3 - O Beco Diagonal

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Harry detestava sair de casa por causa disso, onde ia era uma centena de pessoas querendo falar com ele, lhe perguntavam sobre algo que ele nem se quer se lembrava, era só um bebê quando derrotou o Lord das Trevas.

Assim que colocaram o pé dentro do "O Caldeirão Furado" foi fácil de ouvir um sussurrar de pessoas se questionando "É Harry Potter ?" , " Olha só, ele tem mesmo a cicatriz" que fez o garoto revirar os olhos arrancando uma risada baixa de Draco, ele sempre se divertia com a irritabilidade que Harry tinha com a própria fama, o loiro não entendia, para ele parecia muito legal ser reconhecido nos lugares e ter todo mundo querendo falar com você.

Avistaram a frente Hagrid conversando com um jovem pálido, que falava gaguejando e parecia muito nervoso com um turbante estranho e olhos bem azuis, Harry não pensou duas vezes e correu até o meio gigante sendo seguido sem tanta animação por Draco.

- Hagrid ! - Ele chegou perto do homem ganhando um belo abraço apertado que o fez ficar sem ar alguns segundos e lê arrancou algumas risadas.

- Harry ! Que saudades. - Ele levou os olhos ao outro garoto um tanto afastado. - Ola Draco. - O garoto só resmungou um "Olá" ele não se aproximava de Hagrid, seu pai não gostava nada disso. - Veio comprar seu material não ? Deve estar ansioso pra começar suas aulas, eu me lembro da minha primeira vez em Hogwarts - Sorriu de forma doce sendo acompanhado pelo garoto.- Ah, Olá professor não tinha visto o senhor aí .

- Olá Hagrid. - Disse na sua forma sempre séria, não queria dizer que estivesse bravo, ou que desgostasse do meio gigante, era só o jeito dele. - Ah, o senhor deve ser o novo professor de Defesa Contra a Arte das Trevas, Quirrell, não ? - Snape tinha um ar interrogador e para Harry, parecia que o Tio já conhecia o professor.

- I-i-isso me-mesmo, e o se-se-senhor de-deve ser o p-pro-profe-fessor Snape e-e-eu pre-presumo. - o homem parecia muito nervoso, e Harry nunca tinha visto alguém gaguejar tanto.

- Ah Professo Quirrell esses são Harry Potter e Draco Malfoy, vão ser seus alunos esse ano, são ótimos garotos, você vai ver. -disse Hagrid em tom animado, parecia tentar aliviar aquela tensão entre os dois professores, provavelmente por DCAT era a matéria que Snape vinha tentando lecionar a anos e fora negado todas as vezes por Dumbledore.

- É u-um pra-prazer conhece-ce-los me-meninos - ele deu um sorriso nervoso mas parecia bastante interessado em conhecer Harry pois não parava de o encarar, principalmente a cicatriz em sua testa.

- Com licença, temos que passar em Gringotes antes de ir comprar os materiais. - Cortou Severo colocando uma mão em cada ombro dos meninos já os guiando para para os fundos do lugar.

- Ah, Professor, também estou indo para lá, tenho que buscar uma coisa para o professor Dumbledore, se importa se eu acompanhar ? - Snape apenas assentiu com a cabeça para que Hagrid o acompanhasse enquanto ele saia com os garotos.

Chegaram em uma parede de tijolos, Severo Snape apanhou sua varinha e encostou nos tijolos certos, abrindo a passagem no instante que tocou o último deles. Os tijolinhos uma se mexendo para os lados e logo se podia ver o beco diagonal, cheio de bruxos e bruxas para todos os lados fazendo compras, principalmente os pais que logo estariam levando seus filhos para Hogwarts.

Haviam lojas que vendiam vestes, lojas que vendiam telescópios e estranhos instrumentos de prata que Harry nunca vira antes, janelas com pilhas de barris contendo baços de morcegos e olhos de enguias, pilhas mal equilibradas de livros de feitiços, penas de aves para escrever e rolos de pergaminhos, vidros de poções, havia o Olivaras, onde todo bruxo comprava sua varinha e é claro, Gringotes, um edifício com portas de bronze polido, muito branco que se erguia acima das lojinhas.

Severo Snape e o Menino Que SobreviveuOnde histórias criam vida. Descubra agora