CAPÍTULO 16

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Victoria avaliou a pequena cabana com os olhos e gostou do que viu. Era um espaço bem mobiliado, ainda que pequeno. Havia uma sala, uma cozinha, um banheiro e um quarto. Tudo limpo e organizando. As paredes tinham um tom claro e as cortinas eram brancas. Ela gostou.
"O que acha?" Flame perguntou. Seu rosto mostrava ansiedade. "Se precisar de alguma coisa, podemos pedir por telefone. Eu não sei cozinhar, faço minhas refeições no restaurante, então não tem muita coisa na geladeira."
Ela achou fofo a preocupação dele sobre ela gostar de uma cabana que nem era dele. E seria apenas pelo final de semana.
"Como está se sentindo?" Ela ainda estava preocupada com o estado de saúde dele. Ninguém soube explicar porque ele tinha desmaiado. Claro que não devia ter sido por causa da mordida de Brave. A doutora loira deixou isso bem claro. Como Flame estava se sentindo bem e os resultados da coleta de sangue ficariam prontos no dia seguinte, ela liberou Flame, com a recomendação de não fazer nada muito exaustivo. Victoria tinha ficado vermelha nessa hora, mas a médica, provando que já morava a muito tempo com os Novas Espécies, disse que eles poderiam transar, desde que Flame a procurasse se sentisse algum desconforto.
Flame apenas acenou com a cabeça.
Ela estava se sentindo eufórica e ao mesmo tempo, receosa. Ela estava ali por estar correndo risco de vida. Mas todos, incluindo Flame, pareciam pensar que ela tinha vindo passar um tempo com ele. Ela ficaria na cabana com ele, pois queria cuidar dele, e aproveitar para se conhecerem melhor. Mas estavam namorando? Ou não importava quem se prontificasse a ficar na cabana com ele? Victoria decidiu que depois da festa de Silent, eles iriam conversar e colocar tudo em pratos limpos.
"Um dólar por seus pensamentos." Ele disse no ouvido dela a abraçando por trás. Cheirou seus cabelos e roçou o pau duro na bunda dela. Victoria tremeu de excitação e fechou os olhos.
"Eu..." O que ele tinha perguntado mesmo? Victoria foi assaltada por toda a saudade que sentiu dele, nesses poucos dias que ficaram separados.
Mas ele a largou, ficou a sua frente e encostou a testa na dela.
"Eu estou com muita saudade. Tanta, que não seria justo com você, pois assim que te montasse, eu gozaria. Vamos nos arrumar para a festa de Silent. Quando voltarmos, vou tentar me saciar de você." Ele sorriu e se virou.
"É melhor eu tomar banho primeiro, assim você pode levar o tempo que quiser, está bem?" Ele perguntou. Victoria concordou e ligou a tv para esperar.
Victoria não tinha levado nada muito elaborado para vestir, até por que parecia ser uma festa infantil, tinha colocado  um vestido preto básico e sandálias de salto baixo. Teria de servir.
Não demorou muito e Flame surgiu de jeans preto e uma camisa azul que combinava com seus olhos límpidos. Os cabelos vermelhos estavam amarrados na nuca. Victoria sorriu o olhando dos sapatos reluzentes até a barba recém aparada. Ele estava de cair o queixo!
Ela não demorou muito. Tomou banho, lavou e secou os cabelos, passou base e batom, vestiu o vestido e calçou as sandálias.
Estava para passar um pouco de perfume atrás das orelhas, quando pensou em perguntar a Flame se o cheiro do perfume poderia incomodar seu sentido de olfato.
Ela entrou na sala e ele se levantou do sofá onde estava sentado.
"Flame, acha que eu devo passar perfume? Ou vai incomodar o nariz de vocês?" Ele veio até ela andando devagar e quando estava bem perto disse em seu ouvido:
"O melhor perfume não se compara ao seu cheiro. Por favor, não o mascare."
Ela sorriu.
"Vamos, então?"
E eles saíram. A festa seria no refeitório e chegando lá, Victoria constatou que tinha se enganado. Não havia nada remotamente infantil na festa. A decoração era simples, mas bem bonita, num tema rústico com vasos de flores secas e grandes velas. Os balões tinham cores claras e metálicas.
"O que achou? Sophia, Elisabeth e Tammy ficaram responsáveis pela decoração." Flame estava falando quando eles chegaram e se deparam com Hunter, Silent e o famoso Vengeance, pai dos dois. Eles estavam vestidos no mesmo estilo de Flame, com calça e camisa. Silent estava de arrasar, tinha até colocado gravata.
"Victoria!" Silent veio e lhe deu um forte abraço, tirando os pés dela do chão.
"Eu estou muito feliz com você aqui! Tem música, balões, muita comida e todos os nossos amigos!" O sorriso enorme dele a contagiou e ela se pegou sorrindo de orelha a orelha.
Ela estendeu o pacote que estava segurando e ele pegou e rasgou o embrulho com voracidade. Era um livro. Victoria comprou as pressas, esperava que ele gostasse. Silent olhou bem o livro, virou-o e até cheirou. Victoria olhou para o chão.
"Calma, meu filho, você pode estragar o presente desse jeito." Vengeance disse e sorriu para Victoria. Ela esqueceu como respirar. Era como se estivesse frente a Hunter, só que mais velho, mais experiente, mais charmoso, mais...
"Eu estava no quarto de Flame, se lembra? Mas você estava tão preocupada que acabei não me apresentando. Sou Vengeance, pai de Hunter e Silent." Ele disse ainda sorrindo. Ele era muito bonito. Victoria respirou fundo.
"Feche a boca, Victoria! E só pra constar, se quiser tirar uma casquinha de uma versão mais nova, estou às ordens." Hunter quebrou o momento e ela sorriu sem graça.
"Acho que já tenho alguém para tirar uma casquinha hoje, Hunter." Ela disse tentando levar na brincadeira. Mas a expressão fechada de Flame, fez ela se calar.
Ele acenou para os três, entregou seu presente para Silent e a estava levando para uma mesa próxima, onde seus pais, que já haviam chegado, estavam, quando Silent disse:
"Eu adorei o livro, Victoria! Eu adorei os filmes, vi todos umas três vezes cada, muito obrigado!" Ele tinha um sorriso enorme no rosto. Victoria sentiu o coração aquecer. Silent fazia isso com ela.
"Espero que eu seja o alguém a quem você se referiu." Ele disse sério. Parecia chateado. Victoria entendia. Ela não gostaria se ele ficasse olhando de boca aberta para um mulher bonita.
"Sim, é claro."
E a tarde foi avançando entre conversas, risos e brincadeiras com o fato de Flame morar em Homeland. Ter desmaiado depois de uma mordida de bebê, piorou a zoação. Victoria ficou muito surpreendida ao descobrir que os gêmeos de Brass, que corriam para todos os lados ainda não tinham completado dois anos. Eles tinham tamanhos diferentes, o que se parecia com Brass parecia ter uns três anos.
Estava tudo muito divertido, seus pais faziam uma pergunta após outra, e Flame os respondia com toda a sua polidez. Ele era um gentleman. Mas todas as vezes que Victoria desviava seu olhar da mesa, seus olhos mergulhavam nos olhos azuis gelados de Vengeance. Era desconcertante. Ele parecia estar focado nela. E o pior é que Flame percebeu e não estava gostando nada.
"Victoria, posso falar com você, um instante?" Ele perguntou se levantando e já saindo a levando pelo braço.
A festa acontecia no grande restaurante da Reserva e eles se encaminharam para uma saída e daí continuaram andando até que estavam na estrada que conduzia a área familiar. Pelo menos era isso que ela achava, a iluminação era fraca, ela não sabia direito onde estavam indo. Logo nem na estrada estavam. Flame a surpreendeu a pressionando com seu corpo contra uma árvore com força.
"Flame..." Ela se acendeu como uma lâmpada ligada na tomada. Ele tomou a boca dela em um beijo fervente, chupando seus lábios e invadindo a boca dela com a língua. Victoria se entregou ao beijo e nem percebeu que ele tinha suspendido suas pernas e as enganchado em seus quadris. O choque do penis duro dele sob a calça com o meio das pernas dela, a fez entrar em combustão.
Ele não soltou a boca dela, mas de alguma forma, mesmo sem parar de se esfregar no centro de prazer dela, ele libertou o pau e no minuto seguinte estava dentro dela.
Victoria gemeu e as estocadas fortes começaram a levá-la para uma onda de prazer crescente. Ele estava forçando as costas dela contra a árvore, mas ela não podia se importar menos. Cada vez que entrava e saía ela se inundava nas sensações mais gloriosas que ela jamais sentiu. E daí ela se sentiu estremecer e o clímax veio esmagando-a. Ela sentiu-se desintegrar e explodir em pedacinhos minúsculos e se reagrupar de novo. Mas agora, ela não era a mesma. Haviam partes que não eram mais dela, pertenciam a ele. Seu coração inclusive não lhe pertencia mais. Flame tinha tomado-o para si. Victoria esperava que ele ainda não tivesse percebido isso.
"Agora, sim!" Ele disse com a voz rouca e inspirou profundamente, os olhos brilhando na escuridão." Você está inundada com o cheiro da minha semente, mostrando a todos que você é minha!"

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