Capítulo 25

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Sakura
Ai, calma, é minha primeira vez narrando aqui, 'tô nervosa.

Para começar, quero uma frase de efeito para quem estiver lendo! Mas quero uma que seja a minha cara.

"Nada que um socão na boca não resolva."

Perfeito.

...

Minha história, como dito antes, não é muito diferente da Emi. Mas a minha personalidade acabou me levando à um rumo diferente do dela. Nasci em uma família comum, tínhamos uma situação financeira nada boa, mas éramos felizes. Durante o dia, trabalhava na pequena loja de conveniências do meu pai, e a noite, ia para a faculdade de medicina com minha prima Rin. Minha vida seguia nessa rotina tediosa até o dia em que o conheci.

Estava na cozinha com minha mãe, tentando resolver algumas contas que nos atormentavam. Meu pai chegou e pediu para que eu cuidasse da loja enquanto ele ia tomar um banho. Não reclamei e fui; nossa loja ficava na frente da nossa casa, o que facilitava bastante as coisas.

Sentindo dores de cabeça, permaneci naquele local vazio, tentando ler uma revista. Não conseguia me concentrar por mais que tentasse, os problemas estavam me atormentando ainda. Tínhamos a casa e a loja para pagar, sem contar minha faculdade que cogitava parar por um momento para que pudéssemos pagar as outras contas, mas meus pais insistiam para que eu continuasse, pois não queriam destruir meu sonho.

Apesar de me irritarem quase sempre, os amava bastante. E por esse amor, estava disposta a largar meu sonho pelo menos por um tempo. Eles já estavam ficando velhos, não queria que se esforçassem tanto para trabalhar.
Meus pensamentos só estavam nisso, quando ouvi o sino da porta quando ela abriu. Mantive minha atenção na revista e deixei que o cliente circulasse pela loja.

Ouvia seus passos atentamente, apesar de não parecer. Seus passos estavam pesados e lentos, ele parecia estar perdido. Coloquei minha outra mão sobre o bastão de beisebol que tínhamos para segurança e esperei, torcendo mentalmente para que não fosse nos roubar.

Algumas coisas foram jogadas no balcão, pulei de susto por causa disso, olhei aquilo e percebi que só tinham produtos para tratar ferimentos. Subi meu olhar e encontrei o seu, me deparando com um homem alto de olhos escuros e cabelos enormes da mesma cor. Fiquei o olhando por pouco tempo, mas para mim, aquele momento congelou.

Sua expressão era vazia, mas intimidadora de certa forma, alguns fios de seu cabelo estavam jogados sobre seu rosto, dando um ar mais misterioso ao homem. Usando uma camisa social preta, percebia seus músculos marcados e senti meu rosto levemente quente ao notar isso.
Voltei a realidade e o atendi em silêncio, colocando os produtos na sacola enquanto sentia seu olhar sobre mim.

—Bom, deu... — Ia falar o preço total de tudo, mas fui interrompida quando ele bateu no balcão, se debruçando sobre. —O-O senhor está bem?

Ouvia seus gemidos de dor que me assustaram. O homem caiu no chão e larguei as compras, dando a volta no balcão, encontrando ele deitado com a mão sobre a barriga.
Me aproximei sem pensar duas vezes e ele afastou sua mão do local, me permitindo ver o tecido molhado que na hora entendi que era sangue.

Tentei não entrar em desespero, sabia que deveria salvá-lo. Prendi meu cabelo rapidamente, peguei os produtos e abri sua camisa, me deparando com um corte que pelo visto haviam tentado fechar. Comecei a limpar cuidadosamente, depois tive que costurar, o que não foi fácil.
Avaliando bem, soube que ele tentou fechar aquilo sozinho, mas obviamente fez errado e falhou. Não fiz perguntas por ora, mas fiz meu trabalho.

Depois que acabei, o moreno se sentou com a mão sobre a ferida e levantei. Fechei a loja para que nenhum cliente entrasse e visse o estado daquele homem e o local, tive que limpar o chão sujo de sangue e jogar fora algumas coisas que tinha gastado para salvar o estranho. Ao acabar, voltei até onde ele estava e coloquei as mãos na cintura, o analisando.

Meu Mafioso - Kakashi Hatake _ContinuandoOnde histórias criam vida. Descubra agora