Destiny Road; willex

.thirteen

n/a: meu deus gente oi! alguém ainda lembra dessa fanfic? antes tarde do que nunca e vamos de terminar d.r. capítulo especial ruke

Luke estava fazendo as malas. Ainda faltava alguns dias para o restante das filmagens do filme, mas ele iria embora antes.

Reggie ainda o evitava. Depois de ter sido um idiota com ele, mais de uma vez, e escutar que nunca tinha sido nada dele, tinha finalmente desistido. Era hora de seguir em frente.

Sua mãe sempre dizia a famosa frase: se você ama alguém, deixe ir, e se voltar, é porque foi seu. Luke acreditava nessa frase.

O que sentiu por Reginald na época, foi tão intenso e ao mesmo tempo assustador. Já tinha se apaixonado antes, mas nunca tinha nutrido sentimentos tão fortes daquela forma por alguém.

Ter ido para lá não tinha sido uma boa ideia. Tinha sim se divertido, feito novos amigos e passado um tempo com o melhor amigo, mas devia ter ficado bem menos tempo.

Assistiu um avião pousar pela imensa janela do aeroporto, parando de andar e arrastar a mala de rodinhas.

Ouviu o celular tocar, e o procurou por algum tempo entre os bolsos das calças e das blusas, até o encontrar. Atendeu a ligação, sem dizer absolutamente nada.

- Oi, você já embarcou?

- Ainda não, Alex. Por que?

- Nada. - então ele simplesmente desligou.

Luke franziu o cenho, confuso, mandando algumas mensagens para o melhor amigo e tentando ligar de volta, com o celular preso entre o ombro e a orelha.

Mas sua atenção foi rapidamente desviada, já que as pessoas olhavam em direção de alguém correndo desperado.

Era Reggie.

Luke o encarou, e os olhos verdes encontraram os dele, parando imediatamente, tentando recuperar o fôlego.

- Me desculpa, por tudo e também por meses atrás, quando eu disse que nunca fui seu. Eu fui seu, Luke. Fui seu amigo, seu amante, seu namorado e seu amor. E você também foi meu.

O cantor permaneceu em silêncio, absorvendo as palavras. Era importante ouvir aquilo. Não tinha sido apenas coisa de sua própria cabeça. Reggie realmente sentiu algo por ele.

- Tão jovens, tão bobos para saber saber coisas sobre o amor. Você estava certo nessa música. Eu nunca soube muito sobre o amor, ainda mais naquela época. Mas eu sabia que tinha que abrir mão de você, pela sua carreira. Porque você ama música, e isso te faz feliz.

- Reggie... - ele conseguiu dizer baixinho, sentindo a voz falhar, finalmente colocando o celular no bolso.

Reggie deu mais alguns passos se aproximando. Estavam separados pelas cordas de proteção, e nunca parecia estarem tão distantes.

- Me deixa terminar, por favor. Nunca existiu ninguém além de você, Luke. Sempre foi você. E eu sinto muito por demorar tanto tempo para te dizer isso. Era mais fácil acreditar que você não queria mais saber de mim, porque eu gostava de outra pessoa.

Se voltar, é porque foi seu. As palavras martelavam na cabeça do cantor.

Luke abriu a boca, sentindo as palavras lhe faltarem. As pessoas em volta deles assistiam a cena, algumas filmando, outras cochichando e outras apenas acompanhando o desenrolar da história.

- Eu queria você. Você era mais importante que tudo, Reggie. Você era mais importante que a música, porque você era a melodia, a trilha sonora, os motivos das minhas canções. Por você, eu abriria mão de tudo isso.

- Eu sei, Luke. - ele deu um sorriso torto. - Por isso não podia te deixar fazer isso, porque a música te mantém vivo. A música é sua outra grande paixão, e os seus fãs. Eu abri mão de você pelo seu sonho, e não me arrependo disso.

Luke sentiu uma lágrima rolar. Amar era sobre isso. Era sobre abrir mão quando necessário, era deixar ir. E podia voltar.

Ele deu voltas, saindo da parte onde estavam as outras pessoas que embarcariam em alguns minutos.

Seus braços envolveram Reggie com força, e foi retribuído. Ele se afastou um pouco, para que pudesse olhar para ele.

- Eu te amo, Reginald Peters. Como nunca amei ninguém na minha vida.

Então ele envolveu o rosto do diretor com as duas mãos, finalmente o beijando. Reggie I beijou de volta, com os braços ainda ao redor de Luke.

Escutaram aplausos, e a voz robótica soando sobre o próximo vôo, mas nada disso importava.

Quando se afastaram, Luke abriu um sorriso grande, idiota e apaixonado. Porque era assim que ele estava se sentindo no momento.

- Eu te amo, Luke Patterson, como nunca amei ninguém na minha vida.

- Eu preciso... Sabe, a minha mala.

Reggie assentiu, o soltando. O assistiu se afastar, e voltar arrastando a mala atrás de si, com um sorriso imenso no rosto.

Luke ofereceu a mão, e o diretor rapidamente aceitou, andando juntos para fora do aeroporto.

- Alex me ligou e desligou do nada, fiquei preocupado.

- Eu dirigi igual um louco com medo de você já ter ido, deve ser por isso.

Luke balançou a cabeça, rindo.

- Isso é a cara de vocês, sério.

- E a cena do aeroporto, o que achou? Posso colocar no meu próximo filme, concorda? Muito romântica.

Luke acertou um soco leve no ombro do outro, que riu.

- Uma cena de romance muito linda, não é? Mas sabe de uma coisa? A nossa história é como um romance brega.

- É, e eu amo romance brega. - Reggie respondeu, segurando o rosto dele carinhosamente e selando seus lábios.

Dentro do carro, Luke olhou para Reggie, que estava dirigindo.

- Alex e o willie precisam se resolver, bem que eu tranque os dois juntos e só abra quando conversarem direito.

- Tá aí uma boa ideia para filme de romance. - o outro brincou. - Sério, quando o Alex finalmente ia falar com ele, a gente tinha saído.

- Tinha que ser você, Reginald Peters. - Luke revirou os olhos. - Escuta, não importa a indústria musical agora. Nem produtora, mídia, preconceitos e o caralho que for. Eu vou ficar com você.

Reggie olhou para ele por um instante, abrindo um sorriso.

- Não importa o caralho que for, eu sou seu, Luke.

Luke sorriu também, entrelaçando seus dedos outra vez.

Se voltou, era porque era dele.