XII

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Mel

Samuel aproveitou o meu momento de distracção para me mandar um murro na barriga, nós treinávamos a luta corpo a corpo a anos. O morro do mesmo deixou-me tonta e enjoada.

- Mel estás bem? – Questionou preocupado o policial. – Não te queria magoar!

- Estou bem. – Contei-lhe com um sorriso. – O que é que se passa Sam estas, aéreo hoje. Tem alguma coisa a haver com a Inês?

- A pergunta é quando é que não tem haver com a Inês! – Suspirou e sentou-se no banco da academia do seu apartamento. – Eu já tentei de tudo para a esquecer...

- Ela mexeu contigo logo no primeiro dia que lá apareceu Sam! – Resmunguei ao sentar-me ao seu lado. – Tu sempre que precisas de foder vais ter com ela mesmo que estejas cheio de mulheres a querem fazer isso contigo tu escolhe-la sempre.

- Eu não posso estar apaixonado pela minha colega de trabalho Mel. – Resmungou e levantou-se chateado do banco. – Isto não é como o Daniel ou o Ruben é diferente nós so...

- É diferente por que diz-me porque são policias? – Perguntei chateada. – O teu chefe casou com a comandante e qual é a parte que é diferente?

Ele ficou em silencio por algum tempo antes de me olhar.

- Ela só se quer divertir Mel! – Exclamou triste. – E enquanto isso acontecer eu não me importo.

- Nós estamos a falar da mesma Inês que mandou um homem para o hospital porque tentou algo com ela? – Perguntei-lhe e vi o mesmo revirar os olhos. – Ela gosta de ti e não estou a dizer isto porque ela veio falar comigo sobre sentimentos!

- Ela foi falar contigo sobre sentimentos? – Perguntou chocado.

- Isso agora não importa Sam o que importa é que estas a perder tempo aqui com merdas em vez de oficializares as merdas com ela! – Ralhei e levantei-me com uma toalha a volta do pescoço por conta do suor. – Vai atrás dela Sam ou ainda a vais perder.

- Eu vou, obrigada Winnie. – Agradeceu beijando a minha cabeça. – Sabes que não te vais escapar sobre o que é que se passa entre ti e o jogador.

- Talvez me arrependa no futuro do que se esta a passar! – Contei-lhe já perto do carro ao qual ele me olhou.

- Se ele tentar alguma coisa que não queiras ou te magoar passa mais que uma semana na prisão. – Ameaçou fazendo-me rir e entrou no carro.

Eu e André continuamos como estávamos, eu não sabia o que lhe devia de chamar era o terceiro dia que este ia estar comigo a noite e continuava sem saber se o que tínhamos era uma amizade colorida ou nem isso era.

Aquela noite ia ser diferente, André tinha-me perguntado se podia trazer o irmão e o primo mais novo já que Filipe devia de estar em casa de Matilde onde não saia de lá muitas vezes. A minha melhor amiga estava completamente apaixonada pelo primo do jogador e a forma que ele a olhava mostrava que este sentia a mesma coisa.

- Não vos fiz esperar muito tempo espero! – Brinquei com André e os outros dois.

Afonso olhou-me de cima abaixo e sorriu, não nego que fiquei desconfortável com o olhar que este me deu devido a pouca roupa que tinha no corpo ser unicamente um sutiã de desporto da adidas e uns calções pretos da mesma marca. André olhou o irmão e aproximou-se de mim pondo o seu braço a volta dos meus ombros como se me quisesse proteger do irmão.

- Chegamos mesmo agora! – Informou o jogador com um sorriso no rosto.

- Ainda bem que não vos fiz esperar! – Contei ao sorrir e entrar no prédio de luxo. – Tive uma conversa seria com o Samuel.

Coffee Shop || André SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora