5° Capítulo

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Beatrice felkin

Em meio a tanta turbulência procuro o meu refúgio em meus livros, gosto de me perder no mundo da escrita há mais paixão e apreço é claro que tem seus conflitos mas na escrita tudo é possível e cada vez mais fácil e divertida. A escrita tem muitos universo que nós viajamos a cada palavra lida.

Devorando o meu quinto livro só nesse mês assopra minha caneca quente viajando em minha leitura. Desde de pequeno quando peguei meu primeiro livro me apaixonei pela leitura e sempre desejei ter dos diversos livros em minha casa, mas quando a realidade me tingiu foi duro de certo fato que além de pobre todos da minha casa me odiava exceto Lim.

Com um pouco de dinheiro que eu ganhava em meus trabalhos de escolar que eu fazia para outras pessoas eu comprava em livros e coisas para mim e meu irmão.

Desde de pequena eu sabia que tudo dependia de mim. E Liam tentava me ajudar com o dinheiro que conseguia dos golpes que ele dava quando “ajudava” nosso pai.

O meu sonho sempre foi ter uma biblioteca com os mais diversos livros que pudesse ler em um dia chuvoso enquanto degustava um chocolate quente. A música lenta tocava suavemente na caixinha bem baixo deixando o ambiente ainda mais aconchegante.

— Beatrice... — alguém sussurrou em meu ouvido de repente fazendo-me assustar, derrubando a bebida quente em minha pele e no livro em minha mão. Meus olhos encheram de lágrimas e soltei um grito de pavor. Duas coisas doía e queimava naquele momento: minha pele quente queimada pelo chocolate quente e meu coração pelo grande estrago em meu livro.

Poderia ser uma idiotice da minha parte estar mais preocupada com o meu livro do que com minha própria pele, mas aquela era a última edição do livro que eu gastei praticamente meu rim! Mas também não pelo fato do preço mais pelo meu amor e cuidado pelo o meu livrinho.

Por sorte eu tinha bebido a metade do chocolate quente, senão seria um verdadeiro massacre naquele momento.

Ergui o rosto a tempo de encontrar os olhos do meu irmão Brandon que me fitava com divertimento.

— Brendon! Que merda o que você pensa que está fazendo? — com os meus olhos ardendo de vontade de chorar questiono o babaca do meu irmão.

— Desculpe-me irmãzinha não foi minha intenção — mesmo pedido desculpa não havia sinceramente em suas palavras nem mesmo arrependimento em seus olhos.

Sentir minha bochecha molhada pelas minhas lágrimas que nem mesmo sabia que estava chorando.

Fiquei encarando a névoa acinzentada do cigarro se espalhando pelo o quarto e trinquei o maxilar quando, mais uma vez, motivo que me fez ainda mais odiar aquele momento.

— Tudo bem, agora você já pode ir — disse com a voz trêmula mesmo não estando era melhor do que prolongar aquela conversa e ele me infernizar ainda mais sutilmente apontei com a cabeça em direção a porta.

— Papai quer falar com você — meu corpo todo endureceu entrando num estado rápido de alerta olhei assustada para entrada do meu quarto procurando sinal dele que por mero milagre não estava presente.

Levantei-me, disposto a colocar um fim naquele suspense todo.
Continuei caminhando, mal enxergando um passo diante de mim Com as pernas bambas, mantenho minha cabeça baixa acompanhando os passos duros de Brendon.

O ar me faltava pelo ambiente pesado que predomina todo o espaço da sala. Não pelo fato do cheiro forte de cigarro e de outras drogas, mas vinha deles, literalmente deles.

Imediatamente percorro meus olhos por toda sala parando como os olhos arregalados quando o olhar duro do meu pai  se encontram.

Ele mantém um sorriso macabro em seu rosto fazendo-me vacilar por breves segundos perdendo totalmente minha compostura.

— Senta aqui filha — algo de muito errado está para acontecer, ele nunca me chamava assim quando não queria algo em troca.

Meus sentidos rapidamente entram em alerta com esse carinho todo que ele demonstra. Meu coração murcha de medo e minha garganta arranha de tão seca.

— Cadê Liam? — foi a primeira coisa que saiu da minha boca desde que entrei na sala.

A boca do meu pai se fechou numa linha fina reprovando minha atitude Todos estão reunidos na sala aguando o que ele tem a dizer a única pessoa que eu precisava naquele momento não estava presente.

Ultimamente ele não pára em casa e tudo isso me leva a crê que tem dedo do nosso pai nisso com Liam em casa todos me evitar acho ótimo esse fato não por tem medo dele longe disso Liam é amável e gentil mesmo com todos o machucando ele é estranhamente inteligente mesmo que meu pai não assuma esse fato ele necessita mais do seu filho mais do novo do que ele possa admitir em voz alto ou para si mesmo.

— Não foi para isso que a chamei aqui Beatrice! — demonstrando toda a sua impaciência ele branda me fuzilando dos pés à cabeça. Pensei em retrucar, mas naquele momento não seria oportuno — Bom precisarei da sua ajuda essa noite — ele murmurou mais calmo.

Perplexa fitei o rosto dele em busca de qualquer reação do que ele acabou de dizer mas ele continuou com sua expressão indecifrável.

— Não entendo? — em fio de voz cantarolar — Em mais ou menos em que o senhor precise de minha ajuda.

Ele buscou uma grande lufada de ar fazendo barulho desconfortante com sua respiração. Estou com medo pelo o que ele está planejando desde de pequena percebi que nunca poderia confiar simplesmente em meu pai ele é muito imprevisível quando o assunto é seus filhos principalmente Liam e eu.

— Você irá só acompanhar a Natalie não precisará saber do que se trata! — desviei minha atenção para ela que estava encostada em meu irmão o beijando lentamente ela ergueu a mão acenando para mim.

— Pai, hoje é meu turno na lanchonete, não posso faltar — todos ficaram em silêncio me observando. Sua boca contorceu em desgosto ele estar pensando em várias maneiras de como me mata nesse momento ele odeia que interrompa ou não acate sua ordens.

— Não há o que discutir Beatrice você irá acompanhar Natalie avisarei ao seu chefe que você pegou uma virose ele vai entender você sabe muito bem que ele não permite que seu funcionários compareça na lanchonete doente.

Ele conseguiu fechar todas as lagunas possível para me poder escapar dessa ideia esfarrapada dele. Não há alternativa e nem escapatória.

A única coisa que poderia fazer nesse momento é baixar minha cabeça e aceitar o que ele disse.

Saí de lá o mais rápido que consegui. Os pensamentos retornando imaginando mil coisas que poderiam acontecer.

××××

Até o próximo capítulo.

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