𝓐 𝓜𝓪𝓵𝓭𝓲𝓬̧𝓪̃𝓸 𝓓𝓸 𝓔𝓬𝓵𝓲𝓹𝓼𝓮

☾︎☆𝕂𝕚𝕣𝕚𝕤𝕙𝕚𝕞𝕒☆☽︎

Bakigou e eu tínhamos nos resolvidos de uma forma perfeita vamos se dizer assim. Mas quando chegou a hora do treinamento, acho que tomei uma atitude errada.

Queria provar para ele que podia confiar no Denki, e por isso decidi passar treino com o mesmo, e graças a isso acabei evitando ele. Pelo que conheço Bakugou ele já deve estar puto.

No almoço, Bakugou ficou sozinho não sei o por que mas estava pensando em preparar uma comida apimentada que pelo que li em seu histórico era sua preferida.

Quando voltei Bakugou não estava lá, em nenhum lugar, próximo ao lugar onde ele treinava encontrei seu celular caído em meio a neve. Chamei os professores e informei que Bakugou havia sumido, estava desesperado e se ele estivesse fazendo isso para me dar o troco então já teria conseguido.

Mas sabia que não era só isso, já que sentia que meu peito tão frio, que fazia a neve ser quente como um cobertor.

Horas depois após todos começaram a procurar incluindo os professores, demos conta de que não seria possível o achar.

Não havia rastros de que ele fora para a cidade, nem que ele fora para qualquer outro lugar. A única coisa em que conseguimos concluir era que: Bakugou havia sido sequestrado, sem ninguém nem mesmo eu ouvesse percebido.

Estava sentindo que minha vida e o meu coração fosse começar começar não fazer sentido.

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

Cerca de uma semana havia se passado, e ninguém tinha conseguido descobrir nada sobre o paradeiro de Bakugou, e se haviam descobrido não informaram ninguém.

Três dias depois do desaparecimento de Bakugou voltamos e fomos obrigados a voltarmos para nossas casas, não teríamos aula até que tudo se normalizasse. E era isso o que todos os alunos fizeram com exceção de mim.

Com o auxílio da escola, consegui alugar um apartamento onde eu moraria temporariamente até o dia em que podesse voltar. O lado ruim disso é que após o desaparecimento de Bakugou não sentia mais vontade de fazer nada, nem de dormir e nem mesmo de comer.

Meu corpo não via mais motivos para se mover, e atualmente necessitava usar luvas o tempo inteiro para evitar que pessoas vissem as minhas mãos. Parte delas estavam azuis outras já estavam em um tom cristalino de branco.

Sim, eu estava congelando.

A cada uma hora 1 cm do meu corpo congela. Isso não não é desconfortável, desconfortável mesmo era o fato de não saber o que acontecia com meu loirinho, não saber onde ele está ou se está bem. Isso era o que complementava o desconfortável vazio do meu coração.

Atualmente

No começo Kaminari vinha em meu apartamento praticamente todos os dias, até que eu surtei e praticamente decretei que ele não deveria mais vir. Então hoje eu não esperava ninguém, estava jogado no sofá com a TV ligada mesmo que eu não escutasse uma palavra do que o ator falava, quando escutei a campainha.

Me levantei sem a menor vontade, e olhei pelo olho mágico. Assim vendo que era Mina e Uraraka com algumas sacolas nas mãos.

- Entrei a porta está aberta. - falei praticamente sussurrando enquanto voltava para o sofá.

Quando já estava deitado novamente as meninas repararam em meu estado. E sem falar nada foram para a cozinha. Cerca de 15 min depois Yao-momo chegou, e fez a mesma coisa que as outras.

De repente as três voltaram com vários pratos nas mãos e colocaram na mesinha de centro, e assim continuaram fazendo formando uma dança silenciosa. Quando terminaram, sentaram em volta da mesinha e ficaram me encarando como se quisessem que eu fizesse o mesmo, e assim eu fiz.

- Sabemos como você está... - falou Uraraka.

- Na verdade nós vemos como vc está.  - corrigiu Mina.

- Kirishima a gente está aqui porque temos uma notícia mas só vamos contar quando você comer. - falou Yao-momo.

- Eu não consigo pegar o hashi, mesmo que eu quisesse.

- Por que vc não consegue pegar o hashi? - perguntou Uraraka.

Eu mordi a ponta da luva e a tirei de minha mão esquerda, mostrando que a mesma estava congelada. As três ficaram sem reação, o que é compreensível.

Mina tocou minha mão e ficou mais pasma por perceber que era realmente gelo, Uraraka não tinha nenhuma expressão a não ser por seus olhos mais arregalados que o normal, e Yao-momo tentava descogelalas com um isqueiro.

- Não vai descongelar.

- Porquê não? - falou ela.

- Por que isso é uma maldição.

Assim eu expliquei toda a maldição. Como surgiu, o motivo de estar assim, e até os versos da maldição. Uraraka chorou, Mina falou que tínhamos que encontrar o Bakugou o mais rápido possível, e Yao-momo havia passado mal.

Quando a mesma ficou melhor passou a me ajudar a comer assim como as outras. Elas fizeram todos os tipos de comidas, desde Lamen até comidas apimentadas o que me deixou mais triste já que eram as preferidas do Bakugou, as mesma me pediram muitas desculpas e falaram para mim não chorar, mas eu as avisei que não conseguia chorar de forma alguma.

Quando terminamos de comer Mina falou.

- Os professores conseguiram localizar o Bakugou através de um dispositivo da Yao-momo.

- Quando começamos o treinamento, o professor pediu que eu colocasse um rastreador em cada aluno para o caso de alguém quisesse fugir do treino, mas na hora da emoção acabamos esquecendo completamente disso e só lembrei disso pois vários alunos começaram a achar rastreadores nas roupas deles. - falou Yao-momo.

Nesse momento me veio uma ideia. Pedi para que elas chamassem os meninos. E enquanto os mesmo chegavam eu perguntei para Yao-momo.

- Você conguiria fazer uma segunda via? Tipo algo que também consegue ver a localização?

- Consigo por que ?

Nesse momento todo o resto da sala chegou, e assim que eles entraram eu contei todo o meu plano. Quando terminei de contar, muitos deram para trás, a não ser por Todoroki, Midoriya, e Yao-momo.

- Do que adianta tentarmos ser heróis quando nos comportamos igual oas vilões? - Tsuiu falou algo do tipo já que eu não estava prestando atenção na mesmo, e todos ficaram cabisbaixo por conta de suas palavras.

Algum tempo depois os que não iriam ajudar foram embora, e antes que eu voltasse a falar a campainha tocou. Yao-momo atendeu para mim e disse que era Lida. O mesmo entrou e falou que ajudaria mas com a o propósito de nos mantermos na linha, ou seja garantir que evitariam confrontos.

Decidi que para eles entenderem toda a minha vontade de o salvá-lo eles teriam que saber o mesmo que Mina Uraraka e Yao-momo sabiam. Sobre minha maldição.

Quando terminei de contar Midoriya chorou assim como sua namorada, Todoroki ficou com sua cara de sempre mas estava inquieto, e Lida gesticulava de forma desesperada falando que deveríamos ir logo.

Todoroki me ajudou a colocar a luva, e logo depois troquei de roupa de uma forma meio desengonçada, mas consegui. Quando voltei para sala falei.

- Vamos salvar o Bakugou!