Capítulo 13

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— Acorda, acorda — escutei uma voz familiar me despertar.

— Meu Deus! Eu tô atrasada pra escola — pulei do sofá e corri pro quarto.

— Não, não — ele veio atrás de mim rindo — hoje é Domingo.

— Ah, é mesmo... então por que você me acordou? — resmunguei me jogando na cama e tentando voltar a dormir.

— Porque eu tô com fome.

— Você não tem a capacidade de fazer sua própria comida?

— O que foi? Não me julgue. Eu nunca precisei cozinhar.

— Deve ter comida nos armários, seu pai não nos deixaria sem nada.

— Mas eu não quero pão.

Pressionei minha cabeça contra o travesseiro e gritei. Em seguida me sentei.

— Mas é o que você vai ter.

— Como se faz suco?

Olhei pra ele incrédula.

— Okay, hoje eu cozinho. Mas acho bom você começar a aprender.

— Tendo você pra fazer pra mim?

— Vou fingir que você não disse isso — revirei os olhos e me levantei — me siga.

Ao chegar na cozinha peguei umas laranjas na geladeira e as coloquei sobre a mesa.

— Vou te ensinar a fazer suco. Você tá vendo isso? São laranjas.

— Se você não me dissesse eu não saberia — fala ironicamente.

— Não saberia mesmo. Você pega a laranja e uma faca — levantei o objeto no ar — isso é uma faca.

— Eu sei o que é uma faca — ele sussurrou me encarando.

— Vai que não soubesse — sorri sarcasticamete — está vendo isso que acabei de pegar? É um prato. Você o coloca em cima da mesa virado pra cima e coloca a laranja nele. Com a faca você a corta no meio com cuidado para não arrancar seu dedo fora. Entendeu?

Ele me olhava parecendo irritado.

—  Tá bom, eu vou parar com isso. Apenas observe como se faz e não me acorde num domingo de manhã pra fazer suco, por favor!

— Talvez devessemos contratar uma empregada.

— Não acho que seja uma boa ideia. Como vou te ensinar a não ser mimado se tivermos uma empregada? Você deve consegui fazer as coisas por si próprio.

— Tá bom mamãe — ele disse e saiu da cozinha batendo os pés no chão. Como uma criança birrenta. Reviro os olhos.

— Olha Adrien, eu também não quero estar aqui, mas não podemos fazer nada agora.

— Bla, bla, bla — ele disse tampando os ouvidos com as mãos. Soltei uma risada de incredualidade.

— Meu Deus Adrien, pare de agir feito uma criança. Eu vou te mostrar como é ser independente e você arruma um jeito de provar a invalidade desse contrato. Estamos de acordo?

— Suponho que sim.

— Já que você fez o favor de me acordar eu vou aproveitar pra visitar minha família. Por enquanto você fica em casa, não quero que saia e arrume mais confusão. Como quando aconteceu aquilo com a senhorita Tsurugi.

— Você acha que eu vou ficar aqui o dia todo?

— Eu tenho certeza disso. Eu te disse que se precisasse agir como uma mãe eu o faria. Nem todo mundo teve a sorte de nascer em berço de ouro como você, preciso tentar te mudar pra que seu pai não pegue o dinheiro de volta.

Sweet Illusion Of LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora