Livro único.
Beatrice Felkin, de apenas 23 anos teve sua vida mudada completamente quando foi forçada pelo seu pai e seus dois irmãos a fazer uma inseminação artificial para dá um golpe em um bilionário, sua vida desde da sua infância não foi nada...
— Acorde! Acorde, Bea — Natalie gritava várias vezes me sacudindo, mesmo com o tom irritado em sua voz e a sua má vontade.
— O que aconteceu? — indaguei, com um fio de voz, com a cabeça latejando de dor, vendo tudo girar em minha volta.
No entanto, eu não precisava que ela respondesse, eu já estava ciente do que aconteceu comigo. Sabia exatamente que havia me sedado e injetado o sêmen daquele homem em mim. Podia sentir a leve ardência em minha parte íntima, causando um grande incômodo, provocada pela invasão da seringa e a perca da minha virgindade, dói dói muito. Senti meu corpo retoricamente diferente mas a pergunta continua martelando minha mente depois de tudo o que eles fizeram será que ficarei grávida? embora fosse cedo demais para saber ou ter uma leve sensação de que sim.
Mil coisas se passavam em minha mente, o futuro de merda repetia várias e várias vezes me deixando assustada, eu não sei o que me espera, mas minha família sabia muito bem o que pretendem fazer caso o processo dê certo.
— Você me deixou preocupada pequena Bea, dormiu bastante — apesar da sua voz ter um tom melancólico eu sabia muito bem que tudo era falsidade da sua parte. O gosto amargo impregnou em minha boca por tamanho era meu nojo.
Ela está preocupada comigo? Logo Natalie que me odeia de graça, preocupada?!
O que importava não só para ela e para aqueles que eu chamo de família é com o que talvez esteja em meu ventre.
— Não me olha assim, deveria me agradecer por mudar sua vida e lhe proporcionar tudo isso — apontou para minha barriga, sempre sonhei em construir minha própria família a quem eu poderia proporcionar todo meu amor e receber de volta, mas agora eu não sei o que me aguarda.
A sua hipocrisia acendeu uma raiva sobre mim, estava consumida por ódio, reprimindo a vontade de esganar todos eles.
— Eu mais do que ninguém sei que você só fez isso por si mesma, se não fosse o caso você injetaria em você mesma! — acusei, cuspindo a verdade na cara dela.
— Fiz isso por bem de todos nós! Não seja ingrata menina tola — ela rebateu fingindo estar preocupada comigo.
Ri com escárnio.
— Não seja hipócrita, Natalie — vociferei alterada.
— Não grite comigo — deu tapa em meu rosto com força o suficiente para deixar a marca dos seus dedos.
Cansada dessa merda me levantei de supetão da cama ainda raciocinando tudo que aconteceu desvio do corpo de Natalie para pegar minha toalha para me banhar.
Mesmo com minhas forças e esgotadas, precisava ficar o mais longe possível de todos eles, depois de ontem de manhã não tive sequer notícia do Liam.
— Estou indo para lanchonete — alisei minha face dolorida e quente, olhando para ela com repulsa.
— Não! Você precisa descansar, não sabemos se você está grávida ou não, e todo cuidado é pouco.
— Não mesmo — balancei a cabeça negando.
— É só por 4 dias para evitarmos que você tome qualquer coisa para tentar interromper a gravidez.
Completamente sem chão, desabei sobre minha cama com os meus olhos cheios de lágrimas.
Era óbvio que eu não teria paz e muito menos liberdade, liberdade.. na verdade eu nunca tive.
— Porque eu? — perguntei não aguentando mais, não era certo o que eles estavam fazendo, não comigo e muito menos com o Peter Cross que é tão vítima quanto eu.
— É necessário isso acontecer — falou — Já liguei para o seu trabalho avisando que você pegou uma virose e não irá trabalhar. Deveria dizer que você pediu demissão aquele lugar não é pra você.
Passei três dias enfurnada dentro do meu quarto, sem o Liam por perto fiquei completamente só, eu não sei onde ele está e muito menos que horas são, meu celular está bem longe de mim, estou sob a supervisão de Natalie para qualquer que seja a minha necessidade.
Para não poder interromper a gravidez fiquei trancada dentro do meu próprio quarto, no primeiro dia tentei fugir mais antes de ir muito longe fui pegar e levei uma bela de uma surra e fui acorrentada os pés na perna da cama e o braço na cabeceira, sofri isolada sem saber o que fazer, como que eu iria sair dessa situação.
No quatro dia os gritos de Liam — Me pedindo perdão —, se tornaram insuportáveis para mim o barulho de socos se chocando me fez ter crise de choro, todos daquela casa são covardes, Liam deveria me deixar e seguir com sua própria vida, eu não aguento mais ver ele apanhar vou fazer a coisa certa por mim.
Não pude fazer nada diante a isso, o que resta para mim é aceitar o destino que eles “escolheram” diante de tudo.
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O dias se passaram lentamente que virou uma tortura para mim, via o dia se passar pela minha janela, as chuvas fortes que se chocava contra o vidro da minha janela me deixou menos para baixo, amo observar a chuva, principalmente em tempos fortes. Eles mentiram quando disse que seria apenas quatro dias hoje pelas minhas faz quase trinta dias que estou trancada sem telefone, sem notícias depois de tanto tempo longe ninguém sentiu minha falta mais quem sentiria? O pouco que tinha perdi meu trabalho o amor do meu irmão foi tudo afastado de mim.
Desde de pequena minha vida toda foi planejada, nunca constatei a hipótese de me rebelar contra. Até porque sempre fiz tudo para conseguir atenção e o amor deles, mesmo que de alguma forma eles não estavam nem aí para mim.
Acho que de qualquer forma eu não sou importante para eles, o único que me ama é o Liam que sempre me protegeu de tudo e de todos.
Qualquer decisão precipitada que eu pretendo fazer contra mim mesma não afetaria ninguém ao não ser eu mesma.
Dou um sorriso sem humor, pois jamais faria algo assim.
— Toma — quase bati minha testa contra o vidro quando alguém toca em meu ombro, me recompus fitado Natalie impaciente bem a minha frente.
Ela ficou encarregada de meus cuidados enquanto meu pai e irmãos tramavam alguma forma de conseguir ter acesso a Peter Cross, o Ceo engomadinho que eles quer dar o golpe. O pouco que sei sobre esse homem foi coisas ditas pela lunática da Natalie.
Pego a taça recheada de sorvete e levo uma generosa colherada à boca satisfeita com a escolha do sabor.
Não tenho escapatória, já fui lançada na cova dos leões, só espero não sair dessa situação mais machucada do que já estou, por outro lado terei o apoio do Peter Cross...
