Draco Black e o Enigma do Príncipe

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A    i n v a s ã o

Draco acordou naquele dia com a sensação de que algo terrível iria acontecer. Todos seus instintos estavam indo à loucura, e ele apenas sabia. O fato de não ter visto Theo o dia todo apenas o deixou mais nervoso, e disse para seus amigos ficarem de olho no menino.

Seu braço doía mais que nunca, e as marcas haviam se espalhado, começando a alcançar seu peito. Ele teve que esconder dois sangramentos de seus amigos, mas Pansy o viu jogar um papel vermelho no lixo e não parou de enviar olhares preocupados na direção do menino o dia todo.

Quando Harry disse a eles que iria acompanhar Dumbledore para buscar por uma das horcruxes, ele soube que algo daria muito errado.

"Vou tomar cuidado." Ele garantiu ao ver a expressão preocupada do loiro. "Prometo. Além disso, apesar de todos seus problemas, duvido que Dumbledore me deixaria morrer."

"A morte não é a pior coisa que pode acontecer." Murmurou.

"Vai agora?" Blaise questionou. Harry suspirou e assentiu.

"Dumbledore está esperando eu pegar a capa da invisibilidade e vai me encontrar no Salão Principal." Ele tirou um embrulho do bolso de suas vestes e entregou a Draco. "Aqui. É o resto da Felix Felicis. Dividam entre vocês... Tenho uma sensação ruim."

"Você deveria tomar, sua missão vai ser perigosa..." Apontou Pansy, mas o moreno balançou a cabeça.

"Não preciso."

Ele se virou e começou a se afastar para deixar a comunal. Medo fez com que o coração de Draco se apertasse, e ele entregou o embrulho para Blaise rapidamente antes de chamar: "Harry."

Assim que o moreno se virou para encará-lo, Draco se aproximou, tomou o rosto do garoto entre as mãos e colou os lábios dos dois em um beijo. Foi rápido, levemente desesperado e desajeitado, mas foi como tudo entre eles: perfeitamente imperfeito.

"Não ouse se machucar." Murmurou o loiro. Harry sorriu, e, pela primeira vez em muito tempo - tempo demais -, Draco percebeu que era sincero.

"Só se você prometer o mesmo."

Com um último beijo em sua testa, Draco o solta e assiste o menino deixar a sala comunal da sonserina.

Olhou para baixo com a testa franzida ao sentir algo rastejando em sua perna, apenas para encontrar a cobra familiar que estava acostumado a ver ao redor do pulso de Harry. Ele deixou que ela se enrolasse ao redor de seu tornozelo, e sentiu o leve poder da legilimência dela.

Ele me pediu para te manter seguro.

Draco suspirou, balançando a cabeça levemente. "Claro que queria." Sussurrou.

"Draco."

Ele se virou ao som da voz de Pansy, e a menina estendeu o frasco da poção da sorte em sua direção. O loiro suspirou antes de abrir e tomar o primeiro gole. Uma estranha sensação de determinação e positividade tomou conta dele enquanto assistia seus amigos ingerirem o resto do líquido.

"Precisamos procurar Theo. Agora." Disse ele. "Vou para o sétimo andar. Vocês dois chamem Ron, Hannah, Neville e Hermione."

Ele não esperou por uma resposta antes de deixar as masmorras. Sabia que seus amigos iriam obedecer, era o que a poção dizia que ele tinha que fazer. Draco subiu as escadas rapidamente, e sorriu ao encontrar Tonks e Gemma no sétimo andar. Não sabia porque estavam ali, mas sabia que deveriam estar.

"Dray?" Chamou sua prima, abrindo um sorriso ao vê-lo.

"Oi. O que estão fazendo aqui?"

"Estávamos querendo falar com Dumbledore, mas ele acabou de ir embora. Então estamos dando uma volta." Disse Gemma. Ela se aproximou e envolveu um braço ao redor do garoto. "É bom ver você. Harry está aqui?"