Assassinato na Folia

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Texto de Leo Lunaris.

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Sinopse: Todos dançavam ao som de carnavais passados.
A folia, os confetes e as risadas ... Tudo enchia o ar com uma alegria contagiante. Alheios ao que acontecia fora do salão.Ninguém imaginava que havia um homem sem vida, numa noite tão colorida, onde a purpurina se misturava com sangueSerá que o detetive Carpena conseguiria descobrir quem era o autor daquele crime?Quem matou o jovem Ricardo?Seja a testemunha ocular, onde nem tudo é o que parece...

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Capítulo um

O Baile de Máscara

Marta tinha sido convidada pelo seu primo e sua namorada para ir a um baile de carnaval, e apesar de ter inúmeras razões para recusar, ela decidiu aceitar o convite. Relembrava-se da última conversa com seu primo, mas o desejo de se divertir superava qualquer hesitação. Ela sabia que não podia deixar a oportunidade escapar, mesmo com um pressentimento sombrio que a assombrava.

Uma hora depois, ela estava pronta e maquiada, vestida como uma enfermeira sanguinária e mascarada. Foi o máximo que conseguiu improvisar, com sua formação em enfermagem. Ela adicionou uma minissaia branca, camiseta, jaleco e uma máscara japonesa branca e sem expressão. Para dar o toque final, derramou tinta guache vermelha estrategicamente sobre a roupa e prendeu o cabelo num coque austero.

Seu celular vibrou, revelando uma mensagem do casal, avisando que já estavam esperando por ela lá embaixo. Marta deu uma última olhada no espelho, pegou suas coisas, colocou-as em sua pequena bolsinha bordada para dinheiro e o celular, e saiu, trancando a porta do apartamento. Uma sensação de inquietação a acompanhava.

Assim que avistou o carro do primo, acenou e correu na direção deles.

— Só vocês dois mesmo para me convencerem a sair de casa!

— Larga de ser boba e entra aí, Martinha!

Patrícia era uma garota simpática que sempre irradiava alegria e bom humor. Marta adorava ver como os olhos de seu primo brilhavam quando estava com a namorada. Ela entrou no carro, sentando-se no banco de trás, começando a se animar com a ideia da noite.

— Se ficar chato, volto para casa e nunca mais falo com vocês dois, hein! — Riu, prendendo o cinto de segurança.

Assim que chegaram ao local, puderam ver o aglomerado de pessoas na entrada e a música de marchinha preenchendo o ar. Ricardo desceu do carro e esperou pelas duas, todo animado, pronto para entrar:

— Animadas, gatinhas? Pois eu estou! Vamos!

— Mas que animação toda é essa, Rick?

Patrícia fingiu um ar de desdém, colocando as mãos na cintura e rindo, mas logo depois se juntou à diversão. Marta enlaçou o braço no dele e se posicionou na fila.

Dentro do salão, estavam envolvidos pela decoração extravagante, com máscaras de Veneza, brilho, cores vibrantes e confetes espalhados pelo piso encerado. Patrícia estava deslumbrante como uma bailarina toda em tons de rosa, com uma máscara enfeitada com pedrinhas da mesma cor, enquanto Ricardo ostentava sua fantasia de pirata mascarado. O trio se entregou à música e à dança, depois de pedir suas bebidas.

O tempo passava, e Ricardo avisou que iria ao banheiro, assegurando que não demoraria. Marta e Patrícia optaram por se sentar e esperar por ele. No entanto, um olhar preocupado de Patrícia em direção a um trenzinho de foliões em formação indicava que algo estava errado.

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