9 - Dia das Bruxas de Severo

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Esse era um dia muito difícil para Severo, o dia das Bruxas, o dia em que ele perdeu Lillian. O mesmo dia que Harry ficou órfão e o mesmo no qual tomou a melhor decisão da sua vida, criar e proteger o pequeno Harry Potter, aquele garotinho com os olhos de Lillian, o mesmo talento para magia e a mesma forma de ver o melhor das pessoas.

Severo estava em sua sala esperando que Harry aparecesse, como todos os anos, ele e o garoto iam até os túmulos de Lillian e James Potter. O menino adentrou sua sala com aquele mesmo olhar triste de sempre.

- Bom dia Tio Sev

- Bom dia, Pequeno.

O mais velho se levantou de sua mesa e foi até o menor o abraçando forte e beijando seus cabelos, uma demonstração de carinho que Severo só fazia com Harry e Draco, ainda sim era raro, o Professor não era do tipo que demonstrava emoções.

- Vamos até o escritório do Dumbledore, vamos pela lareira dele.

O menino apenas assentiu e seguiu o Professor até a sala do direto, o escritório estava vazio, eles apenas atravessaram o escritório até a lareira e pela rede de Flu, foram para Godric's Hollow.

Eles saíram em um pequeno estabelecimento próximo ao cemitério, Snape levou o garoto até a barraquinha de flores que ficava em frente ao cemitério.

- Oh, já deixei o de vocês separado. - a senhora que cuidava das flores abria um grande sorriso e pegava o buquê de lírios que deixava separado, sabia que todo ano naquela exata data os dois vinham e sempre compravam lírios.

- Obrigado.

Snape pegou em seu bolso alguns sicles e entregou a senhora que dava o buquê de lírios para Harry.

- Obrigado Madame Hiddleston. - Harry pegou o buquê dando um sorriso fraco para a senhora e entrou no cemitério antes de Severo.

- Ele está bem chateado essa manhã. - Madame Hiddleston comentou.

- Está... Ele não caiu na mesma casa que os pais.

A senhora assentiu entendendo a melancolia do garoto. Severo foi logo atrás de Harry até o túmulo dos Potter, Snape ficou um pouco afastado dando espaço para Harry conversar com seus pais.

- Oi mãe, oi pai... Eu entrei em Hogwarts esse ano, mas eu estou na sonserina - ele suspirou.- Desculpa decepcionar vocês, sei que gostariam que eu estivesse na Grifinoria.

Snape mesmo afastado podia ouvir o que o garoto dizia e podia ver as lágrimas em seus olhos que logo começaram a descer.

- Mas eu fiz um amigo da Grifinoria, o Rony, ele é muito legal, até o Dray gostou dele... O Rony é ruivo igual você, mãe, ele é irmão do Fred e do George... Vocês iam gostar dele.

Harry começou a chorar baixinho olhando pra o túmulo de seus pais, Snape se aproximou do garoto e se abaixou perto dele o abraçando firme.

- Harry, você não decepcionou eles, pequeno. - ele fazia um leve carinho nos cabelos do menino que já estava agarrado ao seu pescoço chorando.- muito pelo contrário, tenho certeza de que sua mãe estaria muito orgulhosa de você... Até mesmo seu pai estaria... É o jogador de quadribol mais jovem do século, um aluno exepcional e um ótimo amigo.

O menino parou de chorar aos poucos ainda abraçado ao mais velho e olhou para Severo que usou um lenço que tirou de seu bolso para secar as lágrimas do menino e seus óculos também.

- Escute bem o que vou lhe dizer Harry. - Snape olhou bem nos olhos verdes do garoto. - Nunca vai decepcionar os seus pais, não importa a casa que você seja, em quantas confusões se meta nem nada, eles te amavam incondicionalmente, lutaram por você até o último segundo, você ter ido para a sonserina, não muda nada pra eles. Está me entendendo ?

Severo Snape e o Menino Que SobreviveuOnde histórias criam vida. Descubra agora