Meu corpo estava coberto de suor quando acordei, minha camiseta que anteriormente era branca e larga, agora encontra-se transparente e colada em meu abdômen. Não fazia sentido todo aquele suor, já que entrava uma brisa fria do local onde fica minha antiga porém recém destruída porta. Aquela mesma brisa fazia com que o doce cheiro de caramelo que emanava de meu corpo se espalhasse por todo quarto. Sei que o suor comum de um ser humano passa a fetido porém graças a minha individualidade isso não acontece comigo o que para as pessoas seriam um suor de água, ureia, ácido úrico e cloreto de sódio; para mim seria basicamente, nitroglicerina.
Mesmo sabendo que aquele era o meu próprio odor, fiquei irritado, e sai de minha cama chutando os cobertores, pois odiava o cheiro de caramelo, - e é justamente por esse motivo que eu nunca provei o doce em si. Com a camisa encharcada, o cabelo escorrido de tanto suor, e aquele cheiro incomodando minhas narinas, resolvi tomar um banho, e no caminho para o banheiro fui explodindo tudo que estava em meu campo de visão, de tanta raiva que estava. Levei praticamente uma eternidade para me sentir completamente limpo, após ter terminado meu banho fui para meu quarto, - com uma toalha em minha cintura - para poder me trocar porém ao abrir meu guarda-roupa vi que todos os meus pertences não estavam lá. Indo em direção a minha cama percebi que minha colcha da sorte também não se encontrará onde eu à deixará e em minha cômoda não havia mais nada, nem mesmo minhas roupas de baixo. Não sabia quem os tinha pego não sabia o porquê mas sabia que eu mataria quem pegou.
Movido pelo ódio que só crescia ao ver que todos os utensílios em seus devidos lugares desci as escadas pisando firme não sabia para que diabos pagariam apenas minhas coisas. Minha mãe estava em seu quarto arrumando uma pilha de roupas e acessórios dentro de uma mala enorme, não estava sabendo que ela iria viajar, e porquê estava tão calma se todas as minhas coisas haviam sumido. Estava prestes a sair quando vi que a roupa que ela estava dobrando era camiseta preferida, preta com uma caveira branca - se assim posso dizer - no centro, não conseguindo me conter disparei em direção a ela e tomei a camiseta de suas mãos.
- MAIS POR QUE DIABOS VOCÊ ESTA COM AS MINHAS COISAS! - gritei.
- ESTOU ARRUMANDO SUA MALA, IDIOTA! - gritei ela de volta
- VOCÊ VIU QUE EU ESTAVA TOMANDO BANHO POR QUE NÃO DEIXOU UMA MUDA SEPARADA? OU PELO MENO POR QUE NÃO AVISOU QUE AS HAVIAM PEGO?
- E POR QUE EU LHE DARIA SATISFAÇÕES? - dava para ver que ela estava forçando sua voz para que ficasse autoritária.
- EM PRIMEIRO LUGAR, PORQUÊ AS COISAS SÃO MINHAS! SEGUNDO PORQUÊ EU ESTOU ANDANDO APENAS DE TOALHA POR TODA CASA PROCURANDO MINHAS ROUPAS! E EM TERCEIRO E ÚLTIMO PORQUÊ EU NÃO PEDI PARA QUE VOCÊ FIZESSE NADA DISSO, PORQUÊ EU NÃO PRECISO QUE FAÇA! - falei.
De repente minha mãe ficou calada, tirou uma muda de roupas da mala e me entregou, depois fechou a mala se pôs de pé, passou a não em suas bochechas e disse.
- De toda forma já acabei, - sua voz carregava algo que eu não compreendi direito - E desculpa por ter causado tanta raiva.
Logo após falar isso ela se retirou, com os olhos focados em alguma coisa próximo à porta, como se não quisesse chorar na minha frente. Mas minha mãe nunca chorava, nunca demonstrava carinho, nunca abaixava o tom em uma discussão, e acima de tudo, nunca se desculpava; mas hoje ela quis chorar, - disso Eu sei - ela se importou em fazer minha mala mesmo sem eu pedir, e ela se desculpou, talvez fosse a forma dela pedir para mim ficar, - mas isso não faria - ou ela apenas está se resumindo como mãe, mas isso não me importava.
Após ter trocado de roupa, peguei meu notebook e meu celular, coloquei-os em uma mochila e desci para pegar o táxi que já estava a minha espera. Quando cheguei ao portão minha mãe acabará de acenar para o motorista que me ajudara a colocar minha mala no carro, após entrar dei uma olhada em minha mãe que parecia tensa, e por mais que fosse fraco da minha parte, acenei para ela, e com isso o motorista deu partida e fomos para o colégio.
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𝓐 𝓜𝓪𝓵𝓭𝓲𝓬̧𝓪̃𝓸 𝓓𝓸 𝓔𝓬𝓵𝓲𝓹𝓼𝓮
FanfictionKatsuki Bakugou, e Eijirou Kirishima são dois garotos cujo estão condenados a carregar em sua geração o fardo de suas famílias, - A Maldição do Eclipse, que foi acionada por seus tataravôs. essa mesma maldição fará com que esses garotos se encontrem...