Uma manhã quente

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Obs : Eu sugiro que vocês leiam esse capítulo, se puderem, ouvindo a playlist: Hot playlist/intense vibes no Spotify. Eu escrevi ouvindo ela e achei bem boa pra... enfim vocês vão ver. Boa leitura🌝

Acordei antes de Bakugo, apoiada em seu
peito enquanto ele tinha um dos braços envolvendo minha cintura. Demorei um pouco pra perceber, mas não estava mais deitada no sofá onde tinha pego no sono, e sim na sua cama.

Olhei a minha volta e percebi que esse era um quarto diferente, uma janela grande estava coberta por uma cortina vermelho escuro, mas mesmo assim alguns raios de sol passavam, atingindo meu rosto.

Esse quarto era bem maior que o outro, que também já era grande. A cama ficava em uma parte mais alta, onde um degrau levava pra uma espécie de sala, com uma mesa de escritório no centro, que estava cheia de papéis e mapas, além de um computador branco com a tela bem grande.

Também tinha um sofá pequeno ali, além de uma tv de sabe-se lá quantas polegadas. O chão era de madeira clara, contrastando com as paredes pintadas de cinza escuro, quase preto.

Nessas paredes haviam várias prateleiras pretas, cheias de livros, vasos e outras coisas decorativas como porta retratos. Além disso, no lado direto do quarto, que era fechado, contrastando com o esquerdo repleto de janelas grandes cobertas pelas mesmas cortinas vermelhas, ficavam penduradas várias manchetes de jornal e certificados de prêmios emoldurados.

Era tudo muito moderno, bem organizado e limpo com o cheiro do perfume dele no ar, mas não de forma sufocante. Como esse cara era rico, meu caralho. Entendi por que todo mundo quer ser o herói número um.

Estava gelado ali, bem como ele disse, essa casa era mais fria do que o normal, e principalmente o segundo andar, que foi onde presumi que estávamos.

Ele deve ter me carregado no colo até aqui.

Me senti como uma criança que dorme na sala e acorda na cama por que os pais levaram enquanto dormia, mas tudo bem. Era bem fofo imaginar o Bakugo me levantando naqueles braços grandes e atrapalhados com a maior delicadeza e cuidado, pra que eu não acordasse.

Ele parecia realmente muito cansado, deitado em um sono pesado, não parecia que ia acordar tão cedo. Mesmo com as olheiras envolvendo seus olhos e o cabelo bagunçado ele ainda estava muito bonito. Dava vontade de beijar aquela boca, mas não queria atrapalhar seu sono.

Como ele podia ser tão gato? Ninguém fica bonito dormindo, cara.

Fiquei admirando sua pele quando percebi que ele estava dormindo sem camisa, olhando os feixes de luz do sol da manhã que invadiam o quarto refletirem no seu abdômen e nas várias cicatrizes nele. Os machucados antigos davam um ar rústico pra sua beleza um tanto quanto delicada, me fazendo suspirar.

Depois de um tempo apreciando aquela vista maravilhosa eu finalmente consegui levantar, tomando cuidado pra não me mexer muito.

Cuidei pra não fazer nenhum barulho enquanto procurava por uma toalha pra tomar um banho, logo em seguida entrando no banheiro do quarto, que ficava a esquerda, perto da cama.

O banheiro era tão arrumado quanto eu esperava que fosse. Eu deixei a toalha que tinha pego pendurada no box e tirei a roupa, deixando ela estendida já que ia ter que usar a mesma hoje, e depois entrei debaixo do chuveiro.

Tomei um banho mais demorado que ontem no hospital, aproveitando a água quente pra relaxar os meus músculos, que agora quase não doíam mais.

Só depois que já tinha terminado de me secar eu reparei que tinha esquecido de pegar uma calcinha. Na tarde anterior Mina tinha me dado uma calcinha extra quando levou roupas pra mim. Eu tinha deixado ela no bolso do moletom e guardei em uma gaveta assim que acordei naquele quarto de baixo sentindo cheiro de comida. Então tinha que ir buscar.

Coração bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora