CAPÍTULO 9

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Victoria estava tendo um sonho quente onde Flame fazia coisas incríveis com a língua entre as pernas dela. Era tão real! Ela podia sentir a textura áspera da língua dele se esfregando no clitóris dela. Delicia! Mas aí ele se afastou e ela abriu os olhos. E a visão dele, totalmente descabelado e sexy olhando do meio de suas pernas abertas a fez fechar os olhos e aproveitar.
"Continuo?" Ele não deixou por pouco. Ela abriu os olhos e respondeu:
"Sim, por favor!" Ela disse, mas ele continuou imóvel. Ela ergueu o dorso, e ele deu uma lambida bem em cima do clitóris já inchado pela estimulação dele. E mais uma lambida, e outra, e outra. O prazer estava se construindo e ela fechou os olhos. Ele parou. Ela resmungou:
"Por que parou?" Ele demorou um tempo para responder, ainda segurando as pernas dela, mantendo-as abertas.
"Não quero que feche os olhos. Se os fechar eu paro." O tom autoritário estava de volta a voz dele. Victoria se sentiu escorrer de tanta umidade no meio das pernas. Ele respirou tão fundo que levou a cabeça para trás.
"Isso! Libere seu cheiro pra mim." E deu outra lambida longa, tomando todo o líquido que ela liberou. E as lambidas continuaram e os olhos dela estavam presos aos dele. Ele lambeu, sugou e friccionou a língua nela até que ela gozou. Tudo sem tirar os olhos dos dele.
E ainda com os olhos nos dela, ele subiu o corpo e a penetrou. E lentamente saiu e voltou. Victoria tomou os lábios cheios dele num beijo cheio de volúpia e eles não pararam de se beijar e se mover até o clímax veio para os dois ao mesmo tempo.
Victoria o abraçou pelo pescoço enchendo suas mãos com o cabelo sedoso e vibrante dele. Era uma sensação totalmente Nova para ela, essa entrega, essa intensidade. E infelizmente ele saiu de cima dela, depois de alguns minutos. Ela sentiu um vazio e até um pouco de frio, pois ele se levantou.
Ele vai embora, Victoria! Hoje! Uma vozinha irritante falou na mente dela. E já passou da hora de ir na delegacia. A vozinha completou.
Ele vestiu a cueca, a calça e embolou o cabelo fazendo um coque e Victoria pensou que nunca imaginou que um dia pudesse passar uma noite com um cara tão sexy como ele. E ela passou, mas queria mais de uma, queria todas as noites da vida dela. Mas nem sempre querer é poder.
"Você quer tomar banho primeiro? Silent já saiu do banheiro." Ele disse.
Silent? Quem era... Victoria arregalou os olhos! Silent e Hunter já deviam estar no apartamento minúsculo dela, ouvindo os barulhos que eles fizeram. Meu Deus! Seria bem embaraçoso.
"Nós podemos enconomizar água, se tomarmos um banho juntos, o que acha?" Ele disse com um sorriso travesso.
"Nada disso, meus ouvidos não aguentam mais seus rugidos, Flame, sem falar nesses corações desabalados. E já deveríamos ter resolvido tudo na polícia e estar de volta para a estrada. Eu tenho uma noite da fogueira para organizar!"
"Nada como começar o dia enfrentando um filhote rabugento. Obrigado, por acabar com o clima, Hunter" Ele disse saindo do quarto. Victoria ainda ouviu Hunter dizer um "disponha", antes de entrar no banheiro.
Debaixo do chuveiro, Victoria refletiu sobre as palavras de Hunter: resolver tudo na polícia e voltar para a estrada. E deixá-la. Ele não disse, mas estava implícito. E Flame não o corrigiu, pelo contrário concordou com ele. Foi uma transa de uma noite e só. Mas não tinha sido para ela. Tinha sido... A avalanche de emoções que a tomou ao pensar na noite que eles passaram, no sexo escaldante, fez ela não querer pensar mais. Ela diria adeus a ele dali a algumas horas!
Saiu do banheiro e no quarto, vestiu uma calça jeans e uma blusa. Penteou os cabelos e calçou sapatilhas.
Na sala os Novas Espécies enormes pareciam fora de lugar naquele cômodo pequeno. Hunter estava sentado no balcão da cozinha comendo uma montanha de ovos fritos e bacon. Flame e Silent, que parecia ser ainda maior acordado, equilibravam seus pratos no colo, sentados no sofá.
"Não se preocupe, eu comprei toda essa comida, seria muita falta de consideração acabar com os alimentos da sua despensa." Hunter disse. Victoria não cozinhava muito, ela sempre pedia comida ou comia na casa dos pais.
"Eu fiquei foi admirada com a quantidade de comida que vocês comem, só isso. E eu não compro muita comida, quase nunca cozinho." Flame comia em silêncio. Ela não queria estar conversando coisas triviais com Hunter, ela queria falar era com ele.
"Silent, você já tomou um litro de leite, já chega." Victoria ouviu Hunter dizer.
"Mas eu nunca tomei um leite tão gostoso assim! Só mais um pouquinho, Hunter!" Victoria ficou curiosa com a fala do gigante. Era uma voz de adulto, grave, bem grave, mas com tom de criança. Será que ele tinha algum retardo?
"O que o meu pai disse quando saímos?" O gigante se levantou em toda a sua altura e colocou o copo cheio de leite com achocolatado na pia.
"Obedeça o Hunter." Ele disse bem sério. Victoria sorriu. Hunter lidava bem com ele, como um irmão cuidadoso.
Hunter começou a lavar os pratos e copos.
"Tem café, pão e bolo de laranja, Victoria. Eu comprei na padaria mais próxima, espero que você goste de alguma coisa." Hunter estava sendo gentil. E Flame curiosamente silencioso. Ela se sentou na banqueta e pegou uma xícara e encheu de café.
"Só café, Hunter. E muito obrigada por comprar comida e lavar as louças." Disse tomando um gole do café. Estava delicioso, forte, mas não amargo e doce sem estar melado.
"É contra as regras comer e não limpar a sujeira." Silent disse.
Ela olhou para ele, e sua beleza a atingiu como um soco. Ele era muito bonito com os cabelos loiros ondulados e compridos emoldurando um rosto perfeito, com nariz aquilino, diferente dos  outros que tinham o nariz um pouco achatado. Os olhos eram de cores diferentes, um azul e um castanho. E isso conferia ainda mais beleza.
"Você vai ir conosco para a Reserva?" Ele perguntou.
"Não. Eu moro aqui. Minha família e trabalho estão aqui. Eu até gostaria de conhecer a tão famosa Reserva Nova Espécie, mas tenho que trabalhar. Talvez..." Victoria percebeu que estava falando demais e se calou. Flame não perguntou se ela gostaria de ir com eles. Talvez ele já estivesse doido para ir embora.
"Meu aniversário é no Sábado. Vai ter bolo e presentes. Papai disse que posso convidar quem eu quiser. Posso te convidar?" Ele a olhava com expectativa, como se realmente a quisesse na festa, mesmo sem conhecê-la.
"É muito longe, Silent. Victoria tem trabalho, talvez um outro dia, está muito em cima da hora." Cada palavra de Flame, furava um buraco no coração dela.
"Mas o tio Slade me deve. Se quiser ir, Victoria, ele manda o helicóptero." Silent olhava de Victoria para Flame. Ele parecia saber que o problema era Flame não a ter encorajado a ir.
"Diga que vai, Victoria, ou ele aparecerá aqui no sábado em um helicóptero cheio de filhotes intrometidos e você vai acabar indo de qualquer jeito." Hunter disse revirando os olhos.
Silent sorriu para ela, mostrando seus dentes brancos e perfeitos. Ele tinha presas enormes, mas em nada diminuía o efeito do seu sorriso.
"Flame..." Como dizer que estava tudo bem, que a noite de sexo incrível foi apenas isso: uma noite de sexo incrível? Que ia aceitar, mas que não estaria indo apenas para vê-lo?
"Aceite, Victoria. Eu vou gostar de te mostrar os lugares bonitos que existem lá." Não foi um "vá, por favor, eu imploro" mas foi alguma coisa. Victoria sabia que acabaria indo, o convite disparou o coração dela. Afinal era mais uma oportunidade de ficar com ele. Isso se ele estivesse falando a verdade sobre mostrar o lugar a ela.
"Eu nunca estive num helicóptero. Acho que só por isso, já valerá a pena." Ela disse sorrindo, tentando disfarçar o fato de que Flame apenas balançou a cabeça.
"Mas você tem que levar um presente! Eu gosto de DVDs, CDs, sapatos, roupas, armas de água, jogos, quebra-cabeças... Pode me dar qualquer um desses!" Os olhos diferentes dele brilhavam, e Victoria sorriu. Pelo menos alguém estava feliz com a visita dela a Reserva.

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