Capítulo 10

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— VOCÊ TÁ MALUCO? EU MANDO VOCÊ IR DIRETO PRA CASA, MAS NÃO, VOCÊ VAI E FAZ ISSO! QUER ACABAR COM A MINHA VIDA?! — grito em espera de uma explicação.

— Não sabia que você sentiria ciúmes — respondeu convencido.

— Não é isso seu babaca, você foi muito irresponsável — afirmo começando a andar pelo quarto enquanto falava.

— Tanto faz — ele sussurrou triste e suspirou impaciente.

— "Tanto faz" — o imitei

— Eu vou deligar

— Não ouse, precisamos conversar, a gente nem se casou e você já está me traindo. Você tem que se comportar! Como pretende que nosso casamento termine o mais rápido possível se você sair ficando com qualquer uma por aí!?

— ELA NÃO ERA QUALQUER UMA!

— Eu não me importo Adrien, mas pra isso funcionar, por mais que você não queira, temos que trabalhar em conjunto.

Ele bufa — certo, mas eu não quero.

— Você não tem o que querer, como eu disse antes, se pra fazer você parecer melhor aos olhos da mídia for necessário agir como sua mãe, então eu vou! Pare de ser infantil e faça o que eu tô mandando! — Ao escutar isso ele desligou a chamada — não acredito — sussurrei para mim mesma indignada, e logo em seguida escutei meu celular vibrar. Era o Nathaniel perguntando se eu não queria me encontrar com ele hoje a tarde. Aceitei o convite animada, sem saber que daqui a poucos minutos minha alegria seria esmagada com uma ligação.

— Fala — disse ao atender.

— Aquela hora que eu deliguei foi porque a Nathalie tinha entrado no meu quarto para me passar informações novas — disse o Adrien do outro lado da linha.

— Essa novidade tem a ver comigo por acaso?

— Claro. Amanhã a noite nós temos que sair juntos.

— Por que temos? — perguntei me irritando.

— Nathalie disse que meu pai deu essa ordem, ele acha que pra que você possa me converter em um bom moço preciso passar muito tempo do seu lado — falou com o tédio perceptível na voz.

— Mas hoje eu não posso — falei em tom apelativo.

— Não quero isso mais do que você.

— Adrien, isso não faz sentido, a gente já vai passar muito tempo junto depois do casamento.

— Eu sei, mas ele quer que a gente se aproxime antes, como noivos normais, ele acha que quanto mais tempo eu passar com você mais chances eu tenho de "evoluir", entre muitas aspas — ele soltou uma pequena risada — a parte mais ridícula é o "como noivos normais". Nós estamos muito longe disso.

— Mas se nos virem juntos não vão achar estranho? E logo depois do ocorrido com aquela menina?

— Eu tentei usar essa desculpa, mas não foi convicente. Nem tente entender como funciona a cabeça do meu pai, vamos ter que fazer isso, além de tudo faz parte do contrato.

— Nossa, eu ainda nem li aquilo — falei enquanto passava uma das mãos por meu cabelo.

— Nem queira, é torturante — disse com uma voz melodramática — vou passar aí quatro horas da tarde.

— Por que tão cedo? Achei que fossemos comer algo juntos e pronto.

— Não fui eu quem escolheu os horários! E na verdade vamos para uma casa de campo do meu pai

Sweet Illusion Of LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora