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Hoseok

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Hoseok

⊱✿⊰

Fevereiro, 1886

Nossos meses de recém casados procederam os dias mais doces e supernos para o que um mero homem como eu poderia desejar.

Em cada lua e sol, a certeza de que não poderia ter escolhido melhor se concretizava nas muitas oportunidades que a ouvia confessar seus sentimentos mais secretos enquanto eternizava as lembranças nos sublimes beijos de seus lábios a cada encontro nosso no anoitecer dos lençóis.

No despertar das manhãs, seu rosto me recebia com olhos brilhantes e toques sutis. Uma mulher de gênio forte para desconhecidos, mas nos meus braços, se tornava a doce e sensível Tamires que apaixonei-me. 

Criar um rosto e construir um corpo todos os dias para enfrentar as situações a frente era algo feito por todos, mesmo sem aperceber-se disso. Um hábito comum para reter o engano de que nosso casamento vivia sobre remansos e calmarias. Uma quimera de ponta a ponta.

Não me era inusual cobrir tristezas ou  desalentos por ainda sentir dúvidas cercarem em todos os lados o otimismo que afligi-me a acreditar. Por mais motivos que persistissem.

Como um símbolo, desde o início do nosso amor, ela deixou seus cabelos crescerem livremente, recomeçando sua nova fase ao meu lado e a cada vez que sentia-me angustiado ou com uma ansiedade forte demais, ela consolava com suas palavras de zelo e dedicação. Acentuando sempre sua escolha de estar ali, comigo.

Todas as minhas opiniões sobre Tamires se perfizeram ao ver a mulher ágil com quem me casei tendo por debaixo do nosso teto todos os dias que seguiam.

Não era atoa o sorriso que minha boca patenteava para todos que quisessem ver no trajeto que fazia para ir e vir de nossa casa.

Depois de um longo dia nas terras do Min, retornei para casa alvoroçado para ver seu rosto vibrante e jovial. Estava faminto e cansado, mas satisfeito por buscar fazer mais para aquela que me era importante.

Quando transpus a porta da modesta casa de dois andares, ela me esperava na sala de refeição enquanto ordenava os talheres sobre a mesa coberta em um tecido azul claro. As lamparinas em casa canto e o aroma arejado das plantas ao redor da casa ornava em volta da mulher concentrada em sua tarefa.

Logo, o saboroso cheiro de um caldo rescendia no lugar com misturas de carne e legumes cozinhados. Era magnífico e deixou-me esfomeado. 

Tamires ergueu o rosto sorrindo e aproximou-se tocando em meus braços. Aproveitei por estar perto e dei-lhe um beijo nos lábios rosados a envolvendo pela cintura até meu corpo. Talvez nunca esgotasse o desejo de ter-lhe junto a minha pele. Ela espalmou as mãos em meu peito dando fim ao ósculo.

Retirei o casaco entregando em suas mãos e sentei-me na cadeira da ponta sendo servido por uma empregada que a ajudava em casa. Ela nos deixou a sós na sala e tive os olhares curiosos de Tamires sobre minha inquietude.

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