Living Proof - ziam

τρείς - 𝔰𝔬𝔪𝔢𝔟𝔬𝔡𝔶'𝔰 𝔰𝔱𝔲𝔠𝔨 𝔦𝔫 𝔪𝔶 𝔥𝔢𝔞𝔡

Nota: hehe vai ter smut então se não gosta pode pular :P

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Até onde seus pais sabiam da posição estratégica deles atrás da espiral, Liam despencou para a morte. Eles não encontraram o corpo dele, mas isso não significou nada. Era um dia de ventos fortes, e eles estavam muito tristes para iniciar uma busca em grande escala. Além disso, se Liam não tivesse morrido, isso significava que o monstro da profecia o levara, o que era ainda pior. O rei e a rainha voltaram para casa, com o coração partido, convencidos de que nunca mais veriam seu amado filho.

[...]

Enquanto Liam caia, fechou os olhos e jurou ter flutuado pelo monte, atravessar as mais belas paisagens, sobrevoar rios e cascatas irreais de tão belas. Vendo belas planícies tomadas pelo verde, onde os cervos se alimentavam tranquilamente.

Parecia que viajava acompanhado de pássaros que entoavam doces canções. Entrou nesse loop por um longo tempo. Ao despertar, se viu deitado sobre um magnífico tapete da mais viçosa grama que jamais havia visto. A sua volta, flores coloridas, de espécies belas e raras, exalavam um perfume suave e agradável. Sentou-se vagarosamente, um tanto atordoado, e nesse momento seus olhos puderam alcançar um extraordinário palácio de mármore e ouro, ladeado por árvores frondosas, lagos cristalinos, e diversos animais completamente mágicos! Deu-se conta de que talvez estivesse aluciando. Beliscou o braço, sentiu a dor. Não, não era uma alucinação
sonho.

Teria então morrido e aqueles seriam os magníficos Campos Elísios? E afinal, onde estava o monstro terrível que certamente daria fim à sua vida?

Liam levantou-se. O gramado macio acariciava seus pés. A brisa fresca trazia consigo o cheiro das flores e dos frutos maduros das árvores ao redor. Ouvia o grasnar de gansos e patos no lago, o piar de pássaros coloridos, o relinchar de imponentes corcéis brancos, que cavalgavam em grupo, alegremente. O príncipe sentia um misto de deslumbre e embaraço, pois não fazia ideia de onde estava. Caminhou alguns metros até chegar próximo aos portões do grande palácio, feitos de ouro reluzente. Ouviu então uma voz maviosa, enquanto assistia aos portões se abrirem vagarosamente.

— Bem vindo seja, ó belo Liam.  Entrai em vosso novo lar, que lhe aguarda jubilosamente.

Boquiaberto, trêmulo, temeroso, o jovem hesitou por um momento.

Não conseguia ver ninguém por perto, sequer conseguia identificar se a voz pertencia à criatura masculina ou feminina.

— Q-quem está a falar comigo? Apareça, por bondade.

A voz, mantendo intacta a maciez, respondeu:

—  Vossa Alteza, nada tema. Está entre amigos e protetores. Somos seus criados e nosso dever primordial é mantê-lo satisfeito e confortável. Somos incorpóreos, e por esta razão não pode nos ver. Mas esteja certo de que sempre estaremos por perto para atendê-lo e obedecer com zelo às vossas ordens.

Liam temia profundamente. Porém, algo naquele lugar a fazia sentir seguro e sereno, como se não houvesse de fato nada de perigoso ou hostil à ameaça-lo. O jovem aproximou-se da entrada portentosa, adentrando enfim no palácio magnífico. Seus olhos encheram-se de lágrimas ao fitar a grandiosidade e beleza do lugar.

Estátuas de todos os deuses Olímpicos dispostas pelo grande salão, teto revestido em ouro e mármore, candelabros de cristal e diamantes, um jardim suspenso tomando uma das paredes e uma pequena cascata embelezando outra. Tudo reluzia e fascinava o olhar.

Não deteve uma exclamação:

— Por todos os deuses! Este lugar é extraordinário!

Ouviu a voz responder: