capítulo 3. guitarra vermelha

136 15 36
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

BECKY

Já tinha me esquecido do vestido branco que vovó me deu. Lembro que nesse dia eu gostei tanto que dormi usando ele. Hoje é uma boa data pra vesti-lo novamente. Vai me ajudar a lembrar dele pra sempre. Imagina só, daqui há dez anos eu olhando pra ele e pensando: usei esse aqui na festa de boas vindas do colégio em que eu era bolsista.

Passei o dia fazendo exercícios passados nas aulas de hoje, enquanto ouvia Beach Bunny. Por um tempo esqueci que tinha festa à noite, mas quando começou a tocar "Prom Queen" eu me dei conta do que ia acontecer. A ansiedade bateu na hora.

Depois do banho, coloco o vestido em cima da cama e começo a ver cada detalhe dele. Branco liso, o corpete colado no corpo, indo direto ao pescoço, formando um pequeno laço na nuca, e a saia um pouco cheia mas sem exageros, que vai até um pouco acima do joelho.

Pego na mochila o papel com o endereço que Lindsay me deu. Nunca ouvi falar dessa rua, na certa é perto da escola.

Após vestida, procuro minhas sapatilhas pretas, mas quando encontro, vejo que elas estão sujas demais. São os únicos sapatos de sair que eu tenho. Me entristeço um pouco, mas logo tenho uma ideia.

— Moderno. Descolado, eu diria. — falo pro espelho enquanto observo o par de tênis em meu pés.

O mesmo par que uso pra ir pra escola. O clássico All Star preto. Tá um pouco velho, mas acho que isso pode ser considerado estiloso, de certa forma. Coloquei uma meia rosa com estampa de bananas também. Dou risada do look enquanto penteio meu cabelo. Ele fica meio sem graça solto, tão ralo, tão liso.

Pego uma presilha e prendo a parte da frente atrás. Até que melhorou. Saio do quarto saltitando feliz da vida. Quando Rio me vê passar pelo corredor, me segue com a língua pra fora.

— Nossa, como tá bonita nossa filha, Elton. — minha mãe me elogia assim que chego em seu quarto.

— Ela sempre foi maravilhosa, Rosa. — meu pai responde, colocando o jornal que lê em cima da cama.

— Gostaram mesmo? Não tá exagerado? — dou uma voltinha.

— Tá perfeita, minha querida. — mamãe diz, vindo até mim e me abraçando de lado. — Sua correntinha combinou muito com o vestido.

— Verdade. — passo a mão pela prata do crucifixo. — Pai, pode me levar na festa? Eu olhei o endereço mas não reconheci a rua.

back of becky, harry stylesOnde histórias criam vida. Descubra agora