"𝑃𝑟𝑒𝑐𝑖𝑠𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑒𝑚 𝑎𝑚𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑎𝑠𝑒 𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑜 𝑜 𝑎𝑟 𝑞𝑢𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎𝑚𝑜𝑠."
Tem alguma forma diferente de se comunicar, uma forma que invade além da pele dos dois, uma que os toca se...
❝ você pensa demais.❞ Song:Lana del Rey - 13 Beaches
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O sol batia nos olhos de Izuku, iluminando seu olhar penoso, ele observava as crianças na rua brincarem e se divertirem, tentava reproduzir em sua mente a sensação do abraço quando as vias o fazendo, tentando imaginar como é sentir o peso da roupa grossa sobre a pele dos senhores e até mesmo a massagem que alguns recebiam.
A brisa do verão não o deixava muito feliz, o calor não o trazia muitas sensações, normalmente os tirava as poucas que tinha, como frio nos dedos do pé e até mesmo alguns músculos tencionados.
Queria tocar aquelas crianças e brincar de pega-pega como faziam, sentir a grama roçar nos pés descalços e se apoiar na madeira, sentir a lama nos pés, quem sabe só talvez abraçar alguém, daria tudo por 10 segundos de um abraço, não importa quem, só queria sentir o calor humano de novo.
Sentia falto do abraço de sua mãe. Esperaram tanto seus 4 anos, sua incrível quirk, seguir seu sonho como herói e, agora, apenas queria parar no tempo antes de seus 4 anos.
— Oi Izuku. — Sua enfermeira Sandy chamou. Izuku estranhou a veste nova de Sandy, ela vestia um macacão grosso e luvas junto de uma máscara e protetor facial. — Tenho novidades. — Sorriu para o esverdeado. — Com a ajuda dessa roupa nós fizemos avanços e agora posso ficar mais perto de você, vê. —
Ela se posiciona a um metros do esverdeado, seus olhos crescem e brilham como quando assistia os vídeos de All Might no computador.
— Mais. — Suplica. Sandy nega.
— Não posso, ou você vai se machucar querido. — O responde com tristeza dando um sorriso triste por trás de seu protetor. —, Mas Inko poderá ficar a menos de um metro de você. — Indaga animada.
Midoriya assente empolgado enquanto observa Sandy arrumar sua comida sobre a mesa. Ela se vira dando pequenos pulinhos alegres para ele e manda um joia enquanto se dirige a porta para sair.
Seus dedos batem contra o lençol fino ansiosamente buscando conter sua inquietação que se alastra por seu peito ao pensar em ver sua mãe mais de perto, uma vez que na semana passada Inko não podia ultrapassar a marca de um metro e meio e agora com essa roupa poderia estar a menos de um.
Minutos depois Inko entra na sala com mesmo estilo de roupa que a enfermeira Sandy exceto por ser transparente ao invés de branca, seus passos ansiosos alcançam Midoriya, menos de um metro.
— Está vendo? Logo isto vai acabar Zuzu. —
Repete como um mantra, é sempre a primeira ou última coisa que diz quando o visita, o que infelizmente não é com frequência devido o trabalho que precisa ter para pagar as despesas do hospital.
