XI

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André

Eu não podia pensar com o pau naquele momento, a minha vontade de a ter só tinha aumentado a níveis impensáveis desde que lhe tinha proposto aquilo daquela vez. Eu queria-a debaixo de mim a gemer como ela o fazia quando a tocava, como tinha feito a minutos atrás e porra só de a ter sentido molhada com um beijo estava a dar cabe da minha sanidade mental aos poucos.

Ela ia deixar-me louco um dia essa era a verdadeira palavra de tudo "Loucura" e talvez me tivesse concentrado mais se lhe tivesse dado um orgasmo depois da explicação e não antes.

- Estas a ouvir-me? – Perguntou-me chamando-me de volta a realidade.

- Hum, hum! – Menti e vi-a negar com a cabeça.

- Esta tudo bem? – Perguntou preocupada ao pousar a caneta preta que tinha pegado.

- Hum, hum. – Repeti e obtive uma chapada no braço que que fez rir.

- Estou a falar a sério André! – Resmungou chateada. – Sabes que podes falar se quiseres.

- Acho que temos de começar a fazer as coisas improprias depois da explicação e não antes! – Contei-lhe o que pensava e vi as suas bochechas ficarem vermelhas.

- Idiot! – Resmungou em alemão ao levantar-se da cadeira.

- E trata-me mal em outra língua. – Ri-me desta que me olhou assim que a puxei para que se sentasse no meu colo. – Acho que o idiota te dá orgasmos!

Mel resmungou alguma coisa em alemão que me fez rir mesmo que não percebesse o que dizia.

- Podemos voltar a parte onde aprendes a língua? – Pediu.

- Alemão é difícil! – Resmunguei.

- Assim como qualquer língua André! – Ralhou olhando-me intensamente nos olhos.

- Acho que vou desistir! – Informei ao olhar a frase que esta tinha escrito em uma folha numa letra perfeita.

A mulher tinha de ter algum defeito porque tudo o que fazia ficava perfeito, a sua letra redonda e pequena ao lado da minha gigante e mal feita era o contraste de ambos. Ela era boa com as palavras, com a escrita em si enquanto que eu era bom em desporto e nunca me interessei muito pela escola.

- Não vais! – Garantiu sorrindo.

- Vou! – Resmunguei de novo ao qual se riu.

- Se disseres a frase paramos por hoje! – Contou humedecendo os lábios, merda eu queria beijá-la.

O facto de acabarmos a explicação relembrou-me que teria de ir embora e isso era tudo o que menos queria.

- Podíamos ver um filme! – Propus a mesma que sorriu.

- Estou a pensar rever os Avengers. – Falou empolgada. – Estou indecisa sobre a minha crush no Bucky ou no Thor para não falar do capitão américa com aquele cu lindo!

- Mel eu não te vou dividir com super-heróis! – Exclamei serio.

As suas bochechas ficaram vermelhas e um sorriso perfeito apareceu no seu rosto.

- Tens de repetir a frase! – Relembrou ignorando o que tinha dito.

- Se tem mesmo de ser! – Resmunguei para esta que ficou com um sorriso vitorioso no rosto.

A frase era simples "Chamo-me André, sou português e amo futebol". Mel ajudava-me nas palavras que tinha dificuldade e sorriu quando falei a frase sem gaguejar.

- Eu sabia que eras capaz! – Exclamou orgulhosa.

- Sem ti não era capaz pequena! – Exclamei antes de a beijar.

Coffee Shop || André SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora