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A bebida que eu ingeri mais cedo começou a fazer efeito no meu corpo. Ou talvez eu esteja a confundindo com a sensação que
Victor causa em mim, mas não me esforço
para descobrir qual é das opções, já que as duas são boas.

Victor se aproxima tanto de mim que acho
que vai me beijar, e não me mexo, até
porque não seria possível neste caso, já
que estou presa entre ele e a parede.

Ele estica sua mão esquerda até a janela
enquanto segura seu cigarro com a outra.
Então ele apaga o cigarro e o joga pela
janela, soltando o resto de fumaça da sua
boca lentamente, como se não quisesse a deixar ir.
Ele não tira os olhos de mim nem por
um segundo, e sinto o fogo da minha
intimidade aumentar. Seus olhos cor de mel
penetram a minha alma e buscam pelos
meus pensamentos mais obscuros, mas
por enquanto não deixo que saiam.

Minha respiração aumenta cada vez mais, e o silêncio que tem entre a gente deixa tudo com mais tensão, e deliciosamente mais
excitante.

"Por que veio se não gosta de se
enturmar?" Pergunto tentando diminuir o fogo que cresce em mim.

"Nunca disse que não gostava de me
enturmar, só disse que sou pouco sociável."

"Por que está enganado Suellen?"
Pergunto novamente, como se estivesse o entrevistando.

Ele solta um sorriso acompanhado de uma covinha perfeitamente desenhada em seu rosto.

"Eu não estou a enganando Bárbara,"
ele diz limpando o resto das lágrimas que
estavam no meu rosto.
"Nós só estamos
trocando saliva," ele diz, e sinto uma
pontada de ciúme, mas finjo que aquilo
não me atinge.

Não sei porque ainda estou aqui. Estou
com o cara que minha amiga está se
olvendo no momento, e quase traindo
meu namorado. Minha nossa, Nobru. Quase tinha me esquecido dele. Eu começo a me mexer para descer novamente, mas meu
corpo não me obedece, então eu fico ali,
entre Victor e a parede, mas não reclamo.

"Porque estava chorando?" Ele pergunta
tirando alguns fios de cabelo do meu rosto.

"Não precisa fingir que se importa Victor, eu sei que não liga."

"Isso é verdade," ele diz soltando um curto suspiro e olhando diretamente para os
meus olhos.
"Só estava tentando falar
alguma coisa, por que sei o quão excitada
você fica quando nâo estamos falando
nada, quando tudo que existe é apenas eu e você, e mais nenhuma palavra."

E agora. Essa era a hora que deveria
xingá-lo, dizer que náão sinto nada daquilo,
e sair daqui o mais rápido que eu consigo,
mas ao invés disso, eu levanto meus pés
para chegar até a altura dele, para poder beija-lo.

Mas antes que minha boca encoste
na dele, eu sinto suas mãos que antes
estavam na parede chegar na minha
barriga, e em seguida na barra do meu
vestido. E eu deixo, eu deixo porque nunca
havia sentido isso antes, porque Nobru não consegue causar isso em mim nem que tentasse por um milhão de anos.

"Você sente aqui nāo é mesmo?"
Ele sobe meu vestido e coloca a mão na minha
intimidade, sobre a minha calcinha. Um arrepio percorre todo meu corpo
quando sinto suas mãos em mim.

Eu abro a boca, mas não emito nenhum som, minha
respiração acelerada já responde por mim.

Eu nem te conheço," digo tentando não me render à ele.

"Mas você gosta, não gosta Babi?"

"Você me insultou."

"E você queria mais, não queria?" Ele
brinca comigo como se eu fosse seu peão,
ele faz o que quiser comigo sabendo
apenas meu nome.
Meu nome é tudo que ele precisa.

"Você queria que eu te xingasse
sobre aquela cama năo queria Babi? Aqui, e agora."
Ele aponta para a cama com a
cabeça, e logo volta a olhar para mim, a
olhar nos meus olhos.

"Eu não gosto de você Victor," digo
decidida, mas meu corpo não concorda
comigo. Eu mordo meus lábios ao sentir
a pressão que ele faz sobre a minha
intimidade.

"E isso não é verdade, eu quero ir embora," minto.

"Então porque você está molhada?" Ele
sussurra no meu ouvido.

Droga. Como ele está fazendo isso comigo tão facilmente? Eu sei que é errado, sei que Nobru está a apenas alguns metros de mim, mas depois do que ele fez comigo quando
achava que ele me amava e respeitava, me faz querer montar em Victor agora mesmo.

E Eu então o beijo sem pensar duas vezes.
Meus braços passam ao redor de seus
ombros, e minhas mãos caminham pelo
seu cabelo escuro.

Victor retribui o beijo. Sua maneira de me beijar é impiedosa e feroz, e consigo ver por seus atos e olhares, que ele sente a mesma atração que sinto por ele, e tenho a impressão de que ele odeia isso.

Ele levanta as minhas pernas e me apoia
na parede. Eu tiro sua jaqueta de couro e a jogo no chão, então ele me leva para a cama e me joga nela, então posiciona em cima de mim.

"Seu idiota," xingo, mas ele ignora minhas
palavras, e continua beijando meu pescoço
eo resto do meu corpo.

Seu beijo tem gosto de menta, e seus
lábios são tão macios como uma nuvem.
Ele morde meus lábios como se estivesse os petiscando, e suas mãos não se contentam
apenas com o meu cabelo, ela caminha por
todo o meu corpo, visitando cada parte
como se fosse um turista.
Eu começo a tirar sua blusa e a jogo longe.

Estou tentando tirar seu cinto quando ouço alguém abrindo a porta com toda a força.

Nobru estava parado diante a porta tentando entender o que estava acontecendo ali, imóvel, sem piscar nem uma vez, assim como nós.

Nós nos levantamos instantaneamente.
Victor começa a vestir sua blusa
novamente, e eu ajeito meu cabelo e minha roupa, mas acho que isso não vai adiantar muita coisa agora.

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E então? O que acharam deste capítulo,
as coisas esquentaram bem não é
mesmo?

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