☾︎☆𝕂𝕚𝕣𝕚𝕤𝕙𝕚𝕞𝕒☆☽︎

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No dia seguinte acordei com o som de batidas na porta, e ao olhar para o relógio em minha escrivaninha, vi que eram cinco horas da manhã, não sabia o porquê alguém estaria acordado a essa hora mas teria de ver quem era. Quando tentei me levantar, senti algo em meu rosto, e foi só então que percebi que Bakugou havia dormido ao lado de minha cama, com  a cabeça em um dos braços, a mão livre em meu rosto, e a coluna torta - com toda certeza a forma mais estranha de dormir. Assim que levantei, o peguei no colo e o coloquei em minha cama, já que era a mais próxima, e fui atender a porta, lá eu encontrei Lida nosso representante de sala, que estava com a expressão de quem me mataria se eu tivesse demorado mais um segundo.

- Todos já estão lá em baixo esperando por vocês dois, - falou Lida - temos que ir juntos, e ainda temos que sortear os ônibus.

- Sortear? - falei entre um bocejo.

- Sim, vão ser dias vans de dez lugares, - explicou ele - por isso vamos sortear.

- Okay, podem começar a sortear, - falei - já estamos descendo.

E assim ele se foi, após eu fechar a porta, tentei acordar Bakugou, mas pelo visto seria uma missão complicada, tentei chama-lo enquanto arrumava minha mala, - que já deveria estar pronta - mas não adiantou. Quando já havia terminado minha mala, - que era consideravelmente enorme por conta dos agasalhos extras -  tomado banho, e colocado uma roupa de inverno, Bakugou ainda estava dormindo, então passei a sacudi-lo mas ouve pois efeito, ele apenas resmungava, me mandava parar e voltava a dormir. Não sabia mais o que fazer até que veio uma idéia perfeita,  𝐽𝑜𝑔𝑎𝑟 𝑎́𝑔𝑢𝑎 𝑛𝑒𝑙𝑒, talvez fosse maldade já que estava frio, ele estava sem camiseta, e realmente indefeso, mas não havia outra forma a não ser que ele acordasse enquanto eu colocava água no copo do banheiro. Não foi o que aconteceu, quando voltei, ele ainda se encontrava dormindo abraçado com meu travesseiro, algo que era engraçado, já que ele acordado era tão másculo, e dormindo, bom, não deixava de ser másculo mas era muito mais delicado, graças a esse pensamento voltei a cogitar novamente a ideia de tentar acorda-lo de outra forma, então tentei sacudi-lo novamente, chama-lo, até mesmo fazer cócegas, mas nada adiantou. Já que não havia mais opções, peguei o copo de água, torci para que ele não me matasse depois.

- Olha, me desculpa mas eu não vou perder essa excursão, e nem deixar você aqui. - falei mesmo sabendo que ele estava dormindo, e assim virei o copo em seu rosto.

Ele levantou de imediato, seu cabelo estava escorrido como os meus, - já que ainda não havia passado gel - primeiro sua expressão foi de choque, mas depois que passou a mão em seu rosto para tirar o excesso de água, sua expressão virou de puro ódio. Com total certeza ele tentaria me matar, - ou não - mas era um risco que eu estava disposto a correr. Sai de perto dele, e comecei a pegar suas roupas e jogar em cima de minha cama, no lugar onde não estava molhado, quando ele finalmente despertou por completo e percebeu, que quem jogará a água nele havia sido eu, ele perguntou.

- Porque você fez isso? - sua voz era tão controlada que parecia ele havia ensaiado durante um ano inteiro.

- Estamos atrasados, e você dorme igual a uma pedra, - falei - tentei te acordar de várias outras formas, mas nada adiantou. E se você continuasse dormindo iria ficar, e isso não vai acontecer, então anda logo.

- Você sabe que eu vou te matar né? - perguntou ele com um sorriso demoníaco no rosto.

- Sei disso - falei como se não fosse nada - vamos logo para essa viagem, e Quando a gente voltar eu deixo você me matar sem nenhuma resistência.

𝓐 𝓜𝓪𝓵𝓭𝓲𝓬̧𝓪̃𝓸 𝓓𝓸 𝓔𝓬𝓵𝓲𝓹𝓼𝓮Onde histórias criam vida. Descubra agora