2. O Lobo e a Raposa

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"A arte começa onde a imitação acaba." - Oscar Wilde

O que gente muito rica faz quando deseja obter ainda mais prestígio? O poder é viciante, desejar a manutenção da sensação de poder é praticamente inevitável.

Não era de se estranhar que pensamentos sobre poder e dinheiro fossem uma constante na cabeça de Selton Mello-Freire. Ele sempre odiava a sensação de estar por baixo em qualquer assunto, fosse o tema financeiro, intelectual, sexual ou de ordem social.

Isso muito se justificava através dos rumores de como ele se tornou presidente e acionista do Mello Freire Brazillian Bank.

Em teoria, todos esperavam que a Sra. Mello Freire fosse por direito a sucessora do Sr. Freire. Até as circunstâncias de seu casamento com a herdeira direta foram muito estranhas aos olhos da alta sociedade e dos que os conheciam.

A Sra. Mello Freire sempre foi admirada por todos pela sua impressionante inteligência, por sua personalidade dominadora e perspicaz, e por sua beleza avassaladora.

Talvez por isso, os rumores sobre as circunstâncias de seu casamento com Selton - que ocorreu pouco após concluírem o ensino superior em uma das faculdades de Direito mais relevantes do país - pareciam muito obscuras.

O casamento dos dois colegas de faculdade se tornou um assunto indesejado e sigiloso, embora fosse veladamente discutido ao redor deles.

Selton sempre foi ambicioso, mas só se tornou o lobo do mercado financeiro com o passar dos anos. No entanto, Juliette sempre fora uma raposa astuta. Eram ininteligíveis até certo ponto os motivos pelos quais ela se uniu ao homem mediano 10 anos atrás.

O mais peculiar detalhe dessa relação era o fato de Selton não ser tão somente presidente do banco da família, mas também o segundo maior acionista.

Essa trajetória não muito convencional não o fez um economista menos competente. Com o tempo e o apoio da família de sua esposa, ele pode se dedicar a estudar Economia, posteriormente obtendo um destaque dentro do banco enquanto o fundador Sr. Freire ainda era vivo.

Selton acordava todos os dias pela manhã se sentindo o dono do mundo, em sua bela mansão, mas algo na vida dele soava como desvantagem: seu casamento era visivelmente para manter as aparências e a cotação das ações da empresa com certa estabilidade

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Selton acordava todos os dias pela manhã se sentindo o dono do mundo, em sua bela mansão, mas algo na vida dele soava como desvantagem: seu casamento era visivelmente para manter as aparências e a cotação das ações da empresa com certa estabilidade.

Embora tivesse sido apaixonado por Juliette quando se conheceram, a sensação de ser apenas o marido da herdeira o perseguia. Ele tinha sim relevância e poder, mas por inúmeros motivos, a última palavra sempre era dela. E disso ele guardava rancor.

Sua visão era estritamente fazer a manutenção daquela relação para preservar tudo que conquistou ao longo dos anos.

Juliette o feria principalmente na sua masculinidade. Como o próprio Sr. Bonifácio Freire dizia na época em que começaram a se relacionar, a mulher tinha "uma perversão sexual incomum e inapropriada", coisa que ele sempre esteve ciente, o que contribuía para um comportamento castrador por parte de Selton com a esposa.

ICONOLOGIA - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora