Capítulo 11

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Narrador: Ethan.

Patético, mas eu esperei a lua cheia desse mês para fazer o que preciso fazer.

Após uma longa conversa com os pais da Karina, eu tomei minha decisão.

Eu preciso fazer isso, eu não posso mais enrolar.

Karina já está bem, perna curada, e nem parece a mesma mulher que sofreu uma tentativa de assassinato.

Hoje é 13 de outubro de 2019, eu estou indo na casa dela, pois quero fazer um passeio com ela. Dirijo tranquilamente ouvindo minha playlist no aleatório até chegar na casa dos pais dela.

Depois de uns 15 minutos, eu chego na casa dos pais dela, e eu começo a me cagar de medo.

Jesus, eu nunca fiz isso na minha vida.

Toquei a campainha, entrei na casa após ser recebido pela mãe da Kah, e fico esperando-a na sala, já que supostamente a Karina ainda está se arrumando.

Fico ali, quietinho na minha, quando o senhor Josh chega.

-Eai, tá preparado?

-Sendo bem sincero, nem um pouco.

-O nervosismo faz parte, meu jovem. Já fez isso alguma vez?

-Não, é por isso que eu tô com tanto medo.

-Relaxa, não é como você fosse se jogar de um precipício. É uma sensação pior.

-Muito obrigado pelo incentivo. - Falo isso e o sr Josh começa a rir.

Escuto um barulho vindo da escada, que é próxima a sala de estar. Olho na direção e vejo a minha princesinha descendo as escadas, com um vestido azul bebê, coisinha mais linda.

Eu esqueci de dar um pequeno detalhe, que é óbvio: está de noite, então, ela está bem delicada. Sorrio, vou até sua direção, coloco minha mão na sua cintura e beijo sua testa.

-Você está linda!

-Obrigada, poste. Você até que tá decente. - Ela fala isso com um sorriso sapeca.

-Pra quê agredir? Quem precisa de inimigo com uma amiga dessa?

-Estou brincando com você. Está gatinho, várias meninas vão te desejar.

-Até você? - Digo e ela começa a se encolher, com vergonha. - Se encolhe mais, aí faz um cosplay de pulga.

-Vai a merda, Ethan! - Ela me dá um tapa no braço. A mão dessa menina pesa, na moral.

-Seus tapas doem, anã.

-Tu que é fresco demais.

-Enfim, meio metro. Vamos?

-Bora, eu tô com fome. - ela diz isso e eu rio desacreditado.

-Tá vendo, sr Josh? Ela sai comigo pela comida!

-Mulheres são assim, vai ter que se acostumar com a fome dessa menina.

-Pai, nem é pra tanto. - Ela tá com a cara de indignada, o que me faz sorrir.

Seguro em sua mão, nos despedimos dos pais dela e fomos para o carro. Começo a dirigir, tentando parecer calmo.

-Nossa! A lua tá tão linda hoje, Ethan! -olho um pouco e vejo a lua brilhando.

-Sabe, as estrelas estão mais lindas ainda. - Ela me encara e sorri.

Durante o percurso, nós ficamos dançando e rindo com as músicas que tocava no rádio. A viagem durou cerca de 30 minutos, até chegarmos no local que eu escolhi.

Sob a luz da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora