Capítulo 38

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"Um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo será sempre um irmão."

Emi

—Estou feliiiiz, por isso estou aquiiii. — Eu cantava alto a música infantil.

—Também quero viajar nesse balããããooo! — Naruto completou.

—Super fantástico! No balão mágico! — Cantamos juntos. —O mundo fica bem mais divertido! Super fantástico! No balão mágico!

Depois dessa, cantamos alguns rocks antigos que amávamos, balançando as cabeças como se estivéssemos em um show. Chegamos a mansão rindo, conversando sobre algo comum, quando cheguei na sala e me deparei com a cena da minha mãe tomando chá com Chyio.

—Dona Hana? — Eu disse, surpresa. Me aproximei e a cumprimentei com um beijo na bochecha. —O que faz aqui?

—Recebi um convite dele ali. — Ela olhou para Naruto, tomando um gole de seu chá. —Disse que precisava de mim.

—Naruto? — O olhei, pedindo explicação.

—Eu notei como estava estranha até mesmo nos treinos onde costuma amar e focar. Achei melhor chamar ela, quem sabe fosse coisa de mulher. — Ele se explicou com um sorriso nervoso. —Desculpe.

—Ai, Naruto... — Sorri soltando um suspiro. —Obrigada, de verdade.

—Então, o que houve? — Hana perguntou, deixando a xícara na mesinha de centro.

—Vamos conversar em outro lugar. — Vi uma mala dela em um canto e olhei novamente para Naruto. —Pode colocar a mala dela em algum quarto de hóspedes, por favor?

O loiro assentiu, indo pegar a mala. Fui para biblioteca com minha mãe, onde contei um pouco sobre o que aconteceu, me senti estranhamente bem ao desabafar; pelo visto estava precisando mesmo disso.

—Então, foi isso. — Falei ao terminar, me sentando na poltrona. —Desculpe por vir aqui só para resolver um problema idiota.

—Não é um problema idiota. — Hana falou, séria como sempre. Ela ficou pensativa antes de começar a falar. —Pelo que sei de você, o senhor Hatake não tem experiências com isso, certo? Provavelmente passou a vida longe de relacionamentos. Talvez você o tenha surpreendido com essas palavras e ele não soube reagir a isso.

—E se não for isso? — Perguntei com receio e tristeza. —E se for apenas porque ele não me ama?

—Amor é uma coisa complicada, Emi. Te disse isso. — Ela continuou. Mantinha boa postura na poltrona, de pernas cruzadas com as mãos pousadas sobre o colo. —Existem vários tipos de amor, e todos são como... armas. Você a tem e deve escolher o que fazer com ela: bom ou mal uso. E infelizmente, tem alguns que não sabem mexer com isso.

—O amor fere...

—O amor também pode salvar. — Incluiu. —Ele salvou você, não salvou? — Assenti e prosseguiu. —Ensine-o a usar essa arma que ele já usou antes mas não sabe como.

—Nossa... — Fiquei surpresa com aquelas palavras, assimilando cada uma. —Parece que tomei um tiro.

—O conselho que dei foi bom? Não sei ao certo se usei uma boa metáfora. — Ela perguntou com a mão no queixo, olhando para o nada pensativa.

—Não, não. O conselho foi ótimo e a metáfora também. — Falei rindo. —Obrigada.

—Oh, que bom. Saiu tudo do nada. — Hana voltou sua atenção para mim. —Sabe, me identifico com Kakashi em parte. Nos demos bem no casamento de vocês. Por isso aconselho a ter paciência e que vá com calma. Até mesmo seu pai demorou para me conquistar.

Meu Mafioso - Kakashi Hatake _ContinuandoOnde histórias criam vida. Descubra agora