ເ 🪐 𝗢𝗡𝗗𝗘 Any queria que o ano passasse da forma mais rápida possível.
Para ela, um intercâmbio não era só uma forma de esvaziar e amenizar a dor da perda da irmã dela, era também um pesadelo, um castigo.
E para a sorte de Gabrielly, sua mãe...
Anteriormente: Eu ainda espero que ela apenas volte e diga que estava dormindo, um longo e grande sonho. Então, bons sonhos minha nininha.
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Deixo meu diário na cama, preciso beber um pouco de água. Desço correndo até a cozinha, e pego um copo o enchendo rapidamente com água.
Um pouco mais calma, vou caminhando em passos lentos para a sala. Ainda não acredito que ela fez aquilo tudo. Que desperdiçou horas do seu tempo pra fazer isso. Por mim.
Olho para o chão, pra evitar que mais lagrimas desçam de meus olhos. Até que eu trombo com tudo em alguém.
- Mas que porr? Ah tinha que ser. Alem de roubar quartos é cega também?
- Desculpa, eu estava distraída. - forço minha voz, para não parecer tremula. - Com licença. - digo ao caminho da escada, mas ele segura meu braço. - O que foi?
- Espero que já tenha mudado de quarto. - disse e então soltou meu braço.
Quem ele pensa que é? Se antes eu ia sair pra não arranjar confusão. Agora eu não saio por nada.
Subo as escadas pensando no que eu fui me meter. Chego no quarto e fecho a porta. Hum e se eu fizer algo pra quando ele abrir a porta? Mas o que eu vou fazer? Penso olhando ao redor.
O que eu posso fazer pra deixar ele nervoso?
Meus olhos pararam nos baldes de tinta que Joalin havia me dado pra pintar o quarto. E é o que eu vou fazer.
Arrasto a escrivaninha, a cabeceira e com muito esforço a cama. Hora de botar em pratica uma das melhores coisas que eu sei fazer.
Começo fazendo um pequeno esboço do que eu queria.
{...}
Quando acabei coloquei luzinhas, abajur e varias outras decorações, peguei meus quadros do one direction e colei com fita dubla face. Teria que aguentar por hoje, porque não posso fazer mais barulho.
Coloquei os moveis de volta no lugar, e não ficou tão ruim. Talvez tenha ficado um pouco poluído? Talvez, mas tá legal. Olho pro espelho, e não consigo deixar de rir. Tinha tinta até no meu rosto, e eu queria saber como que eu fiz isso. Faço um coque no cabelo e vou ao banheiro lavar o rosto.
A água estava bem gelada, o que me acordou mais ainda. Voltei ao meu quarto. E peguei um livro na minha estante.
Vamos ler então...
"Alguma pequena parte de mim sussurrou que eu podia sobreviver a Amarantha; podia sobreviver a deixar tamalin; podia sobreviver à transição para aquele novo e estranho corpo... mas aquele buraco vazio e frio em meu peito... não tinha certeza se podia sobreviver a ele."
