Capítulo 8

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Sento na primeira cadeira que vejo ao chegar no local onde provariamos a comida que seria servida pelo buffet, já que Adrien insistiu que deveriamos participar dessa parte dos preparatórios, mesmo eu tendo deixado claro que não queria participar de nada disso. Por que perder meu tempo preparando algo que nem mesmo é real? Não queria passar pela tortura de organizar o momento que selaria os próximos cinco anos de tortura.

Vejo Adrien passar direto por mim, parando na fila de primeiros pratos que iriamos experimentar, aparentemente animado com a ideia de comer, enquanto eu só queria morrer e morfar nessa cadeira, mas fui obrigada a levantar pelo olhar bravo lançado por dona Sabine.

Falando sério, parece que meu pé vai quebrar a qualquer momento, andar de salto definitivamente é horrível. Me levantar só aumentou minha vontade de pegar esse salto, ficar doida e bater em todo mundo. Quem sabe enfiar isso no c* do Adrien.

Ao me aproximar escuto ele falando com alguém em ligação, percebi que falou mais alto propositalmente ao perceber que eu estava ao seu lado.

— Afinal, eu já vou me casar com essa coisa, tenho que me certificar de que tenha muita comida, pelo menos vai me incentivar a ir pro casamento no dia — disse em um tom provocativo, por eu estar escutando, e bem humorado, com certeza animado com as opções de alimento.

Ele rir de algo que a pessoa disse na outra linha e se despede enquanto eu espero irritada.

Ele me olha por um tempo e da aquele sorriso convencido de sempre enquanto desvia o olhar pra um dos pratos.

— Não me olha assim que tá me deixando com medo.

— Adrien, como assim alguém sabe sobre isso? — Pergunto fitando-o.

— Não tá nem um pouquinho irritada por eu ter te chamado de coisa? — pergunta experimentando uma das amostras. Eu olho com mais raiva ainda — Não sei do que você tá falando — exclamou me olhando novamente — qual você mais gostou? — Perguntou apontando para os pratos.

— Eu nem experimentei, escolha você. E não se faça de sonso — falei apontando para sua cara, o que o fez repetir aquele sorriso — Não tente fugir da conversa assim, não pense que terminou por aqui — falei cruzando os braços — e não conte pra mais ninguém, entendeu?! Ninguém!

— Não sei do que você tá falando — repetiu indo para a outra mesa — o que você acha de provar os bolos agora?

Eu andei lentamente atrás dele com medo de parecer uma pata choca com essa coisa nos meus pés.

— Você é muito cínico, sinceramente — disse revirando os olhos e começando a provar — sabe, acho que isso não é necessário, pega o mais clássico, o croquembouche, é gostoso e tem caramelo, pra mim tá perfeito — falei dando de ombros, sem da muita importância.

— Pois eu prefiro algo com nozes e chocolate. Tem que ter chocolate — disse pondo mais um pedaço de bolo na boca.

— Não, vai ser croquembouche com caramelo, você já escolheu os aperetivos, deixa os doces comigo — disse o empurrando pro lado.

— Tem que ter chocolate — repetiu

— Croquembouche de caramelo — repeti alterando meu tom de voz.

— Tem que ter chocolate!

— Croquembouche de caramelo!

— Calma crianças — falou minha mãe ficando nervosa — por que não um croquembouche de chocolate? — Sugeriu a apziguadora.

— Eu não quero croquembouche!? — falou se escorando na mesa com uma das mãos no quadril.

— TA BOM ENTÃO, VOCÊ QUE DECIDE! — Gritei desistindo — olha, eu vou embora, não sei pra que eu vim — disse me dirigindo pra porta, ignorando qualquer tentativa da minha mãe de me fazer ficar, até que eu vi algo que me fez voltar atrás: uma Alya boquiaberta observando toda situação. Eu sorri nervoso pra ela enquanto a observava se aproximando de mim.

Sweet Illusion Of LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora