Vai ser lindo Cris, ela vai amar! - Manuela disse entre suspiros.

- Obrigado! Vocês são demais... E as flores?

- Estão ali... - Manuela apontou para uma mesa onde estavam o buquê e uma linda cesta. - E alguns outros mimos também.

- Vamos fechar a porta agora, ela já deve estar chegando! - Rafael disse ansioso.

Com os olhos cheios de lágrimas Cristiano aguardava, ele já tinha feito surpresas para Jhenny diversas vezes, mas dessa vez seria especial, ele sabia de tudo que ela tinha passado e o que mais queria era vê-la feliz novamente. Seu coração batia acelerado no peito, suas mãos tremiam, ele se sentia como se estivesse em seu primeiro encontro.

Jhenny não fazia ideia do que estava acontecendo, ela achava apenas que levar o filho seria uma surpresa para ele e chegou no hospital com o bebê. Todos no hospital já sabiam o que estava acontecendo, o pessoal da recepção, funcionários da limpeza, enfermeiros, médicos, a grande maioria ali já os conheciam e fugiram de suas atribuições para espiar quando Jhenny finalmente subiu. Ela foi conduzida até a sala onde Cristiano estava acompanhada dos sogros, e parou na porta ansiosa aguardando um sinal.

Quando entrou e viu toda a decoração ela sorriu surpresa, mas nada se comparava a expressão de Cristiano ao ver o filho em seus braços. Ele se movimentou como se quisesse sair da cadeira, todos ao redor se emocionaram ao ver sua reação, lágrimas escorriam freneticamente, seus olhos se fixaram no bebê e um sorriso largo tomou conta de seu rosto conforme Jhenny se aproximava.

- Olha, meu amor, esse é o nosso filho! - Jhenny disse chorando.

Cristiano empurrou o buquê que estava segurando em Rafael e estendeu os braços o máximo que conseguiu, e com o apoio de Jhenny o bebê foi colocado em seu colo. Ele olhava para o filho com devoção, enquanto chorava encantado.

- Como você é lindo, meu amor! - Ele dizia se esforçando para tocar suavemente o rosto do bebê.

Seu choro era contagiante, não havia quem conseguisse se conter, e em meio a tanta emoção. Jhenny demorou a se dar conta que também havia algo pra ela.

- O que está acontecendo aqui? - Ela perguntou quando se atentou pela primeira vez aos detalhes da decoração.

- Nosso dia dos namorados... - Cristiano disse enxugando as lágrimas. - Quis te fazer... uma surpresa, mas você.... me pegou de jeito!

O destino dita as regras III - Além da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora