25° Capítulo

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Beatrice Felkin

Apresso meus passos e ando pelo o grande corredor da mansão até a biblioteca, as várias janelas que vão do chão até o teto me deixam impactada e imagino o trabalho que as empregadas têm para cuidar de tudo. O barulho de passos firme atrás de mim só me faz ter absoluta certeza que é do Peter porque até mesmo o barulho dos seus passos denuncia que ele não está contente com a minha presença.

A todo custo tento não me esbarrar com ele, seja nos corredores ou na hora do jantar. Me sinto muito sozinha um pouco aérea pois tenho um certo receio de incômoda eles e evito o máximo fica cada vez mais longe da família Cross para não fazer algo de errado, os empregados quase não os vejo-o também, todos os empregados ficam no anexo fora da mansão, pela janela vejo o quanto esse anexo vale mais do que todo o apartamento da minha família, mas a senhora Audrey deixam poucos deles permanecem quando é algo muito necessário. Meu coração bate descompensada em minha caixa torácica, minhas mãos começam a suar e viro rapidamente quase batendo a minha testa em seu peitoral firme, o semblante sério dele me preocupa, ele não sorri, não mais, o sorriso lindo que ele tanto esbanjava nas fotos não é nada comparado a carraca que esse homem bem a minha frente tem.

— B-bom dia — Gaguejei nervosa.

Ele nem sequer se deu o trabalho de me responder, dou dois passos para trás e ele faz o mesmo me fitando com seus olhos frios.

— O resultado chegou — Sem emoção nenhuma ele proferiu com a sua voz grossa e grave causando temores em meu corpo, me avisando que aquele mero pedaço de papel decidirá o meu futuro e desse bebê em meu ventre. Em um silêncio mortal ele abre o envelope olhando profundamente em meus olhos, ele tira o papel de dentro e ler com bastante calma e cuidado, sua reação me deixa com expectativa até que ele diz; — Parabéns mamãe o filho é realmente meu — em esconder o tom sarcástico em sua voz ele sorri falsamente.

Não tive nenhuma reação, a única coisa que eu fiz foi continuar olhando profundamente em seus olhos até ele desviar, engoli em seco sentindo um bolo enorme minha garganta me deixando plantada sem saber o que fazer. A risada alta do Sr. Apollo melhorou o ar pesado que ficou entre a gente, o Sr.  elegante caminhou até a gente esbanjando alegria que não havia ali entre o pai do meu bebê. O Sr. Apollo com o seu jeito brincalhão me deixa mais confortável ao contrário do seu filho que é o oposto dele, que tem uma presença marcante que me intimida.

Suspiro em alívio com o grande sorriso que ele sempre me recebe, estava precisando bastante nesse momento após ser abordada pelo seu filho ranzinza que nem um  momento abriu um sorriso sequer.

— Então? — Sabendo do que se trata ele sonda erguendo sua sobrancelha sugestivamente em sincronia.

—  Eu sou o pai — Sem esboçar nenhuma reação ele respondeu ao seu pai que quase deu pulinhos de alegria.

O sorriso imenso de alegria do senhor Apollo e seus pulinhos animados me deixou completamente feliz que pelo menos alguém ficou feliz com isso.

— Eu lhe disse Peter que esse bebê veio para encher esse seu coração de pedra de alegria — Ele ficou em silêncio distante ignorando completamente nós dois e as palavras de seu pai —  E parabéns menina, bem-vinda a família Cross — Ele me abraçou em seus braços acolhedor e deixou um beijou em meus cabelos.

— Obrigada.

Pisquei várias vezes para espantar a vontade de chorar.

— Tenho que ir — Peter saiu do transe voltando a quebrar o momento bom que seu pai deixou.

— Você não vai ficar para almoço? — Antes de pensar duas vezes, ousei-me em abrir a boca, o semblante retraído dele e a sobrancelha grossa arqueada me fizeram vacilar por alguns segundos.

Meu Desejo - Livro Único. Onde histórias criam vida. Descubra agora