🦋045🦋

647 47 1
                                    

Bárbara

Eu não posso pensar em outra coisa que não seja o que
aconteceu ontem no vestuário. Me enlouquece não saber
o que ela viu ou ouviu, e eu me arrependo por nāo querer
parar quando Voltan estava praticamente nos vendo, mas
como poderia? Não queria sair dali, não quando era Victor
que estava me segurando com seus braços fortes contra a
parede.

Mas é isso que acontece quando você não liga ou se
preocupa com nada.
Agora o que eu tenho que fazer é
arcar com as consequências, e espero que não sejam
tantas quanto minha mente paranóica acha que são.

Quando chego na escola olho para todos os cantos para
ver se encontro algum tipo de olhar estranho vindo de
qualquer pessoa que seja, mas depois do rumor que estão espalhando que eu e Victor tivemos um caso no passado,
é dificil descobrir o motivo do olhar de cada um.

Pode ser qualquer coisa, e para não criar mais paranóias do que já
criei, decido olhar apenas para frente, ignorando o resto
das pessoas ou coisas que aparecerem na minha direção.

As aulas foram mais tranquilas do que eu esperava.
Não tinha ninguém fofocando ou me olhando do jeito errado,
o que é ótimo.
Mas mesmo assim não foi completamente
normal, a não ser que existam fofocas no que é considerado ser '"normal"', mas já estou acostumada com
isso, porque as pessoas fazem isso toda hora.

E além do
mais, eu também fofoco mais do que deveria, entāo não
posso colocar a corda ao redor do pescoço de ninguém.
Não vejo Victor em nenhuma parte da manhā, mas não
acho isso estranho, já estou acostumada em não vê-lo com
tanta frequência na escola.

Mas talvez eu tenha ficado um pouco desapontada por não vê-lo aqui hoje. Ele estava lá comigo, e caso ela tenha
reconhecido quem era, ele também iria se ferrar.
Não acredito que ele me deixou sozinha hoje, mesmo que nós
nunca conversamos na frente das outras pessoas, queria
que ele estivesse aqui.

Quando vou almoçar, o refeitório está mais cheio do que
O normal.
O barulho das pessoas comendo e conversando
é tão alto que eu provavelmente conseguiria os escutar do
outro lado do prédio.
Pego meu almoço e vou até mesa que sempre me sento.

Suellen e Carol já estão lá junto com algumas outras
meninas. Carol não se senta com a gente todos os dias,
mas sei que quando se junta a nós, tem coisas importantes
para nos contar, e estou com medo de já saber sobre o que
são essas notícias.

"Oi babs!" Carol me cumprimenta com animação.
"Se sente logo, temos muito o que conversar."

"Temos?"

"Com certeza," ela diz com um sorriso do tamanho do mundo.

Ela puxa meu braço para eu me sentar sem tirar o sorriso
do rosto.
Eu me sento do lado dela e na frente da Suh, é é quando percebo que Atena  também estava lá, sentada junto conosco.
Duas outras meninas também estavam na mesa, mas nos decidimos deixar a conversa entre nós, e
elas acabam ficando excluídas.

Suh se curva em nossa direção para fechar a roda,
assim como o resto de nós.

"Você quer falar ou eu falo?" Pergunta Atena a Carol.
"Pode Contar se quiser."

"Vamos nós duas contar," respornde Carol, tirando o cabelo
do rosto e se preparando para falar.

"O que foi que vocês querem contar? Pra que tanto mistério?" Pergunta Suellen afobada.
"Estou querendo saber disso desde hoje de manhã."

"Nós vamos falar, pare de me interromper," responde
Carol, séria.

"Hoje de manhā? Porque eu não estava sabendo que tinha uma fofoca nova hoje de manha?" Pergunto.

Diga meu nome Onde histórias criam vida. Descubra agora