11° Capítulo

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Beatrice Felkin

As folhas caiam fazendo o ciclo que deve ser feito, o tempo nublado com ventos fortes traziam um clima mais ameno.

Estou sozinha em casa sendo consumida pela minha própria mente, suspiro tricotado o agasalho ainda não terminado. meu quarto está uma bagunça, a minha mente é a minha própria inimiga nesse momento.

O silêncio muitas das vezes é bom mas o vazio que ele deixa vai nos deixando cada vez mais vulnerável.

Meu pai está ansioso para nos encontrarmos com a família Cross, não tenho mais vontade de sair do quarto. estou evitando cada um deles, até mesmo o liam. Eu tenho medo de olhar nos próprios olhos dele e até mesmo tenho nojo de mim mesma.

O plano está correndo do jeito que meu pai planejou, ele sempre foi o esperto suficiente para conseguir tudo o que queria, até mesmo o impossível eu diria.

Após contar com a gerente da lanchonete um pouco do que me ocorreu ela reduziu meu trabalho durante esses dias para poder descansar. Dono do Sr. Damásio não gostou muito da ideia que sua gerente teve, mas ela conversou com ele e soube o convencer.

Os dias estão se passando rapidamente, ontem eu ouvi o que eu mais desejei não escutar. O meu pai já marcou de se encontrar com o Peter Coss como se fosse um grande empresário querendo fechar um novo contrato, ele tentou de várias formas até mesmo quando eu ainda não tinha feito o teste de gravidez, mas ele antecipou o nosso encontro com ele o mais rápido possível.

Sem ânimo, parei de tricotar e marchei em direção a minha cama ainda bagunçada da noite anterior e me deitei para tentar dormir.

Acordo assustada com a batida forte na parede. uma, duas e três vezes seguidas. O grito alto feminino preencheu por longos minutos, meu coração batia descompassado no peito. Afastei a coberta do meu corpo e coloquei meu pé no chão de madeira gasta sentindo o piso grosso e gelado contra meu pé quente, ignorei e espalmado minha mão pelo o escuro tomando cuidado para não cair ou me machucar com algum móvel. Destravei a porta do meu quarto e abri um pouco para poder olhar para ver o quê estava acontecendo, parei num ponto específico avistando a costas musculosa do meu irmão tensa e Natalie encostada na parede sendo sufocada.

Ela se debatia tentando se soltar do aperto dele, que quanto mais ela tentava ele apertava ainda mais deixando ela sem ar, abrir totalmente a porta e olhei na procura do que qualquer coisa que seja para acertá-lo.

Meu olhar fixou num ponto específico, para a única coisa pesada o suficiente para ele soltá-la. Peguei panela com a minha mão tremendo e acertei em sua cabeça e urrou de dor e soltou pondo a mão atrás da cabeça gemendo de dor, Natalie por outro lado tossia se recompondo.

Me aproximei dela ajudando a levantar, mas ela deu um tapa em minha mão e me empurrou fazendo-me bater minha cintura no móvel, gemi baixinho sentindo a dor.

- Não encosta em mim, Beatrice. - praticamente gritou endurecida. - Quem lhe chamou aqui? - franzi meus lábios colocando minha mão no local que bati.

- Responda-me!

- E-Eu vim lhe ajudar.

- Pois bem, não precisava.

- Natalie ele... - a frase morreu em meus lábios quando o impacto forte do tapa veio logo a seguir Junto com o gosto metálico do sangue.

- Sua infeliz - não tive tempo de raciocinar direito quando ele se colocou em minha frente quando o rosto vermelho de ódio. Soltei um gemido sôfrego, assustada.

- Por favor, Brendon - dei dois passos para trás recuando. Ele sequer piscou ao meu pedido, aproximava com a respiração ofegante com os punhos cerrados ao lado do seu corpo.

Ele ergueu a mão para me dar outro tapa que foi impedido por Natalie que se colocou em minha frente.

- Brendon não! Ela está grávida, o seu pai não vai gostar nada dela toda marcada para amanhã - após ouvir isso ele baixou a mão rapidamente, ele sabe o quanto é importante me manter intacta para os planos doentios deles, chorei baixinho sendo consumida por todo o peso de tudo está virando a minha vida.

- Que droga - esbravejou nervosos, o seu olhar retornou em minha direção, prendi minha respiração com medo - Me desculpa por isso, Beatrice. - não havia receio e muito arrependimento vindo dos seus olhos e suas palavras foram os frias constando sua indiferença.

Mesmo seu pedido não sendo verdadeiro, não prolonguei acenei quando escutei barulho de passos, um turbilhão de coisa passou pela minha mente pensando que provavelmente meu pai está se aproximando, Brendon está travado olhando entre mim e Natalie.

Um momento de incerteza cruzando o caminho antes que alcançasse a porta no final do corredor, colocando a mão na maçaneta e abrir sentindo um certo conforto.

Passei a noite toda revirando na cama com a minha bochecha machucada pelo o tapa forte, não sair do meu quarto que resultou em uma fome terrível pela madrugada

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Passei a noite toda revirando na cama com a minha bochecha machucada pelo o tapa forte, não sair do meu quarto que resultou em uma fome terrível pela madrugada.

Acordei junto ao nascer do sol, fiquei longas horas admirando pela a minha janela o ciclo que começava.

E por mais desafiadora que possa parecer, estou sentada na beirada da minha cama, abraçando meu travesseiro tentando não chorar. estou cansada de chorar, mas a única coisa que eu posso é me desabafar com o choro engasgado em minha garganta.

A porta do meu quarto se abre e rapidamente limpo as lágrimas do meu rosto e fico de pé, jogando o travesseiro de volta na cama e me virando para ver meu pai entrando assobiando com meu irmão ao seu lado em meu quarto.

- Você sabe o que tem que fazer - parado na porta ele questiona.

- Acho melhor repassar tudo o temos que fazer novamente ― meu irmão instrui meu pai bruscamente.

- Não será necessário ela saber muito bem o que tem que fazer.

- Pai - digo abaixando o olhar.

- Não começa, Beatrice. - repreende saindo do meu quarto.

Eu empurro o pensamento da minha mente e vou para a cozinha preparar algo para comer. E após isso finalmente terei meu destino ao lado dos Cross.

××××

Até a próxima 🦋.

Beijo.

Meu Desejo - Livro Único. Onde histórias criam vida. Descubra agora