Draco Black e o Enigma do Príncipe

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N/A: Quem tá vivo sempre aparece gente! To aqui, desculpa pelo tempo sem atualizar >-<
Eu to tão ocupada que vocês não tem noção, escrevi esse assim que consegui um pouco de tempo...
Eu vi as mensagens de preocupação de vocês, mas tá tudo bem gente, obrigada :))
Enfim, aproveitem!
Capítulo CONTÉM GATILHOS como: menção de violência sexual (no passado) 

l e m b r a n ç a s    e    c o r a ç õ e s    p a r t i d o s

"Blaise..."

"Só vai, mãe. Não me importo." Mentiu ele, tirando os olhos de Zaya Zabini.

Ele não queria se importar. Para ser sincero, já se encontrou nessa situação tantas vezes que já deveria ter perdido o efeito que tem sobre ele. Era como sua vida funcionava desde que ele poderia se lembrar. Sua mãe passava alguns meses com ele, depois conhecia um cara novo e sumia por algum tempo. Estava casada quando voltava, e ele nem mesmo poderia se apegar à quem quer que seu marido seja antes dele morrer.

Blaise deveria estar acostumado, mas ainda doía toda vez.

"Vou estar de volta no ano novo." Falou ela, e Blaise assentiu, apesar dos dois saberem que era mentira. Zaya não iria aparecer por um tempo.

Blaise deixou sua mãe lhe dar um beijo na bochecha e assistiu enquanto ela deixava o quarto. Se jogou na cama e deixou seu olhar focar no teto acima dele, ignorando o modo como sua visão se torna turva com as lágrimas que ele se recusava a derramar. As memórias enchem sua cabeça, mas ele tenta mantê-las distantes.

Já se fazem anos, disse ele para si mesmo. Não sou mais uma criança, não vou continuar revivendo isso de novo e de novo.

Ele perde um pouco a noção do tempo, e não sabe exatamente que horas eram quando escuta a leve batida na porta. Murmura uma permissão para a pessoa entrar, mas mantém seus olhos no teto, sem querer entregar seus sentimentos para ninguém com o olhar.

"Ei, quer bolo? Harry e Draco abandonaram no forno, mas Remus conseguiu salvar. Vamos comer agora então se quiser descer vem e... Blaise?" Astória se interrompe, e ele suspira, sabendo que havia sido pego. Virou seu rosto para longe dela, mas era tarde demais. "O que aconteceu?"

"Estou bem." Murmurou, mas sua voz deixou seus lábios levemente trêmula. Escutou Tori fechar a porta atrás de si e se aproximou. O colchão afundou um pouco quando ela se sentou.

"Blaise, olha para mim." Sua voz era suave de um modo que ele nunca havia escutado, e Blaise obedeceu em um impulso, seus olhos encontrando os da menina. "Vi sua mãe indo embora. É isso?"

Ele soltou um leve riso sem humor e se colocou sentado na cama. "Que maduro, não? Chateado por que sua mãe foi embora."

Tori apenas se aproximou mais dele. "Quer conversar?" Sussurrou.

Ele olhou para suas próprias mãos. Nunca havia falado com ninguém sobre nada disso, mas essa era Astória e, por qualquer que seja o louco motivo, ele sempre fez coisas que nunca acreditou que iria fazer quando se tratava dela. As palavras começam a fluir antes mesmo de sua mente acompanhar.

"Eu sei sobre os boatos correndo, sabe. Minha mãe se casou várias vezes, e nenhum dos maridos dela vivem mais que dois anos depois do casamento. Não sou estúpido."

"Acha que ela os matou?" Sussurrou Tori, e ele encontrou seus olhos novamente.

"Sei que matou. Eu vi acontecer uma vez."

Ela arregalou os olhos, mas esperou que ele continuasse.

"Eu e minha mãe passamos dois anos na Itália quando eu era pequeno." Começou, tentando não se perder em suas memórias. "Ele foi o primeiro marido dela depois do meu pai. Seu nome era Luca, ele era um vampiro."