ເ 🪐 𝗢𝗡𝗗𝗘 Any queria que o ano passasse da forma mais rápida possível.
Para ela, um intercâmbio não era só uma forma de esvaziar e amenizar a dor da perda da irmã dela, era também um pesadelo, um castigo.
E para a sorte de Gabrielly, sua mãe...
Anteriormente: - Então quer dizer que não vai sair do quarto? - ele diz simples e gélido.
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Parece que meu plano não funcionou. Ignoro ele e volto a procurar o álcool.
- Vai me ignorar, então? Ok. - então finalmente silêncio. Mas um silêncio perturbador.
Olho na estante não tinha nada. Nem na caixinha. Então, decido ir embora e perguntar a Joalin onde está especificamente. Foi então quando eu levantei que avistei o álcool.
Não, não, não.
O álcool estava do lado de Josh.
Droga.
Me aproximei e peguei sem olhar, tentando ignorar sua presença.
- O que você tem contra mim? - sem perceber, sem eu querer. Minha boca simplesmente jogou essas palavras pra fora.
- O que eu tenho contra você? - abaixei meu rosto pensando o que eu fiz? - Bom, talvez o fato de você ser uma estranha convivendo com minha família. - fez questão de deixar claro o "minha". - Talvez o fato de você estar com o meu quarto. Entre outras coisas. Isso serve?
- Bom, sobre o quarto... eu não sabia que era seu, eu ia numa boa sair dele e ir para o outro. Mas você foi um completo grosso. Então mudei de ideia. Sobre eu ser estranha, é porque não conversa comigo. E sobre sua família, acho que elas te acham mais estranho do que eu. Afinal, não fui eu quem abandonou as duas. - dito isso sai correndo, pra que não sobrasse pra mim.
Chego no quarto e Joalin já havia terminado de pegar os cacos.
- O senhorita, por que pegou os cacos? Não ia te ajudar?
- Ah, foi só um corte então enquanto você demorava pra voltar, terminei de fazer.
- Não vou brigar, porque você me ajudou, mas vem, vamos cuidar disso.
Passei álcool na mão e Joalin, e por fim coloquei um curativo simples.
- Obrigada, Any.
- Voltei, meninas. Os portas retratos estavam bem escondidos. Mas está aqui, Any. - Úrusla disse, entregando uns sete portas retratos. - Como eu não sabia qual iria querer trouxe sete. Pode ficar com todos, colocar alguma outra foto que queira.
Agradeci Úrsula antes dela sair do quarto. E joalin me ajudou a emoldurar meus quadros. Como eram três, sobrou quatro portas retratos pra eu colocar alguma foto. Então guardei eles em meu armário, quando achasse alguma foto digna de eu fazer isso. Eu os pego de volta.
- Joalin, e o Bailey?
- Ah, então. Eu fiquei meio emotiva por conta do Josh e achei melhor ele não vir hoje. Afinal eu to puro estresse. - não disse mais nada, e eu fiz o mesmo.
Depois que tiramos os restos de tinta e ajeitamos o quarto, Joalin voltou ao seu quarto, me deixando sozinha.
Pego a caixa e a carta. Queria ver tudo melhor.
Saber que foi minha irmã que fez tudo aquilo, me faz querer nunca deixar de ter aquilo.
A caixinha era um azul escuro, tinha um adesivo de tvd, por conta que era a nossa série preferida e tinha escrito nina, na tampa da caixa.
Abri ela com todo o cuidado do mundo. Parecendo que ia quebrar a qualquer momento. Havia várias cartas dentro. Uma caixinha menor escrito "forever". Queria conseguir abri-la. Mas não podia fazer isso. Eu iria cumprir todos os desafios. Então tinha que esperar.
Peguei e lista pra analisar melhor. Qual desafio eu já poderia cumprir.
Pular de paraquedas, não.
Dormir na praia, não
Andar a cavalo sem cela, definitivamente não.
Fazer um boneco de neve... olhei para a janela não estava nevando.
Comer algo que não comeria de jeito nenhum? Ok vai ser esse.
Guardo as coisas de volta no armário, e desço as escadas. Eram duas da manhã e eu indo comer algo que provavelmente passaria mal. Que ideia de jirico.
Chego na cozinha, e procuro algo que eu não comeria. Talvez seja um coisa difícil, porque sou muito aberta a isso. Procuro na geladeira, nas gavetas. Até que acho uma berinjela, ah não. Berinjela não.
Eu odeio berinjela com todas as letras em negrito. Só de sentir o cheiro passo mal. Mas é por um bem maior, Any.
Pego uma do saquinho, e ponho em cima da pia. Coto uma rodela. Já sentindo meu estomago embrulhar, ai Jesus. Seja o que Deus quiser. Coloquei a rodela na boca. E em questão de segundos já saia a procura de um banheiro. Não iria conseguir engolir.
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