Coração bandido

A punição adequada....

Dabi e Toga se encaravam na porta do meu quarto, tentando decidir o que fazer comigo.

Depois de me pegar no flagra escondendo a faca, ela me prendeu com as algemas no pé da cama e voltou até o quarto dele pra avisar o que tinha visto.

Confesso que eu estava nervosa, meu coração batia rápido e minha pele soava frio. Não fazia a mínima ideia do que iam fazer, mas até onde eu sei, podiam me matar se quisessem. Minha presença naquele lugar não passava de um capricho do chefe deles, de uma obsessão de Deku por dar um fim em tudo que Bakugo amava.

Como vai ser então? Tortura? Talvez eles me matem queimada, não sei...

Dabi— Você não tem medo do perigo mesmo não é, S/n? -ele disse se aproximando de mim e segurando meu rosto com força- eu disse que era melhor alguém te adestrar... o que é que a gente faz contigo em?

   Eu quase recuei com seu toque, não queria que achassem que eu estava com medo, mas era difícil esconder com aquela ameaça eminente a minha vida.

S/n— São idiotas se achavam que eu não ia tentar nada- eu respondi quando ele finalmente soltou minhas bochechas.

Dabi— Cala essa boca. - ele disse dando um tapa forte em meu rosto.

   O golpe fez com que meu lábio sangrasse, e Toga, vendo isso se aproximou de mim.

Toga— É, linda, você não tá em posição de falar alguma coisa- ela disse enquanto limpava o sangue da minha boca com cuidado- vamos contar isso ao Deku?

   Ela se virou pra ele enquanto fazia a pergunta. Dabi tinha se afastado, e olhava pro canto da sala pensativo.

Dabi— Não tem necessidade de incomodar ele com isso -ele disse se aproximando dela, e um sorriso se formou em seu rosto- acho que tenho uma ideia melhor....

   Toga se levantou, percebendo a intenção dele, e virando de canto para que ele falasse em seu ouvido. Ele colocou a mão do lado da boca enquanto o fazia, pra que eu não escutasse.

   Enquanto Dabi cochichava, ela abriu um sorriso malicioso, virando seu olhar na minha direção.

Toga— Olha... tenho que admitir que essa não é  uma má ideia.

  Eu abri a boca pra falar, mas lembrei do que tinham tido e me parei, não queria levar outro tapa. Dabi percebeu que eu queria perguntar alguma coisa.

Dabi— Pode falar.

S/n— .... Q-que ideia? - eu disse me esforçando o máximo pra não mostrar o medo que estava sentindo.

   Ele sorriu com a pergunta, olhando pro lado e  sinalizando com a cabeça para que Toga fizesse alguma coisa.

Ela entendeu rápido, se aproximando de mim e agachando na minha frente. Eu recuei um pouco quando vi suas mãos se aproximando, esperando nada menos do que uma facada.

   Ao invés disso, ela colocou uma mecha de cabelo minha pra trás da orelha, levando sua mão até minha nuca. Eu encarei ela confusa, depois olhando pra Dabi, que também se aproximava. Quando ia perguntar o que estava acontecendo, Toga se aproximou de vez, e senti seus lábios beijando os meus.

  Me assustei por um segundo, mas seus lábios eram tão macios que eu acabei me deixando levar. Ela segurou meu cabelo, acariciando de leve, enquanto entrelaçava sua língua na minha.  De repente senti um puxão nos cabelos da nuca, e Toga separou o beijo com uma mordida em meu lábio inferior, fazendo eu olhar pra cima.

   Ela se aproximou do meu ouvido e cochichou:

Toga— A gente vai te foder até que você aprenda a não tentar mais nada desse tipo.