ເ 🪐 𝗢𝗡𝗗𝗘 Any queria que o ano passasse da forma mais rápida possível.
Para ela, um intercâmbio não era só uma forma de esvaziar e amenizar a dor da perda da irmã dela, era também um pesadelo, um castigo.
E para a sorte de Gabrielly, sua mãe...
Anteriormente: -- Livros que eu já li... A seleção, a culpa é das estrelas e... O pequeno príncipe. Mas eu tenho um que eu tenho certeza que vai entrar pra lista. Em algum lugar nas estrelas.
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Any subiu as escadas correndo deixando sua frase no ar. O que ela quis dizer com isso?
Continuo a mexer no meu celular, conversando com Noah. Queria marcar pra gente se encontrar, fazia um ano e cinco meses que não nos vimos.
Um som começa a soar no ar. Vinha da bolsa de Any, provavelmente era seu celular. Ignorei até o barulho acabar. Mas logo começou novamente. E se repetiu por mais duas vezes.
- Que droga, por que não pode levar nem a bolsa pro quarto?
Me levanto e vou até a bolsa a abrindo pra conseguir pegar o celular. A primeira coisa que vejo é uma carta. A pego na mão tentando ler. Mas estava em outra língua. Rapidamente pego meu celular e tiro uma foto do que estava escrito. Sou tirado dos meus devaneios com o toque do celular de Any. Tanto a garota tanto o toque é irritante. Pego o celular dela e vejo o nome da minha irmã.
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Pov Any
Respiro fundo dando risada dos meus pensamentos. Minha mente vai a minha mãe e eu lembro que não falei com ela essa semana Procuro meu celular e não o encontro. Ah, deixei ele na bolsa lá embaixo.
Desço até a metade da escada e pego Josh em frente a minha bolsa com um papel na mão e o meu celular.
- O que pensa que você está fazendo? – pergunto acelerando meus passos nas escadas.
Ele rapidamente devia o seu olhar para mim e por reflexo, ele esconde o papel atrás de si.
- Seu celular estava tocando...
- Ótimo, meu celular, deixasse a chamada cair na caixa postal! Você não tinha direito algum de mexer nas minha coisas. Além disso, pensa que eu não o vi com o papel? – Ele mudou de expressão.
- Olhe, da próxima vez, coloque um toque de telefone mais suportável. Sinceramente Gabrielly, de santa só a cara né, 34+35 da Ariana Grande não é seu estilo. – Ele tenta desviar o assunto me deixando com mais raiva ainda.
- Você ao menos me conhece para saber qual meu estilo de musical, anjinho. Ariana grande é um ícone da musica. – Lembro-me do papel que ele ainda escondia, e meus batimentos se aceleram ao criar uma pequena teoria de que aquele papel seria justamente o que minha irmã me deu – Ande, devolva! – Estico minha mão dando dois passos a frente, o esperando estregar o objeto.
- Não vou lhe devolver até você contar o que cada linha desse troço significa. – Ele se aproxima me provocando. – Qual é, sei que está em português. É sua língua nativa, não?
- Me devolva! – Tento controlar a raiva em minha voz.
- É algo tão importante assim para não me contar? Poxa Gabrielly, sou seu irmão! – Ele termina a frase com um sorrisinho insuportável no canto da boca.
Por Zayn! O que eu fiz para merecer isso?
Desisto da hipótese de ele me entregar. É ai então, que eu tento me aproximar para pegar eu mesma e esconder a folha no tártaro no meu quarto. Mas meu “plano” falha quando ele percebe minhas ações e estica a mão para cima, deixando o papel lá em cima. E adivinha? O desgraçado era mais alto. Suspiro impaciente.
- É uma lista! Satisfeito?
Ele se surpreende arregalando levemente seus olhos.
- Agora que eu obviamente não te entregarei isso! É sobre o que?
- Porra, minha irmã me deu essa merda, ok? – A raiva em minha voz era nítida, mas eu já não me importava com isso mais. – Antes dela morrer, ela escreveu 20 desafios, desafios nos quais não pôde fazer, então ela me deu. Queria que eu vivesse uma vida na qual eu me lembraria, uma vida na qual eu não... Uma vida na qual eu... – Palavras se perderam em minha mente e lágrimas estavam quase caindo em meu rosto.
- Você não...?
- Na qual eu não desistiria, não desistiria como ela desistiu da sua... – Meu olhar estava perdido apenas de lembrar o ocorrido a uns meses atrás.
- Eu... Ahm... Me desculpa, eu não sabia...
- Óbvio que não sabia. – O encarei. – Você nunca se importou em saber, nunca pensa antes de falar, é imprudente! Um idiota que não sabe aonde se mete. Nem se importou em me conhecer e já foi me taxando de um monte de baboseiras!
- Não fale assim de mim, você também não sabe o que eu...
- Você o que? Que saiu de casa abandonando sua família? Que nem ao menos manteve contato? Elas nem sabiam mais se você estava vivo, Joshua! – Ele não respondeu – E mesmo depois de tudo isso, você tem sorte... Tem sorte de pelo menos, ter uma irmã. – Meu olhar se perde novamente, sabia que ele estava me encarando, mas não tinha a coragem e nem disposição para o olhar de volta. – Quer saber? Pode ficar com a lista, talvez eu não merecesse a vida perfeita que minha irmã imaginou para mim. – Dito isso, pego a bolsa na mesa junto com o celular e subo novamente as escadas.
O deixando sozinho lá embaixo. Sozinho com mais 20 desafios. Quando me tranquei no quarto, eu cheguei a conclusão que não queria mais descer, nem sair daqui de dentro. Pois talvez fosse mais fácil do que ter que encarar os 21 problemas que larguei lá fora.
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O que acharam desse capítulo?
Estão preparados?
Novamente feito com ajuda da minha cachacinha jjustAhuman
