Texto de JoeFather
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Sinopse: Até aonde a maldade humana vai?
O detetive Jaime, com toda a sua experiência, ainda não sabia responder a esta pergunta, até que um novo caso surgiu.
Um homem desaparecido, nenhuma evidência de crime e um diário que surge, escrito com suor e sangue, e que pode apontar o caminho para a solução do mistério.
Até que ponto alguém pode chegar para elaborar uma vingança? Descubra isso ao embarcar nesta Vingança Diabólica e se surpreenda com o final.
*I
Até aonde vai a maldade humana?
Eu, trabalhando como detetive há muitos anos, ainda não tinha me questionado sobre este assunto, apesar de me deparar com a maldade por diversas vezes durante a vida.
Sou Jaime, 54 anos, ex-policial civil do Estado de São Paulo. Atuei por alguns anos na capital e depois fui transferido para o interior, em Itatiba.
Depois que me aposentei, resolvi abrir um escritório de investigação, para dar uma ajuda no orçamento. No início foram poucos clientes, mas estava me divertindo muito com os casos que consegui, até o dia em que dona Geralda apareceu em meu escritório e conseguiu me fazer perder o sono.
*Meu esposo sumiu, faz muitos meses. Deixou contas atrasadas e tive que me virar com meu emprego, pra colocar tudo em dia. O imprestável já não valia nada enquanto trabalhava, após aposentar, ele piorou. Só ficava jogando baralho no bar e voltava pra casa com bafo de pinga, pensando em comer e dormir. Aquele miserável!
*E a senhora deu parte do desaparecimento dele?
*Não fiz nada na época, foi um alívio me ver livre daquele encosto. Só quando recebi uma carta do INSS falando sobre uma atualização do cadastro dele, onde Armandico tinha que comparecer pessoalmente, que percebi que o vagabundo podia me dar algum lucro.
*Então a senhora...
*Sim! Perdi meu precioso tempo e fui ao INSS, levei todos os documentos que tinha dele e contei sobre o seu sumiço. Fui informada que ele não sacava o benefício fazia algum tempo, desde quando desapareceu. Meus olhos cresceram sobre este dinheiro, pois dava pra viajar até a Itália, um sonho que sempre tive, mas que o imbecil nunca me ajudou a realizar.
"Tive que fazer um registro na delegacia, pra confirmar que ele estava desaparecido e, após um tempo, meti a mão na grana. Foi uma compensação por tudo que ele me fez passar.
*A senhora acha que ele está morto?
*Ah, já deve estar fedendo faz tempo, só pode...
*Então, no que posso ajudá-la?
*Estes dias fui olhar na caixa do correio e achei este embrulho, endereçado para o meu marido.
"Comecei a abrir o embrulho e vi que tinha manchas de sangue. Larguei o bendito na hora e pus a mão no peito, que acelerou. Então resolvi procurar o senhor.
*Por que não procurou a polícia?
Ela cochichou, apesar de estarmos sozinhos no escritório.
*Já gastei a aposentadoria acumulada dele que, graças a Deus, sumiu. Não quero correr o risco de perder esta boquinha, acho que o senhor entende, mas também não quero fazer nada ilegal.
*A senhora não mexeu no pacote?
*Só comecei a abrir e larguei do jeito que o senhor tá vendo. Não quero nem saber o que tem aí dentro, por isso trouxe o pacote. Quero que o senhor abra e dê uma investigada, depois jogue fora.
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ANTOLOGIA ELEMENTAR DETETIVE - As Melhores Histórias
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