ANTOLOGIA ELEMENTAR DETETIVE - As Melhores Histórias

Sangue nos Paetês - um suspense de carnaval

Texto de MicheleBran

Menção Honrosa no Concurso 18: "Aconteceu no Carnaval..."

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Sinopse: A detetive Carla Morais enfrenta mais um caso desafiador em sua carreira quando um respeitado membro de uma escola de samba tradicional na cidade é encontrado morto em sua residência. Presa a um labirinto de informações, ela precisa encontrar o culpado e trazer justiça para a vítima.
Conseguirá ela resolver o mistério, ou o assassino fugirá no meio dos brincantes do carnaval para sempre?

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Quando Carla chegou à rua, estava um caos, e não apenas pelas festividades carnavalescas.

A casa ficava localizada em um bairro periférico e estava cercada de curiosos, e ela torcia para que estivesse devidamente preservada ― embora duvidasse. Ao longe, ouviu o choro de uma mulher, que julgavam ser parente ou amiga da vítima.

Quando finalmente viu o corpo estendido no chão, sentiu um arrepio na espinha. Estava coberto de sangue e havia uma ferida profunda no pescoço. Fez uma inspeção rápida do local e observou as marcas de luta e pertences espalhados pelo chão.

Tudo indicava um crime brutal.

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Carla solicitou aos policiais que isolassem melhor a área e fizessem uma varredura, mas, intimamente, não esperava que encontrassem muita coisa.

― Muita gente andou por aqui ― comentou Luís, seu parceiro de trabalho, exprimindo seus pensamentos com exatidão. ― Vai ser complicado.

― Vamos tentar pegar o que der ― ela decidiu e começou a entrevistar as testemunhas, perguntando sobre o que viram e ouviram naquela noite.

Alguns disseram ter ouvido gritos de luta, outros relataram ter visto um homem correndo do local com uma faca ensanguentada. Carla anotou tudo em seu bloco de anotações.

Ela não desistiria facilmente.

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Enquanto entrevistava as testemunhas, Carla notou uma mulher chorando no canto da rua, de quem se aproximou.

― Ele era meu irmão ― a mulher choramingou. ― Trabalhava na Estrelas do Samba há uns 5 anos, desenhava fantasias.

― Ele tinha algum inimigo?

Chorando, a mulher respondeu:

― Não sei, ele nunca me contou nada. Só sei que ele levava o trabalho muito a sério, mal saía pra se divertir. A vida dele era da casa pro galpão da Escola.

Carla pediu que a mulher contasse tudo o que sabia sobre o irmão. Qualquer pedaço de informação podia ser útil.

*

Carla analisava atentamente todas as provas coletadas no dia anterior enquanto Luís relia as anotações.

Amostras de sangue, fotos de pegadas, impressões digitais, imagens das câmeras de segurança.

Tudo para tentar encontrar alguma pista que pudesse levar ao culpado, mas as informações que tinha ainda não eram suficientes para delinear qualquer suspeito.

― Mandei chamar os colegas de trabalho dele na escola de samba. Já estão a caminho ― contou Luís, parando ao lado dela diante do quadro com os fatos da investigação.