8° Capítulo

5.9K 486 126
                                    

Peter Cross

Minha cabeça está ao ponto de explodir, tudo em minha volta está rodando, a boca seca fez minha garganta arranhar pela falta de água.

Me arrastou até meu celular que está jogado junto as minhas roupas, enrolei o lençol de seda em minha cintura e meio zonzo caminho tateando o estofado de couro até achar meu celular com a bateria quase no fim.

Primeiro digito uma mensagem para Daniel explicando onde eu estava e caso ele não veja minha chamada terá como garantia a mensagem.

Após terminar catei todos os meus pertences espalhados por todo quarto e me vestir com calma.

Vou em direção ao banheiro e pego a pasta de dente e escovo com os meus dedos mesmo para tirar o mau hálito.

Penteio meu cabelo todo bagunçado e tento a todo o custo desamassar meu terno, que foi em vão.

Volto para o quarto e deixo o dinheiro onde deve-se colocar e saio do quarto, os corredores em algumas partes estão vazios, em outros estão cheios. Quartos abertos e pessoas transando com uma, duas, até em cinco de uma vez, passo apressado feito bala indo para fora do clube.

Fiquei parado fora da “boate” aguardando Daniel que demorou quase meia hora, por precaução os donos fizeram a boate um pouco longe das outras coisas, fazendo em um grande terreno, o clube subterrâneo e a boate em cima

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Fiquei parado fora da “boate” aguardando Daniel que demorou quase meia hora, por precaução os donos fizeram a boate um pouco longe das outras coisas, fazendo em um grande terreno, o clube subterrâneo e a boate em cima. Ao lado tem um clube de piscina para encobrir ainda mais as evidências.

De cabeça baixa escutei o barulho alto da porta do carro se fechando com força.

Daniel chegou, é puto ainda.

— Que merda você estava na cabeça quando veio nessa merda sem dizer nada para ninguém — erguer meu olhar e bufei não querendo falar sobre isso agora.

— Tava tenso e estressado, precisava de um tempo distante. — Nem eu mesmo sei o que vim fazer.

— Então você frequenta com frequência né porque você só anda estressado. — debochou.

Não desmentir e nem disse a verdade, só levantei da onde estava sentado e caminhei em direção a SUV dele parado no acostamento.

— Cadê o seu carro? — ele ignorou meu apelo silencioso para podemos ir.

— Está ali — apontei para um pouco longe de nós.

— O leve para mansão, por favor — falou jogando a chave quase na minha direção, abri minha boca em um “O” surpreso por ele pensar em tudo, o segurança dele surgiu acatando sua ordem.

Me acomodei no banco traseiro e ele no carona assumindo o volante.

— Obrigado, Daniel.

— Tanto faz — respondeu com indiferença

Resolvo não falar nada diante a isso e perguntou o que eu estava me questionando desde que me esqueci olhar na hora que lhe mandei a mensagem.

— Que horas são?

— São 09h.

— Ainda dá tempo de tomar café — digo já sentindo minha barriga roncar de fome.

— Se a tia lhe deixar vivo depois de saber onde você estava, sorte sua que tive que agir como se você tivesse 17 anos novamente para dizer que estava em minha casa — sorri tentando pensar num jeito dela não me ver.

Olho para ele que está concentrado na estrada.

-— Não era você que queria? que eu vivesse minha vida? — Ele ergue uma mão no ar, e eu aceno.

— Vive sua vida de uma forma menos perigosa, ou você é tapado o suficiente desenvolver nessa enrascada toda — falou desviando algumas vezes a atenção da estrada para me olhar.

— Foi o único lugar que eu pensei no momento — apoio em meu cotovelo com tédio.

— Valeu a pena tudo isso? — ele me deu olhar rapidamente e voltou a prestar atenção na estrada.

— Acho que sim — quase não me lembro de nada.

Estressando ele pisando no acelerador cantando pneu.

— Agatha — chamo a governanta que está dando instrução para os outros empregados, após Daniel reclamar o caminho inteiro sobre a minha responsabilidade me sinto mais leve quando ele finalmente me deixou em frente da mansão — Leve o café em meu quarto, por favor.

— Certo, senhor — revirei os olhos com sua formalidade.

Depois de ouvir sua confirmação subo para o meu quarto doido para um banho e aproveitar o delicioso café que eu pedi para Agatha levasse para meu quarto.

Com o meu corpo ainda molhado saio do banheiro com uma toalha em minha cintura e outra na minha mão secando meus cabelos molhados, ando até a janela do meu quarto e olho para o grande espaço coberto de vegetação, a brisa suave tocava minha pele molhada deixando os pelos do meu corpo arrepiado.

Eu pulo de susto quando a porta é aberta com tudo fazendo a toalha se desfazer do nó que estava em minha cintura.

— Mãe! — chocado solto uma risada frouxa com a invasão repentina dela.

— Meu Deus, Peter. Seu malandro, coloque uma roupa que eu quero falar contigo — ainda atordoado, pegando a toalha quando ela fecha a porta atrás de si.

Soltou uma sonora gargalhada e vou para o closet me vestir, pego uma blusa de argola alta de cor cinza, uma calça social preta, vestindo com calma. Passo um pouco de perfume antes de sair, penteio meu cabelo concentrado, dou um uns últimos retoque e vou atrás da minha mãe em sua procura que não demorou muito para encontrá-la já que a mesma não vive longe da sua biblioteca.

 Passo um pouco de perfume antes de sair, penteio meu cabelo concentrado, dou um uns últimos retoque e vou atrás da minha mãe em sua procura que não demorou muito para encontrá-la já que a mesma não vive longe da sua biblioteca

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Me encostei no batente da porta enorme e dei leves batidas chamando sua atenção, ela me olhou por cima dos óculos e retirou fechado o livro após marcar-lo na página que parou.

— Solicitou minha presença aqui estou eu — me aproximo sentando de frente para ela.

Minha mãe deixou o livro ao seu lado e pegou em minha mão trazendo para até colo me olhando profundamente, engolindo em seco tentando esconder minha expressão dela, ela levantou sua sobrancelha desafiadoramente.

— Você esteve lá novamente, não foi? — ela estudou meu rosto procurando qualquer vestígios de mentira nele.

— N-Não eu.. — gaguejei.

— Que droga, Peter — falou brava balançando a cabeça desacreditada — Você sabe muito bem o que possa lhe causar quando aquele lugar foi descoberto.

— Sim eu sei disso — suspiro.

— Você está sendo inconsequente com sua própria vida, aquele lugar será a sua ruína — ela levantou pegando o seu livro me deixando sozinho com minha própria mente conturbada, eu sabia que ela tinha mais coisa a se dizer mas ao mesmo tempo ela quis me poupar disso.

Suas palavras foram reproduzidas em meus ouvidos. Ela estava certa e mais uma vez eu estava colocando eles envolvidos na minha própria merda.

××××

Até a próxima 🦋.

Beijinhos.

Meu Desejo - Livro Único. Onde histórias criam vida. Descubra agora