CAPÍTULO 22

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Flame acordou cedo disposto, otimista e ansioso. Passou no restaurante e pediu um café completo, com um bife enorme para ele, café, torradas, ovos e bacon para Victoria. Bateu na porta e como estava aberta, entrou e se deparou com a imagem de Victoria esparramada na cama. Ela dormia a sono solto, e Flame ficou observando o subir e descer do peito dela com a respiração.
Como podia já estar tão apaixonado por ela? A conhecia a pouco mais de duas semanas e já estava decidido a ir morar no meio dos humanos, longe de seus amigos, para ficar ao lado dela.
Ela se virou e ficou de bruços, e Flame começou a sentir o pau  endurecer. Todavia, não era hora de compartilhar sexo. Ela tinha de tomar café.
"Victoria, acorde." Ele disse baixinho. Ela tremeu os olhos e depois de um momento, abriu seus lindos olhos azuis, ainda enevoados de sono.
"Flame? Ainda está cedo, deite-se aqui comigo." Ela convidou.
"Não, querida, eu trouxe nosso café, venha comer enquanto ainda está quente."
Ela suspirou, sorriu e se levantou. Ainda vestia só a blusa do pijama e calcinha. Flame estava se sentindo tentado, mas ficou firme.
Havia uma mesinha no quarto e as bandejas tampadas estavam lá. Ele as destampou, e o quarto se encheu do cheiro da comida. O estômago dele roncou. Victoria saiu do banheiro com o cabelo penteado e se sentou na cadeira ao lado da mesa. Flame se sentou na cama.
Ela começou a comer os ovos e o bacon, alternando as colheradas de comida com goles do café.
"Está muito bom, obrigada! Eu gostei muito da comida daqui. E o cardápio é bem variado. Eu nunca imaginaria que Novas Espécies comessem comida normal."
"Pensou que só coméssemos carne?" Ele disse achando engraçado o pensamento dela.
"Sim. E em minha defesa, eu notei que você, por exemplo, come muita carne. Esse seu bife me alimentaria por uma semana no mínimo."
Flame sorriu. Ele adorava a boa disposição dela de manhã, seja para comer ou para compartilhar sexo. Ela era perfeita para ele.
Victoria largou o prato de ovos e pegou uma torrada.
"Você comeu pouco hoje." O prato ainda tinha metade da porção que fizeram no restaurante.
"Estou satisfeita, eu acho que engordei com a comida daqui. Você não ia gostar de mim gorda, iria?"
Mulheres humanas e sua mania de magreza. Flame se lembrou do tempo que levou para Amanda acreditar que ele a achava bonita, mesmo estando acima do peso. Engraçado como agora Amanda era só uma lembrança.
"Eu adoraria você de qualquer jeito. E estou falando sério, Victoria." Ele não queria passar por isso de novo. Uma das coisas que o atraíam em Victoria foi o fato de que ela parecia ter uma ótima autoestima.
Ela sorriu travessa.
" Tudo bem, vou te lembrar dessas suas palavras quando tiver que me carregar para a cama, do mesmo jeito que fez ontem."
Lembrar da noite de ontem quando a possuiu contra a porta não ajudou a esfriar o desejo dele.
"Se você já comeu, vista-se! Vamos passear hoje e conversar. Temos que resolver nossa situação hoje, se sua data de partida continua sendo domingo."
Ela ergueu as sombrancelhas, mas não disse nada. Se levantou, vestiu uma calça Jeans e camiseta, fez um rabo de cavalo no cabelo e disse:
" Prontinho!" Deu uma volta sobre si mesma. Flame se aproximou e disse no ouvido dela:
"Você gosta dessa roupa?" Ela riu se afastando.
"Sim, eu gosto muito e agora estou curiosa, vamos!"
Eles saíram sob o sol quente da manhã e pegaram um jipe. Estava um dia muito bonito, ótimo para ir até a cascata que havia na zona selvagem. Silent e Leo tinham confirmado que eles poderiam ir sem que fossem incomodados por nenhum dos outros residentes.
Enquanto dirigia, Flame repassava em sua mente o que iria dizer. Ele estava ansioso para soltar logo tudo e ver o que acontecia.
O local era muito bonito, Flame nunca havia estado ali. Era a nascente de um córrego que passava pela parte leste da Reserva. Silent disse que arrumaria as coisas, e ao lado da cascata, Flame viu uma cama de peles e cobertores com almofadas ajeitadas. Havia até uma cesta. Isso com certeza era coisa de Silent e os filhotes pequenos. Ele manobrou o jipe e parou próximo a cama improvisada.
A vegetação em volta era abundante,com vários tipos de flores de cores diferentes. Victoria saiu do jipe assim que pararam e foi tocar e cheirar algumas delas.
"Aqui é muito bonito, Flame! Olha! Que flor é essa?" Ela indicou uma flor roxa.
"Não faço a mínima ideia." Eles riram. Flame a abraçou por trás e beijou o topo da cabeça dela.
"Tive que me esforçar para encontrar um lugar que você ainda não tivesse ido. Você percorreu toda a Reserva sem mim. Se não fosse por Silent, nós iríamos passar o dia na cabana."
Ela sorriu seu sorriso travesso, aquele que Flame adorava.
"Lá tem uma cama, nós não passamos muito tempo conversando, Flame. Eu não me importaria, mas estou impressionada com esse lugar."
Taí uma verdade. Eles não conversavam muito. E a culpa era dele. Flame sempre foi considerado um macho simpático e inteligente, mas depois que conheceu Victoria, tinha se transformando em possessivo e insaciável. Não conseguia ficar com as mãos longe do corpo dela.
" Hoje viemos aqui para sentir o calor do sol, aproveitar a vista e conversar." Enquanto Flame falava, ela tirou a blusa ainda sorrindo, e depois o sutiã. Enquanto tirava a calça, disse:
" Tudo bem. Posso ficar mais a vontade enquanto conversamos?" Ele queria provocá-lo, mas dois também poderiam jogar o jogo, pensou Flame.
"Claro, querida. Eu até vou seguir sua sugestão." Disse e tirou a camisa, a calça, as meias e os sapatos, ficando apenas de cueca. Foi até as mantas e se sentou  com as pernas esticadas sobre uma almofada." Venha aqui."
Victoria ficou séria. Os olhos queimavam passeando por todo o corpo dele. A conversa iria esperar.
Ela veio e se sentou sobre as pernas dele, deixando seu centro a centímetros da ereção presa na cueca, e atacou os lábios dele. Não havia outra palavra, Victoria o atacou. Tomou sua boca com força, enfiando os dedos nos seus cabelos e puxando levemente. Flame nunca imaginou que seu couro cabeludo pudesse ser uma área erógena, mas a cada puxada ele sentia seu pau ficar mais duro.
"Suba!" Ele disse, tirando o pau de dentro da cueca, era difícil conter seu lado autoritário. Victoria se sentou sobre ele e a sensação de estar penetrando-a o fez rosnar. Ele apertou as nádegas dela e já ia comandando o ritmo, quando ela tirou as mãos dele e as colocou sobre os seios dela.
Ela continuou se movendo devagar e Flame deixou escapar um rugido com a tortura que ela estava lhe impondo. Mas a veia autoritária estava lá, então ele a colocou de costas e veio por cima, aumentando o ritmo e a força das investidas.
Ela estava descontrolada gemendo alto, movendo-se furiosamente contra a pélvis dele, mordendo o encontro do ombro com o pescoço de Flame.
Ele, por outro lado abocanhou um seio e sugou com força, até que ela gozou gritando, sua vagina ordenhando o pau dele e sua liberação veio. Flame se sentiu completo e saciado.
Ficaram deitados por muito tempo se tocando levemente.
"Agora vamos conversar?" Victoria perguntou.
"Não há o que conversar, Victoria, eu vou morar com você no seu apartamento. Vou tentar viver longe de Homeland, procurar alguma coisa para fazer, talvez como um segurança da oficina, o que acha? Não posso prometer que será para sempre, mas vou tentar com todas as minhas forças. Você é muito importante para mim, Victoria."
Ela o olhou fixamente.
"Eu estava pronta para viver aqui, talvez pudesse montar uma oficina numa cidade próxima." Flame ficou feliz por ela ter pensado em mudar seus planos de carreira por ele.
"Não. Daria muito trabalho pra chegar onde você já chegou com a possibilidade de um emprego melhor, ou talvez eu pudesse fazer um investimento e você montasse sua oficina na capital. Tenho algum dinheiro guardado."
Ela o beijou.
" Não. Eu quero fazer meu nome como mecânica de carros de luxo. Para isso, preciso ser conhecida nesse meio. Só poderei fazer isso trabalhando numa oficina especializada."
" Uma mulher com um plano. Isso é sexy, sabia?" Ele disse estendendo seu corpo sobre o dela.
"Você vai comigo no domingo então?" Ele a beijou longamente, saboreando os lábios dela bem devagar.
"Flame!" Ela disse.
"Sim, eu vou. Agora fique de quatro pra mim. Agora!"

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