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Não como quase nada durante o jantar.
Victor está sentado de frente para mim,e não me olha nem uma vez durante nossa refeição, mas não consigo parar de o encarar.
Augusto é uma pessoa completamente
diferente de Victor, a impressão que ele passam não chegam nem perto de ao
menos se parecerem, e mesmo assim, é a mesma pessoa.

Este é exatamente o mesmo Augusto que eu me lembrava, mas ele mudou demais ao decorrer dos anos, não parece a mesma pessoa, acho que foi por isso que não me lembrei dele.
Ele está muito mais atraente agora.

"Tim, você se lembra daquela vez que a Bárbara e o Augusto ficaram desaparecidos por três horas, e quando os achamos eles estavam brincando no seu closet?" Meu pai se recorda aos risos.

"Aquele foi um dia desesperador, eram dois pestinhas, quase tive um infarto quando percebi que estavam sumidos," Tim responde sorrindo.

E pela primeira vez Victor olha para mim.
Ele sorri de lado, e me faz ficar molhada, não apenas pelo seu sorriso, mas também pelas lembranças que me vem à mente quando me recordo do que estávamos fazendo naquele dia, naquele armário.

Eu odiava o Augusto, ele era tão mimado e rancoroso, era completamente irritante.
Neste dia, ele me chamou e falou que
encontrou meu colar que estava perdido. Esse colar era o meu favorito, eu andava com ele para todos os lados, ele tinha uma pedra azul esverdeada no meio, eu mesma tinha o achado jogado na rua, mas eu não  o
via a uma semana, tinha o perdido.

Estava tão triste com a perda do meu colar que fiquei desesperada o procurando.
Então Victor -ou Augusto- me disse que
havia o achado, entāo eu fui com ele até a casa dele, e entrei no closet do pai dele, que era enorme.

E quando eu menos esperava,
Victor havia me beijado.
Ficamos por horas dentro daquele closet.
Victor inventava uma história atrás
da outra me explicando o que havia
acontecido com o colar, mas ate hoje
não o recuperei. E no final me senti
extremamente arrependida por ter deixa Victor me beijar, já que eu não gostava nenhum pouco dele, além de não ser nada atraente quando comparado a hoje em dia.

Ficamos semanas sem nos falar, até que ele foi embora.
Victor começa a olhar para mim por tempo demais, então eu me levanto e digo que vou ao banheiro.
Me olho no espelho e me xingo
internamente.
Consegui ficar excitada com
lembranças de quatro anos atrás? Não consigo acreditar, sinto o coração
da minha intimidade batendo, e logo as
lembranças da semana passada vem a
minha mente, e é como se eu não pudesse  parar de  ser tocada.

Começo a descer minha mão pelo meu
vestido, e então pela minha calcinha,
e quando estou pronta para enfiar
meus dedos lá dentro, ouço meu pai me
chamando.
Eu imediatamente recomponho
minha postura e vou até eles, e vejo que os pratos já foram retirados, e agora eles estão apenas conversando.

"Babi," meu pai me chama novanmente.
"Você pode pegar aquele vinho portuguêes na adega? Aquele que te mostrei a alguns dias atrás."

"Claro, estou indo," aviso e começo a descer até a adega.

"Augusto, vá ajudá-la," Tim diz por
educação, mas ouço baixo, já que estou
longe deles.

Droga, agora é o pior momento para eu ver Victor.
Eu chego na adega que estâ gelada como sempre e começo a procurar o vinho.
Respiro fundo para me comportar e não
acontecer a mesma coisa da semana
passada.
O vejo virndo até mim, e ele nāo olha para
outro lugar que não seja meu corpo. Seus olhos nem chegam ao meu rosto, ele só está interessado do meu pescoço para baixo.

"Voce estava falandoa verdade," digo com a voz trêmula. "Porque não disse que era verdade?"

"Não seria divertido," ele responde
com a mão no queixo, me analisando
cautelosamente.

"Eu não sou uma diversão Victor," aperto minhas pernas para tentar diminuir o fogo que sinto.

Ele continua se aproximando de mim, mas não responde nada, apenas sorri de lado.

"Sabia desde o começo?" Pergunto apoiada na mesa atras de mim.

"Desde o dia que você não parava de me encarar," ele diz. "E logo percebi que você não se lembrava, mas não se sinta culpada, ninguém se deu conta ainda que sou eu."

"Não é culpa deles, você não é a mesma
pessoa."

"Um país diferente muda muito uma
pessoa," ele completa. "Você aprende
muito." Ele passa o dedo nós lábios como se tivesse acabado de beijar alguém, mas logo percebo o que quis dizer, que agora ele beija, e não são apenas bocas.

Mas eu nunca duvidei disso.
Concordo com a cabeça, e sinto minha
respiração começar a ficar desregulada,
então antes que algo mais aconteça, me
viro para a coleção de vinhos e logo acho que o meu pai me pediu.
Ele está a algumas prateleiras acima, então fico na ponta dos pés para conseguir alcançá-lo, mas antes
que eu consiga, sinto as mãos de Victor
se encostarem no meu quadril, e não me mexo.
Meu peito sobe e desce, e começo a lamber
os lábios, ele percebe e sorri.

"Pode deixar que eu pego," ele diz e eu me afasto.

"Obrigada," digo pegando o vinho da mão dele. "Agora podemos ir." Digo indo em direção a porta para subir.

Nós dois subimos, eu nem me mexo direito, não sei o que fazer ou dizer depois dessa tensão toda, mas Victor parece não se importar com o que acabou de acontecer.

"Otimo!" Meu pai diz pegando a garrafa da minha mão.
"Era deste que eu estava Ihe
falando Tim."

E novamente, estou sentada na frente de Victor, mas desta vez, ele não tira os olhos de mim, desta vez ele encara desde os meus olhos até onde mesa permite, que no caso é o meu decote.

Uma hora depois eles já foram embora,
mas já combinam para se encontrar mais uma vez daqui a algumas semanas.
E logo me lembro de Nobru, e vejo que ele me mandou uma mensagem dizendo que ficou
ocupado cuidando da sua irmã  mais nova, e tudo aquilo que eu estava sentido que me fazia ficar com um frio na barriga vai
embora.



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E então? Vocês acham que Babi vai
resistir toda essa atração que ela sente
por Victor Augusto por muito tempo?

Não se esqueçam de comentar e deixar
um estrelinha.

💫Um beijão e até o próximo!💫

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