. . .
Isso quer dizer que Denki ia....
Aquele pensamento me despertou. Não era hora para vinganças... eu tinha que salvar Denki, independentemente de ele ser um traidor, já não ligava mais pra isso. Virei a faca do lado oposto, segurando na lâmina coberta de sangue, e golpeei o garoto na têmpora, fazendo com que desmaiasse ali mesmo.
Larguei a faca e me aproximei de Kaminari, tirando seu sobretudo com pressa, e fazendo meu melhor pra ignorar seus gritos e gemidos de dor.
S/n-- Aperta aqui -eu instrui pegando suas duas mãos e colocando no lugar da ferida, mas percebendo que ele já estava fraco demais pra manter elas no lugar, seus olhos piscando cada vez mais lentamente- Caralho, Denki, acorda!! Seu desgraçado, você não pode morrer agora!!
Me arrastei pra onde estava seu casaco, raspando os joelhos no concreto, e enfiei a mão já tremula nos bolsos, procurando seu celular. Precisei procurar em todos os bolsos, me frustrando mais a cada segundo que passava, mas finalmente achei o celular no bolso interno perto de onde ficaria seu peito.
Se eu ligasse pra uma ambulância ia demorar tempo demais pra chegar, e a agência era muito mais perto, então cliquei no primeiro nome que apareceu na lista de contatos, assim que consegui desbloquear a tela, manchando ela de sangue.
Bakugo-- Kaminari, quantas vezes já disse pra não ficar me ligando nesse número? Eu tenho mais coisa pra faz--
S/n--BAKUGO, eu preciso de ajuda! O denki ele... a gente tava seguindo uns caras e...ai ele levou uma facada e...ai meu deus, ele...ele vai morrer -tentei explicar, tropessando nas próprias palavras, ofegante pela agitação.
Bakugo-- ...S/n?! Onde você tá?!! -ele respondeu alto ainda meio confuso, enquanto provavelmente se levantou da cadeira, por causa dos barulhos no fundo.
S/n-- Eu...eu não sei direito... a gente tá...em um beco! É, acho que umas duas quadras pra esquerda da agência -respondi com a respiração falhando, me arrastando pra perto de Kaminari e colocando o telefone entre meu o ombro e o ouvido, usando as duas mãos pra pressionar a ferida dele.
Denki nem reagiu, já estava quase apagandoali mesmo pela perda do sangue, que agora me manchava de vermelho por inteiro, nos braços, no peito, e nas pernas... deixando um cheiro metálico esquisito no ar.
Bakugo-- ..DUAS QUADRAS, PRA ESQUERDA! S/n, você consegue andar?! -ele perguntou preocupado depois de gritar instruções para os outros no outro lado da linha- e ele consegue?
S/n-- Sim... eu sim -respondi atordoada enquanto tirava meu casaco e rasgava rápido parte da camiseta do meu parceiro caído, passando a mão por baixo seu quadril e amarrando ela na sua cintura, a redor do machucado. Respirei fundo depois disso, levando minhas mãos ao seu rosto e sujando seu cabelo loiro de vermelho escuro, enquanto tentava acordar ele- O Denki...ele tá... eu acho que......ele não consegue.
Bakugo-- Merda... S/n presta atenção, você vai ter que carregar ele até a rua, se não vai ser muito difícil encontrar os dois aí -ele falou sério, com a respiração ofegante, como se estivesse correndo, ou descendo escadas.
S/n-- Tá... eu... eu vou- disse distraída, deixando o celular no chão enquanto pensava em algum jeito de tirar ele dali.
Escutei Bakugo gritando meu nome do outro lado da linha, mas não consegui reagir, só tinha uma prioridade aquela hora, e estava desmaiada bem na minha frente.
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Coração bandido
FanficS/n acaba de chegar em sua primeira agência de heróis, ela acha que conhece tudo sobre oque significa ser bom, mas tudo está prestes a mudar. A agência Dynamight tem heróis incríveis, Uravity, Chargerbolt, Red Riot, Sero, Mina e outros vão ajudar S...