Capítulo 18

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"Finalmente entendi o que o verdadeiro amor realmente significa… Amar significa pensar mais na felicidade da outra pessoa do que na própria, não importa quão dolorosa seja sua escolha."

John Tyree

Kakashi

Me pergunto como você conseguia. Como conseguiu aguentar tudo isso e ainda sorrir docemente. Com uma péssima vida, como conseguiu ser forte e gentil assim?

Por acaso, os sorrisos que esboçou, foram falsos? Quais eram os seus pensamentos por trás deles? Como não se derramou em lágrimas quando chegou na minha casa?
Ah... claro.

Você é mais forte do que eu pensava. Confesso que a subestimei. Devo só ter piorado sua situação ao torná-la minha noiva de repente. Mas acho que o lado bom disso é que a salvei das garras daquele desgraçado.

Infelizmente, não fiz muito. Mas me permita que eu faça agora. Permita que eu o castigue por todo o mal que lhe fez durante todos esses anos; o farei se arrepender de tudo.

Emi

Após me secar, Chiyo me trouxe roupas secas e as vesti. Voltei para o quarto e a mais velha secou meu cabelo com um secador. Naruto permanecia em silêncio, andava em círculos pelo quarto, parecendo perdido em pensamentos.

Me fazia milhares de perguntas enquanto observava o loiro. Minha mente vagava pelo passado e presente, algumas vezes, futuro também.
Passado... Toques, olhares e palavras dele acabariam finalmente?
Presente... Eu queria ir atrás de Kakashi, pedir para se acalmar e resolver mais pacificamente.
E finalmente, futuro. Me perguntava o que aconteceria comigo depois.

Meu pesadelo poderia acabar, ou piorar de vez. Estava dando trabalho para Kakashi, sabia disso. Ele já tinha que se preocupar com seus inimigos, agora teria que lidar com o ex padrasto de sua noiva quebrada.

"O que fará comigo depois disso?" Essa pergunta foi o que mais me atormentou. Milhares de pensamentos começaram a rondar minha mente e já estava querendo entrar em desespero de novo.

—Emi? — Acordei dos meus pensamentos com Chiyo me chamando. Ela me olhava preocupada. —Está se sentindo bem? Quer comer algo?

—E-Eu... — olhei para os dois ali, procurando palavras para lhes dizer. —Eu estou apenas cansada. Gostaria de dormir agora... por favor.

—Está bem. Qualquer coisa pode nos chamar. — Sorriram gentilmente e saíram do quarto, fechando a porta e me deixando sozinha.

Me deitei e abracei um travesseiro, olhando para o nada, voltando a mergulhar em pensamentos distantes.

Kakashi

Finalmente chegamos na casa dele. Saí do carro e me direcionei até a porta, a chutei com força, entrando a passos pesados. O miserável logo apareceu e nos olhou confuso e enfurecido.

—Mas que po-... — Interrompi sua fala quando o peguei pelo pescoço e o joguei contra a parede.

O apertei e confesso que adorei ver seu rosto ficando vermelho e o desespero estampado em sua face. Mataria ele assim, mas preferia me divertir mais. Me aproximei esboçando um sorriso psicótico e falei:

—Se prepare para conhecer o verdadeiro inferno. — Então com um golpe, o apaguei.

...

Fomos para o galpão, onde meus homens prenderam ele na cadeira. Dobrei as mangas da minha camisa e me aproximei da mesa que tinha os equipamentos para a tortura.
Estava estressado e com mais raiva ainda com essa situação. Usaria toda a minha fúria nele, mas com cuidado para não matá-lo fácil.

Vi que Itachi tinha acordado o homem e me aproximei. Desferi um soco em seu rosto e o segurei pelos cabelos, o fazendo me olhar.

—Vou fazer você pagar por cada palavra, toque e olhar que deu à ela. Mas farei de pouquinho em pouquinho, e quando me pedir para matá-lo, vou torturá-lo mais e mais. — Falei baixo, em um tom sério, o olhando nos olhos.

—O que...? De quem está falando? — Perguntou com a voz falha e me lançando um olhar furioso.

Rosnei e lhe dei outro soco, direto no nariz.

—EMI! EMI MATARASHI! A GAROTA DE QUEM ABUSOU E TORTUROU! — o soltei, fui na mesa e peguei uma faca. Voltei e a enfiei em sua coxa, lhe arrancando um grito de dor —Lembra dela agora?

Ele tentava se pronunciar, mas a dor não permitia. Tirei a faca e depois a enfiei de novo.

—Vou te ajudar com suas memórias, o que acha? — Retirei a faca e voltei para a mesa. Peguei uma garrafa de água sanitária e sorri sádico —A primeira coisa que fez foi vê-la para que tudo começasse, certo? Vamos lidar com isso. Segundo as pesquisas, você a conheceu quando ela tinha 13. — Me aproximei, contendo todo o meu ódio só de falar e imaginar a garota com 13 anos passando por aquilo —Era quase uma criança. E mesmo assim, a olhou com malícia.

Mantive seus olhos abertos com os dedos e despejei a água sanitária em seus olhos. Me afastei e o observei se contorcer. Larguei a garrafa, peguei alicante e um maçarico; abri sua boca, puxei sua língua para fora com o alicate e liguei o maçarico.

—Depois de olhar, falou. Disse coisas que a atormentou por anos, não é? — Aproximei o pequeno objeto flamejante de sua língua e a queimei aos poucos.

...

O desgraçado tinha desmaiado. Esperei Itachi tratar de seus ferimentos para eu continuar enquanto Yuzu permanecia inconsciente. Pouco depois, ele acordou e voltei ao trabalho.

—P-Por favor... E-Eu já entendi! Não farei mais! Manterei distância dela. — Disse ele em desespero enquanto eu escolhia minha próxima arma.

—Tarde demais. O que fez já está feito. E está chegando minha parte preferida, não posso parar a brincadeira agora. — Peguei o alicante novamente e me direcionei até ele —Vamos aos toques agora.

Essa parte... Pensando nisso, me irritava mais. Segurei uma de suas unhas e arranquei num puxão, fiz o mesmo com todas as outras e logo, o chão estava sujo com seu sangue imundo. Não dei descanso e tratei de quebrar seus dedos; um de cada vez.

Ainda tinha mais, não pararia agora. Peguei a faca, fiz cortes em pontos não letais e joguei água sanitária. Quando ele estava quase desmaiando, cobri seu rosto com uma toalha e joguei gasolina, o sufocando. Depois arranquei as unhas dos pés e quebrei seus dedos também. Meus homens penduraram ele no alto pelos pés usando uma corrente e o usei como saco de pancadas.

Ah, como foi bom descontar toda minha fúria nele. E foi bom que ele tenha resistido bastante.
Seu sangue já formava uma poça e percebia que ele estava a beira de morrer, peguei o alicate novamente e me agachei a altura do seu rosto.

—Espero que tenha refletido muito bem. Vamos as últimas coisinhas agora. — Segurei seu dente e arranquei, retirei um por um também; não demorou muito e sua boca já estava cheia de sangue. Sinalizei e me trouxeram um balde com gasolina, coloquei abaixo de sua cabeça e começaram a descer a corrente aos poucos —Chegou o fim. Tem mais alguma coisa a dizer?

—Vai... Vai se foder! — Tossiu sangue em seguida e sua cabeça logo foi mergulhada na gasolina.

Comecei a me limpar com um pano, observando ele se contorcendo até parar. Assim que me virei, me deparei com Itachi estendendo o celular para mim, peguei e levei ao meu ouvido.

—Sim?

—E-Eu não sei como dizer isso, mas... — Pelo tom de voz, percebi que Naruto estava nervoso —A-A patroa... Sumiu.

Meu Mafioso - Kakashi Hatake _ContinuandoOnde histórias criam vida. Descubra agora