Fora da Lei

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MARATONA 1/5

Raissa 💖

2N: Que foi Raissa? É o que dessa vez?

Raissa: Que foi que de lá de fora eu já vi sua mamãe de debochinho pro meu lado! Falando alguma coisa e dando risadinha. Por isso eu não gosto de vim, tu sabe Matheus.

2N: E como cê prova que ela tava falando de você?

Raissa: Qualquer um percebe, precisa de muito pra entender não. Ela não me suporta e não aguenta me ver, mesmo que não fale nada sempre fica com aquela cara cínica. Cara, que ódio. Acha que é melhor que alguém!

2N: Tu acha que algum dia uma de vocês vai passar por cima do orgulho?

Raissa: Não sei, não depende só de mim.

2N: Tava conversando hoje com meu pai, ele disse que não entende esse problema de vocês! Que queria te receber lá em casa, mas você é foda né Raissa.- Fiquei calada.- eu só vou lá por que de qualquer forma é minha família e eles não fizeram nada pra mim até hoje, mas é ruimzão não poder ir contigo pra lá.

Raissa: Eu não sou foda, foda é sua mãe Matheus. O que eu fiz pra aquela cobra? - Ele já me olhou torto.- cobra sim, isso que ela é, mudou comigo de uma hora pra outra e eu que sou foda? Ah faz favor! - Falei brava.- nunca que eu vou achar ruim de você ir na sua mãe, mas eu não vou, não quero ir pra ser destratada.

2N: Quem foi que disse que nunca gostou dessa situação pô?

Raissa: E ainda não gosto ué, só que não vou me sujeitar a estar em um lugar que não sou bem vinda pra manter a aparências! Não me cobra, por favor. Tu no meu lugar agiria da mesma forma. Vai cobrar ela, que por não gostar de mim fez minha caveira pra quase toda sua família.

2N: Isso já passou mano, hoje em dia ela nem cita teu nome, ela já entendeu que é contigo que eu vou ficar, que eu não vou te largar, sete anos cara, meu pai mesmo falou que ela disse que se você desse brecha ela falaria contigo.

Raissa: Não cita meu nome mas me olha com desdém, como seu eu não prestasse. Pra você ela diz isso, na prática é difrerente! Brecha? Que brecha? Tentei uma vez pra ela sair falando mal de mim em grupos no celular, tô fora disso, de verdade.

Eu faço papel de trouxa uma vez, não existe segunda e muito menos terceira vez pra alguém pisar em mim! Ela não pode dizer que eu que taquei o foda se, se quando eu me esforcei pra tentar ter uma relação ela saiu me ridicularizando no grupo deles lá.

O Matheus estava, e eu li as mensagens, ouvi os áudios, dela dizendo que eu tenho o nariz em pé, que eu me acho demais. Que sou bancada pelo filho dela e que devia ter vergonha na cara, bancada? Eu? Que trabalho todo santo dia? Vai se fuder.

Isso tem quase um ano já, pensa que eu me calei? Meu amor, eu liguei, fiz questão de falar o que devia e até o que não devia pra ela, acabou que o Maheus ficou com raiva de nós duas.

Eu entendo ele, viver nisso parece que você tá dividido, que tá escolhendo uma ou a outra! Situação horrível.

Antes do namoro, quando eu apenas ficava com ele, eu era muito bem vinda naquela casa. Ela me tratava super bem!

Mas a partir do dia que ele me levou lá pra dizer que a gente ia morar junto, nossa, a cara dela mudou na hora pra mim, acho que ela achava que eu que ficava pesando pra se juntar logo, mas nem era. Todo mundo aceitou, menos ela.

A mulher brigou, mas brigou muito mesmo, dizendo que ele tava cometendo a pior burrada da vida.

Parecia até que eu era alguma vagabunda sabe, me senti humilhada nesse dia. E desde então nem frequento a casa dela, só vou na dos outros familiares. Quando tem qualquer coisa lá ela manda mensagem somente pro Matheus, deixa claro que é só ele o convidado.

Esse negócio de "tô nem aí pra sogra, quem tem que gostar de mim é o filho dela". Não existe, são esses anos todos com uma pessoa sem ir almoçar na casa da sogra, se entrosar, ir pra churrascos. É muito escroto, o afeto é tudo, chegar em um lugar e ser bem recebida é maravilhoso, ter um laço é simplesmente tudo!

Mas eu vivo bem com isso, sei que a culpa não é minha, e que se até hoje a gente não se da bem é por um problema exclusivamente dela. Contanto que ela não faça inferninho na minha relação com o Matheus, tá muito bem assim ela lá e eu cá.

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