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a v o l t a d e D r a c o

Eles não encontraram Draco em lugar algum do trem. Neville garantiu que o viu com Theo em um dos vagões, mas nenhum dos dois apareceram. Harry estava ansioso quando eles retornaram a cabine sem resultados, decidindo esperar para encontrar o sonserino em Hogwarts. Pansy, Ron e Hermione foram atualizados logo que chegaram, e a sonserina também pareceu igualmente nervosa, batendo repetidamente a sola de seu pé contra o piso.

Quando deixaram o trem em Hogsmeade, Harry olhou ao redor repetidamente em busca de um sinal de cabelos prateados, mas mais uma vez, não encontrou nada. Ele subiu em uma das carruagens com Hermione, Ron, Pansy e Blaise. O grifinório e a corvina tentaram manter uma conversa, mas os sonserinos estavam distraídos demais para realmente colaborar com um diálogo.

Eles se separaram ao chegar no Salão Principal, seguindo para a mesa de sua respectiva Casa. Harry conferiu cabeça em cabeça nos alunos e verde, mas nenhum deles era Draco.

"Harry, meu rapaz!" Ele se assustou com a voz chamando seu nome e se virou para ver Slughorn - o mais novo professor de poções - sorrindo e caminhando em sua direção. "Tentei te achar no trem, mas você não pareceu parar em um lugar só! Queria recrutar você para meu Clube do Slugue. Não costumo chamar alguém que não compareceu à primeira reunião, mas estou fazendo uma exceção esse ano."

"Ah..." Murmurou Harry, ainda sem conseguir prestar total atenção. "Sim, claro. Obrigado, professor."

"Você também, Sr Zabini! Espero ver os dois na próxima!" Falou o professor, então se reuniu a mesa dos funcionários na frente da Sala.

"Conhece ele?" Pansy questionou quando se sentaram lado a lado. Harry suspirou.

"É o novo professor de poções." Murmurou o menino para seus amigos. "Dumbledore queria que eu fosse com ele para recrutar o homem. Não tive muita escolha sobre isso."

"Aquela é Tonks?" Blaise sussurrou, e Harry franziu a testa antes de se virar para a entrada da sala, onde, de fato, a garota conversava com Dawlish, o auror que Dumbledore atacou no ano anterior.

No ano anterior, ela demonstrava muita curiosidade (a ponto de ser, às vezes, inconveniente), ria sem esforço e fazia brincadeiras. Agora, parecia mais velha e muito mais séria e decidida. Será que tudo isso era consequência do que acontecera no Ministério? Se já era difícil para ele, Harry nem imagina como é perder sua tia e ter seu primo sendo sequestrado em um espaço de tempo tão pequeno.

Ele não conseguiu prestar a mínima atenção na Seleção. Com sua atenção dividida entre Tonks e Draco, a única coisa que Harry registrou de diferente foi a ausência de Snape na mesa dos professores. Essa resposta, porém, foi respondida assim que Dumbledore anunciou o início do banquete.

A atenção dos alunos foi roubada quando as portas se abriram, e Harry sentiu todo seu corpo congelar. Pansy murmurou um xingamento e Blaise parou de beber seu suco, o copo contra os lábios enquanto seus olhos chocados focavam na entrada. Ninguém pareceu mexer um músculo sequer.

Snape entrou no Salão Principal com Theodore Nott e Draco Black, um de cada lado. A capa de suas vestes voava atrás dele, e Harry não conseguiu notar nada na expressão do professor que oferecesse uma resposta para o que estava acontecendo, mas ele não o encarou por muito tempo mesmo. Seus olhos foram atraídos quase imediatamente até o loiro.

Draco estava mais pálido que o normal - o que era dizer muito. Essa foi a primeira coisa que ele notou. Seu cabelo havia sido cortado e algumas mechas caiam preguiçosamente sob sua testa. Haviam marcas escuras sob seus olhos, ele estava mais magro que o normal, e Harry pode dizer imediatamente que tinha algo muito errado com o menino. Sua expressão parecia vazia - o que não era a grande novidade, já que Draco era mestre em esconder seus sentimentos -, mas o que o surpreendeu foi o fato de seus olhos estarem assim também.

Draco Black e o Enigma do PríncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora