ເ 🪐 𝗢𝗡𝗗𝗘 Any queria que o ano passasse da forma mais rápida possível.
Para ela, um intercâmbio não era só uma forma de esvaziar e amenizar a dor da perda da irmã dela, era também um pesadelo, um castigo.
E para a sorte de Gabrielly, sua mãe...
Anteriormente: a primeira coisa que eu fiz? Óbvio, capotar em um profundo sono não dando a mínima a pessoa que sentará ao meu lado.
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Até que a casa não era tão ruim. De fato a casa era grande demais para apenas duas, mas cada um tem seu gosto né.
Fui recebida por uma senhora bastante simpática, acho que seu nome era Úr... isso Úrsula. Ela foi me buscar no aeroporto, e avisou que a filha não pode vir, porque estava no mercado.
Úrsula me ajudou trazer as malas para dentro, e disse que estava preparando o almoço. O que eu estranhei, mas logo lembrei que estou em um país diferente, com fuso horário diferente. Ela apenas me disse que meu quarto ficava no andar de cima na direita, e voltou ao que estava fazendo.
Então me deparo com uma escada em frente a porta. E logo bate um arrependimento. Pra que três bolsas mesmo?
Assim que finalmente trago a terceira bolsa ao andar de cima, vou atrás do meu quarto.
Bom, segundo andar a direita. Não deve ser tão difícil.
É, não seria tão difícil se tivesse apenas um quarto a direita. Mas não, tem dois quartos totalmente idênticos um do lado do outro.
Bom se ela não especificou não deve ter problema eu pegar qualquer um dos quartos.
Entro logo em um, ele era totalmente branco e não havia decoração. Nada que eu mesma não possa resolver.
Ponho minhas malas em cima da cama e abro-as. Agora a parte que eu mais odeio. Desfazer as malas. Dessa vez não tenho nem desculpas, alegando que ficaria pouco tempo e que não precisava desfazer as malas, já que vou ficar aqui por um ano.
No meio da segunda mala, encontro a caixinha azul, junto com a carta.
O que será que é essa tal carta? Pego o envelope e analiso. Havia sua assinatura embaixo da carta. O que fez lágrimas chegarem aos meus olhos. Mas eu não iria chorar. Me recusava a fazer isso.
Fui interrompida, pela Úrsula. Avisando que o almoço estava pronto.
Ok, eu consigo. Não deve ser tão difícil.
Desço as escadas correndo, é um costume meu.
Logo no começo do corredor já sinto um cheiro delicioso de lasanha. Ain não, agora sim é a minha perdição.
- Espero que goste de lasanha.
- Tá brincando? - vi sua feição estranhar, e percebi estar falando português. - Desculpa, eu ainda esqueço que estou em Los Angeles. Eu amo lasanha. - disse sorrindo.
Pelo visto meus anos estudando inglês vão ser útil pra alguma coisa.
- Daqui a pouco você se acostuma.
Ajudei ela a por a mesa, colocamos três de tudo. Dando a entender que não seriamos as únicas.
- Ah, min... - Úrsula foi interrompida por uma voz na porta.
- Mãe cheguei! A fila do mercado estava gigante, e ainda o caixa bugou quando foi minha vez. Eu mereço isso? - ouvi uma voz se aproximando de nós.
Uma menina loira apareceu. Ela havia sardas. O que pra mim é uma perdição, já que eu amo sardas.
- Essa é a Any? - disse olhando para a sua mãe que assentiu. - Ué, ela não chegaria só amanhã?
- O voo foi adiantado.
- Bom, sendo assim. Oi, eu sou a Joalin. - disse olhando para mim. - Gosta de comer? - desandou puxando assunto.
- Uhum. - assinto tímida.
- Não se preocupe, teremos tempo pra nos conhecer. - disse tudo com um sorriso no rosto. - Mãe? O Bailey pode vir mais tarde aqui?
- Joalin, Any acabou de chegar. Ajude ela a se acostumar. Amanhã ele vem, pode ser? - Joalin assentiu ressentida.
- Conte mais sobre você, Any. Minha mãe não tem modos e não pergunta as coisas, mas eu sim.
- Que isso. Dona Úrsula é super gentil.
- Ihh. Mal chegou e já foi enfeitiçada? - Joalin disse pegando uma porção da lasanha.
- Joalin! - Úrsula a repreendeu. Me permiti a rir. Elas eram engraçadas.
- Não tenho muito o que falar.
- Deve ter algo.
- Hum... deixa eu ver. Minha vida inteira vivi com minha irmã e minha mãe. Morava em São Paulo, uma cidade do Brasil. E amo ler. Acho que só isso, mesmo. - disse levando um pedaço da lasanha na boca. - Nossa! Isso ta muito bom.
- Que bom que gostou.
Depois que almoçamos, ajudei elas a recolherem a louça. E subi novamente ao quarto. Joalin me perguntou se eu queria ajuda. Mas precisava ter um tempo sozinha. Então ela continuou na sala.
Enfim novamente sozinha, notei a caixa azul em cima da cama. Resolvi ver depois que arrumasse tudo. Assim leria com calma.
{...}
Quando acabei de arrumar tudo, já estava escurecendo. E meu corpo já se sentia cansado. Um ótimo momento para um banho. Peguei uma troca de roupa, e meu nécessaire. E segui para o banheiro. Meu corpo ansiava por um banho.
Finalmente pronta, e me sentindo mais relaxada. Me permito conversar com minha mãe. pegou meu notebook e mando uma mensagem.
"Ai ai mãe, onde foi que me meteu? As pessoas aqui são legais. Úrsula e Joalin são divertidas, e me animaram bastante hoje. Mas nada se comparar quando estava com você e minha irmã. Sinto falta dela. E agora de você também. Amanhã Joalin vai trazer um menino aqui, acho que é seu namorado, não sei. Bom estou morta de sono. Vou dormir um pouco. Te amo... Ass: Any."
Ao mesmo tempo que clico na tecla pra enviar, batem na porta.
- Eu vou dar uma saída com minhas amigas. Quer vir junto? - Joalin me pergunta toda arrumada. Porem balanço a cabeça.
- Estou morta. Ainda não me acostumei com o horário. Deixa pra outro dia.
- Ok, então... to indo, tá? Dorme bem. - dito isso saiu fechando a porta.
Fechei meu computador. E me obriguei a dormir. Precisava descansar, e me desestressar um pouco.
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Oioi amoress... Voltei e aí tá mais um capítulo. Oq tão achando da história?
