III

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André

O meu apartamento estava silencioso aquelas horas da madrugada e agradecia por isso, não que a minha família me fosse chatear por ter chegado tão tarde eles sabiam como era sempre que os jogos me corriam mal. Filipe era o único que estava acordado e olhou-me confuso como se me perguntasse onde tinha estado.

- Estás bem? – Perguntou-me o mesmo ao qual assenti.

- Vou dormir! – Informei-o ao caminhar para o meu quarto.

- A Maria mandou-me mensagem disse-me que te tinha ligado, mas que desligaste o telemóvel! – Contou-me o mesmo a seguir-me para o quarto. – Ela ficou preocupada.

- Perdi o jogo Filipe estava sem cabeça para a ouvir falar sobre a sessão fotográfica. – Resmunguei ao colocar o saco de desporto no chão. – Precisava de espairecer.

- Não sabia que espairecer tinha Mel no meio da palavra! – Exclamou o meu primo fazendo-me olhá-lo. – A Matilde disse que ela tinha ido jantar contigo.

- Tu e a Matilde? – Perguntei divertido para o mesmo que me revirou os olhos.

- Ambos sabemos que não vai dar em nada, não sou de relações a distância e ela também só se quer divertir. – Contou rápido dando de ombros.

- Não te envolvas demais nisso então! – Aconselhei o mesmo depois de voltar da casa de banho.

- Digo-te o mesmo da Melany!

- Somos só amigos. – Relembrei-o. – Durante a noite toda não me lembrei uma única vez do jogo.

- A Mel é incrível, mas não é para ser magoada André e amb...

- Tenho namorada! – Relembrei-o interrompendo a sua insinuação. – Não vai acontecer nada entre mim e ela, pelo menos não mais que uma amizade saudável.

Filipe suspirou como se não acreditasse nas minha palavras a verdade é que nem eu mesmo acreditava, nunca iria trair a Maria mas o meu interesse por Melany era mais do que uma mera amizade eu queria-a e porra o meu desejo por ela era gigante mas controlável afinal eu tinha namorada e bem ela afastava qualquer tipo de investida minha.

🐚🐚🐚

- André, estava a pensar ir almoçar fora hoje! – Contou a minha mãe com um sorriso no rosto.

- Depois podíamos ir dar uma volta ao jardim. – Continuou o meu Pai. – Como estas de folga hoje, assim refrescávamos as ideias.

Filipe olhou-me como se tivesse uma ideia de onde podíamos ir almoçar naquele dia de sol raro naquele país.

- Podíamos ir ao Nostra! – Falei para todos com um pensamento apenas na minha cabeça.

Talvez ela lá esteja.

- O que é o Nostra? – Perguntou curiosa a minha mãe.

- Não sei se a Mel lá esta hoje André! – Provocou o meu primo.

- Quem é a Mel? – Questionou o meu pai confuso.

- Uma rapariga que encontramos nessa pastelaria Portuguesa e que passou a noite toda com o André ontem quando ele não respondia a ninguém! – Contou Filipe com um sorriso divertido no rosto.

- André Miguel, tu sabes muito bem o que acho disso! A Maria é uma mulher incrível e juro que se a magoas te puxo as orelhas! Ela não merece que a magoes! – Ralhou a minha mãe apelando para o meu senso.

- Eu e a Maria estamos a pensar oficializar as coisas, não vou por nada a frente da minha relação. A Mel é só uma conhecida, que por acaso é minha fã e do Frankfurt nada mais! – Contei-lhe a qual ela suspirou, mas não estava convencida. 

Coffee Shop || André SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora