O primeiro roupo: parte 2

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    Entrei no prédio logo depois de Shoto, atravessando o fogo e queimando parte do meu casaco no caminho.

    Provavelmente por estar bravo comigo, meu "parceiro" resolveu não me esperar, me deixando sozinha naquele lugar sujo e escuro.

Se eu morrer a culpa é dele.

Eu comecei a andar próxima da parede, olhando com cuidado entes de virar nos corredores. A primeira parte era bem aberta, dando em um tipo de recepção, mas por sorte não tinha ninguém por ali.

Pra minha surpresa não estava mais tudo escuro, algumas das luzes piscavam, mas pelo menos dava pra ver alguma coisa.

Antes de sair da liga Deku me deu uma pistola, munição, e duas facas. Eu coloquei tudo no cinto que eu tava usando no dia do sequestro. Acho que ele realmente confiava que eu não ia tentar nada me dando esse monte de coisa. E realmente, não planejava tentar nada, só me divertir um pouco....

Mais pra gente eu comecei a ouvir duas pessoas conversando enquanto andavam na minha direção, um cara e uma mulher. Me escondi atrás de um balcão, pensando em um plano. O fato deles estarem em dois era um problema, mas nada que eu não conseguisse resolver.

Esperei que passassem por mim, e no segundo que deram o primeiro passo eu saquei a faca, colocando no pescoço do cara, como se usasse ele de refém.

Cara aleatório— Mas que porra -ele gritou, chamando a atenção da moça.

Quando ela olhou pra mim eu ativei minha individualidade, fazendo com que ela sentisse sono e caísse no chão em poucos segundos.

Cara aleatório— Vagabunda do caralho, o que ce fez com ela? - ele disse se mexendo num impulso.

S/n— Shhhh, quietinho.... -cochichei, em seguida usando a faca pra cortar de vez sua garganta.

Ele caiu no chão cuspindo sangue, e eu segui pra garota que estava com ele logo em seguida, aproveitando que ela estava apagada pra matar ela também.

Obviamente eu não adorei ter que matar os dois, não estava nem um pouco acostumada a fazer isso. Só sabia que era melhor não deixar nenhum deles vivos, primeiro por que iam atrapalhar na saída e segundo por que podiam querer me matar depois, isso se sobrevivessem.

Não sou professional nesse negócio de vilão, mas deixar alguém que possa querer se vingar de você viver não me parecia muito inteligente.

   Continuei andando, finalmente saindo daquele lugar aberto e entrando em outro corredor. Como estava sozinha eu não queria chamar mais atenção pra mim, por isso não pretendia usar minha arma tão cedo.

   Depois de uns dois minutos andando eu comecei a sentir muito frio, percebendo que no chão, uma fina camada de gelo se formava. Só podia significar que Shoto estava por perto e tinha usado sua individualidade.

    Ao passar por o que pareceu uns três caras congelados no chão, eu consegui ouvir uns bagulhos, como se alguém estivesse lutando ali pra frente.

   Me aproximei devagar, pra que não me escutassem chegando. Por algum motivo ali todas as luzes estavam apagadas, e o vidro no chão me dizia que alguém tinha quebrado as lâmpadas de propósito.

   Ao virar à direita pude ver Shoto em posição de ataque, com uma chama grande de fogo na mão. Parecia estar usando ela pra iluminar tudo ali enquanto procurava alguma coisa. Como ele estava sozinho eu resolvi falar alguma coisa pra que não me atacasse achando que era um dos inimigos.

Coração bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora