capítulo 11. pacífica e racional

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BECKY

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BECKY

Abro a porta de casa com delicadeza. Após ver que meus pais não estão na sala, e provavelmente não acordaram ainda, ando com um leve alívio em meu peito. Passo pela cozinha e na mesma hora vejo que me enganei. Lá estão eles, Elton e Rosa, sentados na mesa, ele com sua mão nas costas dela, numa tentativa de conforta-la, enquanto ela põe as mãos no rosto.

— Becky Dakota Bayley, volte aqui imediatamente! — minha mãe grita quando eu decido passar direto como se não tivesse visto eles ali.

Respiro fundo e dou meia volta. Não consigo olhá-los nos olhos logo de primeira, então fico apenas de braços cruzados e encarando o balcão.

— Que hematomas são esses? Onde você se meteu? Ficamos à noite toda aqui preocupados com você, garota! — ela põe as mãos no meu rosto, em seguida nos meus braços.

— Eu to bem. — respondo, finalmente a encarando.

— Não, você claramente não está. Onde passou a noite, Becky? Foi com algum namorado? Ele fez isso com você? — meu pai se aproxima.

— Não, eu não-

— Minha filha, que roupas são essas? Não são suas! — minha mãe descruza meus braços e me olha de cima à baixo.

— Eu não quero falar disso, ok?! — aumento meu tom de voz.

— Becky, nós não te reconhecemos mais, filha. Você costumava contar tudo pra gente. E agora, aparece assim em casa, como se fosse uma viciada. — a indignação de dona Rosa se transforma em tristeza.

Ela começa a chorar.

— Estou decepcionado com você, mocinha. Sempre foi uma menina de família, só ia pra escola e pra igreja, às vezes saía com seus amigos, mas desde que foi pra esse colégio, você mudou totalmente. Me diz, o que está passando? — meu pai diz.

— Eu fui numa festa e... — no meio da frase me arrependo de tentar contar tudo pra ele. — E eu briguei com uma menina. Não tem nada a ver com a escola. Eu juro. — ele me olha com certa dúvida. — Vocês tem que acreditar em mim, ok? Eu consegui entrar pra esse colégio, e eu vou terminar os estudos lá. Não importa o que aconteça. Eu amo vocês. — recebo um abraço do meu pai, juntamente com um beijo na testa.

Olho pra minha mãe, na expectativa dela também me confortar nesse momento, mas ela continua de costas, chorando.

— Mãe. — chamo ela.

— Vá pro seu quarto e se arrume. A aula começa daqui à pouco. Seu pai vai te levar de carro. — ela parece estar mais calma, porém ainda resistente.

back of becky, harry stylesOnde histórias criam vida. Descubra agora