Espero que gostem, se divirtam e tenham uma boa leitura!
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"Eu tenho que lutar hoje
Para viver mais um dia
Falando o que penso hoje
(Minha voz será ouvida hoje)Eu tenho que tomar uma posição
Mas eu sou apenas um homem
(Eu não sou um super-humano)
Minha voz será ouvida hoje" – Hero (Skillet).
Europa – Itália – Veneza.
Autora.
O batucar do lápis sobre seu caderno era frenético, o som do ventilador do teto era a única coisa ouvida naquela sala, além do “Tic, Tac” incessante dos ponteiros do relógio, esses que eram observados atentamente por ela, o som era incômodo, irritante, mas a voz do professor de matemática era mais, sua voz não havia emoção alguma, assim como sua face, pensava ela que, talvez aquele professor nem mesmo gostaria de estar ali, talvez ele odiasse seu trabalho, ou apenas estava em um dia ruim, que poderia dizer? Ela, assim como os demais, apenas gostaria de ir embora, faltava apenas cinco minutos para as aulas terem um fim, mas pela lentidão que o tempo se movia os minutos acabaram tornando-se horas, horas longas e tediosas. Seus olhos pesaram e sua cabeça caiu algumas vezes, estava com sono e a voz do professor não ajudava em nada, bem, ela até poderia ser a presidente do Grêmio, ser uma aluna nota 10, ou até mesmo ser puxa saco dos professores, mas que inferno! Que droga de aula chata! Praguejou internamente. A matéria até que era interessante, entretanto, a forma ao qual ela estava sendo explicada tornava-a odiosa e deixava muito a desejar. Quando estava prestes a perder a batalha contra o sono, o sinal da escola ecoou despertando-a em um pulo, ela podia ouvir as comemorações de seus colegas de aula e a movimentação das mesas, ela também comemorou, mas de um jeito mais contido, ergueu-se do lugar em que estava e juntou suas coisas, saindo junto com o amontoado de alunos, enquanto andava despreocupada, ela pegou seu celular do bolso traseiro de sua calça e o ligou, digitou rapidamente sua senha e foi para seu aplicativo de música, deslizou o dedo pela tela e selecionou uma de suas músicas preferidas, colocou seus fones e aumentou o volume até que ele abafasse os sons externos.
Enquanto andava pelo corredor, ela visualizou alguns Betas conhecidos e acenou para eles, aceno esse que foi completamente devolvido. Sua escola, assim como as demais outras escolas espalhadas pelo mundo, era dividida em três partes, do lado direito ficava o Setor Ômega, do lado esquerdo, o Setor Alfa e bem no meio, separando ambos, ficava o Setor Beta, lugar ao qual ela fazia parte e agradecia internamente ao diretor por ter colocando-a no Setor Beta, odiaria ter que conviver com os outros adolescentes de sua classe, jovens Alfas no auge de sua puberdade eram bombas de hormônios e extremamente irritante, claro, havia um ou outro que se salvava, mas a grande maioria eram encrenqueiros e baderneiros de primeira, mas ela não podia julga-los, era de sua natureza serem daquele jeito, agitados, impulsivos, autoritários. Isso foi um dos motivos para a escola ter sido dividida, Alfas por sua vez, gostavam de mandar e eram extremamente territoriais, e os Ômegas acabavam sendo o maior alvo deles, pois naturalmente eram submissos, para protege-los do constante assédio, as divisões foram feitas, gostaria de dizer que isso resolveu os problemas, mas não foi o caso, apesar de não ocorrer com tanta frequência como acontecia antes.
Por tomar fortes inibidores, seu cheiro diminuía drasticamente, assim como seu olfato, visão e audição, além é claro, de sua natureza como Alfa ficar adormecida, por isso ela fora colocada no Setor Beta, ali era onde ela mais se encaixaria e não ficaria perdida, não saberia dizer com exatidão como seria se fosse para o Setor Alfa, mas vendo por cima do muro, aquele lugar não era agradável, na maioria das vezes até era hostil, a maioria das brigas da escola ocorriam por lá, seja por causa de Ômegas, ou por alguns lugares invadidos na escola, lugares esses que eram conhecidos como Zona Neutra, onde qualquer classe podia ir e vir, geralmente esses lugares eram o refeitório, quadra, pátio, biblioteca e a entrada e saída da escola. Pelos espaços serem muito limitados, ocasionalmente ocorriam brigas pela disputa de territórios, era extremamente cansativo, principalmente para ela, que era presidente do Grêmio e tinha que resolver situações como essa, sinceramente, ela não entendia como o diretor da sua escola aguentava tudo aquilo, ela no lugar dele já teria enlouquecido e jogado tudo para o ar. Suspirou fundo e foi até seu armário, abriu o cadeado colocando sua senha e pegou sua mochila, guardando seus materiais nela.
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The Lost Alpha! - (Hiatus)
Fanfiction"Como posso eu, sentir falta de algo que nunca foi meu? Como posso eu, pensar no vazio sem fim, que habita dentro de mim? Como posso eu, gostar sem nunca ter gostado? Me diga, como posso eu, amar sem nunca ter amado?" (Aviso 1: Ômegaverse. Aviso 2...